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Cisco “último grito” na tecnologia

A empresa Cisco, líder mundial na área do networking, lançou um sistema de “tele presença”, um sistema holográfico que projecta no ar, imagens tridimensionais de pessoas e objectos.

A Cisco lançou uma tecnologia que pode-se transformar no sonho das multinacionais: a “telepresença”. Um sistema capaz de enviar imagens de um executivo em tamanho real a uma reunião que se encontre a milhares de quilómetros.

O anúncio da multinacional tecnológica, realizado esta semana em várias capitais do mundo, foi precedido por especulações em sites especializados, que se arriscavam a dizer que este seria um avanço tecnológico gigantesco em relação às actuais teleconferências ou com o sistema webcast.

Ao contrário destes sistemas, a “telepresença” substitui a presença real do executivo por uma imagem virtual capaz de dirigir a voz e a imagem para os presentes, simulando o contacto com uma pessoa real, mas em duas dimensões.

Para tal, são utilizadas grandes ecrãs de “ultra-alta definição”, que contam com quatro vezes mais pixels do que as de “alta definição”, junto aos sistemas mais avançados de som e de tecnologia IP (Protocolo da Internet).

O sistema idealizado pela Cisco consiste numa sala com uma grande mesa circular, que tem uma metade real, ocupada pelos presentes à reunião e uma outra metade “virtual”, que se liga com pessoas que estão noutros ambientes.

Exigências Para se conseguir a verdadeira “telepresença”, deve haver duas salas idênticas, uma em cada um dos ambientes que estão interligados.

“Este sistema vai revolucionar as relações de negócios. Já não é preciso viajar de avião. Num segundo posso ir a outra parte do mundo”, disse “virtualmente” o vice-presidente de Mercados Emergentes da Cisco, Marthin De Beer num encontro com jornalistas em Nova York, embora estivesse em San José (Califórnia).

“A não ser pelo facto de  não me poderem tocar, como sabem que não estou aí?”, perguntou o vice-presidente, consciente de que a sua voz não vinha de alto-falantes, mas da sua própria imagem e que era capaz de se dirigir a cada um dos presentes olhando-os nos olhos.

O sistema foi planeado fundamentalmente para o uso de grandes multinacionais que operam em vários países do mundo, o que obriga os seus directores a investirem em recursos e tempo nas deslocações.

“Até agora – explica o vice-presidente da Cisco – o tratamento directo era indispensável, porque nenhum sistema conhecido até o momento permitia participar à distância numa reunião como se realmente estivéssemos presentes”.

No entanto, no futuro, a Cisco pretende estender estes sistemas de comunicação ao âmbito doméstico, pois permitiria reunir num mesmo quarto “virtual” os membros de uma família separados por milhares de quilómetros, com apenas uma chamada telefónica pela rede.

Para isso é preciso apenas estar ligado à Internet com uma banda de 10 megabytes por segundo, taxa acessível nas grandes cidades de boa parte do mundo, segundo a Cisco.

A empresa comercializará a montagem completa a partir de Dezembro, já que todos os componentes da sala – as câmaras utilizadas, os sistemas de som, o tamanho dos ecrãs e tamanho da mesa – é tecnologia própria.

Segundo confessou o vice-presidente, o custo deste sistema seria de cerca de 300 mil dólares, uma quantia elevada embora “não seja desproporcional, especialmente se tivermos em conta todo o dinheiro que será economizado em aviões, hotéis e deslocações”.

No futuro, a Cisco pretende firmar acordos com empresas de outro sector, como imobiliárias, para criar nas grandes cidades este tipo de sala, que poderá ser alugada por grupos financeiros ou multinacionais.

Por enquanto, há pedidos para instalar o sistema em 30 empresas de todo o mundo e a Cisco acredita que esse número chegará a uma centena em meados do ano que vem.ceth

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