Hoje em dia já não passamos sem a Internet e há mesmo um dependência do mundo neste canal de comunicação, que tornou o planeta num aldeia global. Com isto, há quem tenha já ideias de estender a Internet a uma extensão Galáctica.
Na verdade, segundo alguns teóricos, é possível construir uma Internet Galáctica, contudo levaria 300.000 anos. Mas então como é que se processa esta conquista cibergalática?
Há uma linha de pensamento muito interessante, alinhavada num artigo da News Cientist, e que traz à luz da exploração espacial uma nova visão do conceito de comunicação extraterrestre… via Internet.
Internet Galáctica
O homem, desde há várias décadas, que procura detetar qualquer sinal de uma civilização alienígena, embora ainda sem sucesso. O professor Duncan Forgan, da Universidade St. Andrews, no Reino Unido, acredita que está mais que na hora de pensarmos numa Internet galáctica, para trocarmos informações com todas as civilizações inteligentes, que presumivelmente possam existir na Via Láctea.
Se existissem civilizações alienígenas avançadas na Via Láctea, poderíamos pensar que não temos forma de dizer um olá aos nossos vizinhos. O vasto espaço entre as estrelas torna a comunicação muito difícil, mas, uma nova simulação, sugere que usar o sol como farol pode tornar possível uma comunidade galáctica.
O Sol como Farol
Da mesma forma que os operadores de aviões e comboios recorrem a luzes intermitentes como sinais, poderíamos manipular a luz do Sol, que poderia funcionar como se estivéssemos a balançar a mão à frente de uma lanterna, para enviar uma mensagem por código – código morse, por exemplo.
Não, a mão não seria suficiente, o professor Forgan sugere laçar uma grande quantidade de asteroides, ou minerar um pedaço de Mercúrio, para construir uma folha de tamanho planetário para orbitar o Sol.
Há outras ideias que podem parecem “menos impossíveis”. Por exemplo, poderiam ser usados lasers superpoderosos para ilustrar o trânsito da Terra, a passagem do nosso planeta à frente do Sol, de forma a mostrar aos alienígenas uma mensagem codificada em luz tirando proveito da sombra do nosso planeta. Curiosamente, outros astrónomos, com preocupações diferentes em relação aos ETs, propuseram recentemente usar o mesmo esquema baseado em lasers para esconder a Terra dos alienígenas.
Seria possível construir essa tal de Internet Galáctica?
Neste mundo das possibilidades, seria possível mas, seria complicado. Contudo, o investigador acredita que vale a pena pensar numa rede de comunicações galáctica recorrendo a algo parecido com isso.
O problema é que o tempo passa a ser uma variável importante. As simulações de Forgan mostram que pode levar pelo menos 300.000 anos para construir uma rede em torno da Via Láctea, isto claro, partindo do princípio que existem 500 civilizações tecnologicamente avançadas e que conseguem manipular o trânsito do seu planeta de forma visível para os outros.
Seria necessário construir uma espécie de rede de retransmissão ao redor da galáxia, para evitar obstáculos celestes.
Se quisermos comunicar com alguém do outro lado do centro galáctico, há muitas coisas no caminho – poeira, estrelas, um grande buraco negro – pelo que podemos seguir o caminho mais longo usando a rede.
Referiu o investigador Forgan.
Na pesquisa de vida alienígena
Tudo pode parecer muito especulativo, contudo, estamos já a fazer o reverso dessa medalha. Isto é, o lado oposto da comunicação via trânsito, que consiste em monitorizar a sombra de exoplanetas, já está a ser utilizada há vários anos por vários telescópios, como o telescópio espacial Kepler, para descobrir e estudar planetas que passam em frente das suas estrelas.
Se os moradores de outros planetas forem mais avançados tecnologicamente do que nós e tiverem esta mesma ideia, então não precisamos fazer nenhum trabalho extra para vê-los – só teremos que detetar as mensagens cifradas nalguma alteração anómala na luz dos seus trânsitos.