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Interfaces Cerebrais – O controlo pela mente

Depois de termos abordado um tema muito promissor e com uma carga de esperança muito grande, a criação de um pâncreas artificial controlado por iPhone, mostramos o que de mais avançado se desenvolve no que toca a interfaces celebrais. O domínio do poder da mente e a execução de acções através dela é perseguido há séculos, gerando crenças místicas e relatos religiosos. O alcance funcional do cérebro humano está ainda por determinar e é um tema central de investigação científica.

Paralelamente, vários dispositivos – interfaces cerebrais – têm sido desenvolvidos com propostas muito interessantes. Hoje vamos falar sobretudo de OpenBCI.

Hans Berger, em 1924, concebeu um aparelho que registava ondas elétricas que provinham do cérebro. Criou o que viria a ser chamado de Eletroencefalograma (EEG), o registo da atividade elétrica cerebral.

O EEG foi e mantém-se como uma valiosa ferramenta no diagnóstico médico, mas, com o decréscimo do seu custo passou a ser utilizado em algumas experiências de interface entre o cérebro e outras máquinas.

EEG desenvolvido por Hans Berger em 1924. Foto jvrafrica

 

Emotiv

Se inicialmente estes engenhos pareciam uns assustadores capacetes, actualmente existem outros dispositivos que mais parecem ter saído de filmes Sci-Fi. Um dos mais impressionantes pelo design e marketing é o Emotiv, que publicita o controlo de comandos de movimento, através do pensamento.

Também foi falado aqui no Pplware há dias nos drones, até porque estão na ordem do dia, é um assunto que vamos ouvir cada vez mais. Mesmo nesse campo há trabalhos muito interessantes.


Homepage: Emotiv

 

Puzzlebox Orbit

Para exemplificar neste segmento dos drones o que se tem feito no aspeto neurológico e tecnológico deixo como exemplo o drone controlado por pensamento: Puzzlebox Orbit.

Todos estes dispositivos utilizam como interface a medição de atividade de um hemisfério cerebral.


Homepage: Puzzlebox Orbit

 

OpenBCI

Com maiores potencialidades surge o OpenBCI: um sistema de EEG “open-source” que permite ao utilizador cruzar a atividade cerebral com outros dispositivos como o Arduino. Ou seja, goodbye joystick, welcome brain interface.

O OpenBCI fornece o hardware – elétrodos e chip – que mede e descodifica a atividade cerebral, bem como um software “open-source” programável que permite a interface entre o chip e, por exemplo, o Arduino. O chip conecta-se com o Arduino e funciona como input programável para executar as funções desejadas.

Desde a investigação científica até a experiências caseiras, o OpenBCI é uma espécie de Arduino cerebral, com todas as possibilidades em aberto.


Homepage: OpenBCI

 

Existem outros também fantásticos e acreditamos que esta é a onda para onde navega a tendência da tecnologia futurista. Não será o toque, não será a voz, será o pensamento, serão os comandos dos cérebro a ordenar que os gadgets funcionem, obedeçam. Isto para lá do que a tecnologia pode trazer ao bem-estar do ser humano, que será sempre a primeira linha do avanço tecnológico.

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