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Investigadores criam primeira bateria transparente e flexível

Os gigantes da indústria de equipamentos eléctricos não têm poupado esforços nos últimos anos em aliar a mais alta tecnologia ao design atraente. Alguns esforços isolados conseguiram criar acabamentos transparentes de alta qualidade, por exemplo no campo dos pequenos dispositivos a LG inovou com o seu telemóvel GD900. A Samsung por outro lado realizou avanços importantes na concepção de ecrãs AMOLED transparentes.

Se nos centrarmos na premissa de conceber pequenos equipamentos totalmente transparentes, como por exemplo os smartphones, um dos grandes obstáculos para os fabricantes foram sempre as baterias. Mas há novidades nesta áreas!


Yi Cui e Yuan Yang, dois investigadores da universidade de Standford conseguiram criar a tecnologia necessária para massificar as primeiras baterias de lithium totalmente transparentes. De facto, sempre foi possível desenvolver um invólucro transparente para uma bateria, contudo era na própria composição da mesma (especialmente os eléctrodos) onde residia o problema. Neste campo a equipa de cientistas conseguiu reduzir o tamanho dos materiais dos eléctrodos, de modo a os tornar invisíveis a olho nú. O desafio depois desta proeza seria escolher quais os materiais que seriam suficientemente coesos ao ponto de albergar esta estrutura.

A resolução para este último problema consistiu na utilização de um material denominado Polydimethylsiloxane (PDMS). O PDMS para quem não seja entendido na matéria, é uma substância transparente e altamente flexível que é vulgarmente utilizada em cirurgias plásticas e na construção de lentes de contacto. Os testes preliminares desta nova bateria flexível demonstraram que consegue aumentar a transparência total para um factor de 62%.

Apesar dos avanços significativos, a tecnologia está ainda num estado embrionário já que as experiências demonstram que esta nova bateria transparente apenas tem a capacidade de aguentar metade de uma carga completa de uma bateria normal de lithium. Mas nada está perdido segundo os investigadores caso se consiga alinhar de forma mais eficaz múltiplos eléctrodos, a capacidade de armazenamento de energia irá aumentar significativamente sem sacrificar as propriedades de transparência.

Num futuro, não muito distante, esta tecnologia abre portas para inúmeras aplicações. Os fabricantes de smartphones estarão certamente atentos a esta nova tecnologia, mas não só. O conceito e os materiais usados poderão ter aplicações noutros componentes integrados de vários dispositivos eléctricos. Isto significa que poderemos assistir a uma nova geração de portáteis totalmente transparentes, até microondas… entre outros pequenos ou grandes electrodomésticos.

Afinal, como no iPhone 4 foram introduzidos acabamentos em vidro, quem sabe no futuro a empresa de Steve Jobs não se possa debruçar sobre um iPhone totalmente transparente, como o protótipo da Aston Martin. Pensemos nas vantagens para o utilizador final, será que além do aspecto estético, não era útil possuir um smartphone transparente para já não ser apanhado desprevinido ao andar na tua, por não tomar atenção a um obstáculo devido a estar a escrever uma SMS? [via]

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