Já referimos anteriormente exemplos de fabricantes no ramo automóvel, como a Mercedes, que pretendem explorar o mercado emergente em veículos eléctricos.
Mas torna-se claro que as agendas por detrás das principais marcas impediram-nas de o ter já feito há mais tempo. Não acredita? Então veja o que é possível ser feito neste campo por uma pessoa em apenas um semestre.
Tom Miceli um jovem de 22 anos a frequentar a universidade concebeu e fabricou de forma artesanal o que é provavelmente a moto eléctrica com mais estilo criada até hoje. A criação do jovem universitário foi construída no seu último ano na Universidade Appalachiar.
À primeira vista, um curso como Engenharia Mecânica ou um de Engenharia Electrotécnica, seriam os mais prováveis destinos de Miceli. Mas não, este jovem frequentou o curso de design industrial, onde desenvolveu este projecto para terminar este curso.
E por falar em projecto, o seu orientador apenas lhe pediu que como trabalho final construísse algo que reflectisse o que ele aprendeu ao longo do curso. Devido ao culto pela velocidade e pelas questões ambientais que o jovem tinha como valores, definiu o objectivo de desenvolver uma motorizada 100% ecológica e que não sacrificasse a performance.
Metendo mãos à obra Miceli desmontou uma Kawasaki ZX6 Ninja de 1996 e usou-a como base para a sua criação. Não entrando em detalhes demasiado técnicos (que nem é o meu forte), o jovem na sua essência aproveitou apenas o chassis da kawasaki, e substituiu a tradicional base do motor, por um conjunto de 24 mini baterias de lithium compostas por fosfato de ferro, com uma carga de 40 mAh. Pode ver no seguinte vídeo o processo de construção desta moto eléctrica.
Claro que que outras transformações foram feitas. Mas qual a penalização de peso na transformação final? Zero! O centro de gravidade (responsável pelo equilíbrio do veículo de duas rodas) também se manteve semelhante. O Resultado? Uma mota eléctrica capaz de chegar até uma velocidade máxima de cerca de 112 KM/h com uma autonomia de cerca de 96 Km sem ter que recarregar as baterias. E assim nasceu o motociclo eléctrico com nome de baptismo ION.
E isto é apenas a primeira versão, esperem novidades de Miceli que já prometeu uma versão mais aprimorada da sua criação. É inquestionável que este jovem prodígio tem talento para dar e vender. Eu se fosse responsável da Kawasaki, faria tudo para não deixar escapar este talento. Veja de seguida o vídeo do “test drive” da ION
Isto demonstra que este jovem com os meios adequados juntamente com uma equipa de engenheiros, conseguiria desenvolver um modelo para produção com um rendimento semelhante ao das motos actuais.
Afinal o futuro ecológico que é o objectivo de uma sociedade civilizada, não está tão longe de se tornar realidade, basta sim que os principais agentes da indústria automóvel se empenhem para que isso aconteça. Wired