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João Rendeiro usava sistema de comunicações avançado israelita

Portugal acordou com a notícia que João Rendeiro tinha sido detido. O antigo banqueiro foi capturado na África do Sul, perto de Durban, e de acordo com as informações, ficou surpreso com a captura.

No tempo que esteve fugido, João Rendeiro usava um sistema de comunicações israelita que, de acordo com a PJ, custa uma exorbitância.


Sistema de comunicações capaz de “camuflar” a informação

A Polícia Judiciária (PJ) informou que, na manhã de hoje, foi detido o cidadão João Rendeiro, sobre quem pendia Mandado de Detenção Internacional. O ex-bancário foi detido num resort de luxo em Durban por agentes da Interpol de Pretória – Polícia sul-africana.

De acordo com a PJ, para comunicar com Portugal o ex. bancário usava uma tecnologia avançada que custa “uma exorbitância”. Fonte próxima do processo revelou que o ex-dono do BPP utilizava um super sistema de encriptação de origem israelita, que “camuflava” as comunicações para Portugal.

No âmbito da criptografia (do grego esconder+escrever), a encriptação é o processo de transformação de uma informação original, numa informação ilegível, para terceiros. Este mecanismo tem como objectivo o envio de informação confidencial de forma segura, sendo apenas possível a sua descodificação por pessoas autorizadas (que possuam a chave de “desencriptação”). Não são conhecidos muitos detalhes sobre o sistema usado.

De referir que Israel está ligado às maiores redes de dados comerciais, financeiras e académicos do mundo e está totalmente integrado nos sistemas internacionais de comunicação através de fibra óticas submarinas e ligações via satélite. Israel é uma referência em tecnologia e inovação há muitos anos.

O governo israelita tem trabalhado ativamente em regulamentações para combater atividades ilícitas relacionadas à criptografia.

João Rendeiro será presente às autoridades judiciais sul-africanas que irão determinar as medidas a aplicar. De referir que a África do Sul não tem acordo de extradição com Portugal, no entanto, existem acordos de cooperação penal entre os dois países.

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