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CES 2017 – Las Vegas, a cidade do Futuro

Mais uma vez, Las Vegas recebe a grande Consumer Eletronics Show, popularizada por CES, com a particularidade de este ano estar a celebrar os seus 50 anos de existência. Esta tem sido a rampa de lançamento das tecnologias e inovações que mais revolucionaram o mercado até hoje, e que, nos dias que correm, estão ao nosso dispor.

Não só são mostrados produtos que o mercado já conhece e aguarda por eles, como são também apresentados conceitos que só visam chegar ao mercado alguns anos mais tarde. Este é o ano dos robôs e não só!

O arranque oficial do maior evento de tecnologia foi no passado dia 5 de Janeiro e muitas novidades para as tendências e revoluções do meio para este ano já foram anunciadas. Trava-se uma das maiores batalhas no universo das TV’s, com a Xiaomi cada vez mais afirmada no mercado, os robôs domésticos já não são só um conceito, o gaming é cada vez mais acessível e, por fim, surgem conceitos novos na avant-garde da tecnologia ano após ano, e este não é excepção.

Vamos então conhecer algumas das novidades mais interessantes da CES 2017!

 

QLED vs OLED

Está aberta a guerra entre as duas gigantes coreanas! LG e Samsung lutam pela liderança no universo das TV’s. Duas tecnologias e dois pontos fortes diferentes. Em primeiro lugar a revolucionária tecnologia da samsung, a QLED, sucessora da OLED, é uma nova forma de emissão de luz, baseada em pontos quânticos e em nanotecnologia, permitindo assim que as imagens se assemelhem de forma “assustadora” à realidade.

Por outro lado a LG apresenta os seus pontos fortes no design dos seus equipamentos. Ainda que a tecnologia das suas TV’s seja a mais antiga, a OLED, a LG apresenta uma televisão com menos de 3mm de espessura, dando assim o pontapé de saída para uma nova gama de TV’s ultra-thin. Com menos espessura que alguns telefones, a ideia da LG é reduzir ao máximo o espaçamento entre a televisão e a parede, como de um quadro vivo se tratasse. As novas TV’s da LG prometem ser uma peça de tanta elegância que a marca afirma que estas podem ser colocadas na parede, fixas apenas por ímans.

Estarão as televisões curvas ultrapassadas?

 

A estreia da Xiaomi

A Xiaomi continua a surpreender e isto não se resume somente aos equipamentos revelados, mas sim à forma como se tem afirmado no mercado e como começa a ser uma presença popular neste tipo de eventos.

Apesar de ter sido a sua primeira CES, a expectativa não era inferior à das grandes marcas. Mesmo com algum atraso, a conferência acabou por revelar dois equipamentos muito interessantes.

Mais uma TV com duas particularidades curiosas, neste caso, a Xiaomi fez aquilo que faz melhor e a que já nos habituou, e o primeiro ponto forte é claramente o preço. A Mi TV 4 é uma televisão topo de gama que custa menos de 2000$, com um design sublime ao ponto de a base de suporte do equipamento ser transparente mostrando que a marca não deixou nada ao acaso. Também apostou num design ultra-thin, não consegue ser mais fina que as televisões da LG, mas os seus 4.9mm mostram que a linha de pensamento é idêntica à da concorrente.

Outro ponto revelador é o facto desta ser uma televisão modular, uma característica no mínimo diferente para esta área do mercado. O conceito está na parte inferior da TV, que é removível, sendo mais acessível fazer upgrades, tanto a nível de software bem como de hardware (componentes, sistema de som, etc…). Esta barra modular é também o centro de todas as conexões e apenas esta se conecta ao display através da porta exclusiva Mi port. Isto é mais um ponto a favor do design deste equipamento, evitando assim a habitual confusão de cabos à vista que se torna desagradável.

O outro grande equipamento desvendado pela Xiaomi é o seu novo router que acaba por fazer muito mais que um router comum faz. O Mi Router HD é também um media center fantástico, disponível na versão de 8TB por menos de 500$ e na versão de 1TB por menos de 200$ mas ambas com as mesmas capacidades.

Este router traz uma infinidade de funcionalidades, dispensando assim a compra de mais dispositivos. A Xiaomi lança assim um equipamento que, para além da sua capacidade acima da média em termos de desempenho, oferece ainda serviços de backups automáticos, suporte ao Time Machine da apple, de sincronização da dropbox e dos sistemas de som da Sonos.

 

Kuri o robô doméstico com sentimentos

A CES 2017 veio também mostrar que os robôs domésticos já são uma realidade. Já existe alguma oferta variada neste campo, mas decidi destacar o Kuri, da Bosch, por duas grandes razões. A primeira é sem dúvida o preço, embora nós saibamos que este tipo de equipamentos já estão disponíveis no mercado, a expectativa é sempre a de um custo elevado, no entanto o Kuri é um robô doméstico que pode ser adquirido por menos de 700 dólares.

Com este investimento o Kuri pode vigiar a sua casa enquanto não está e certificar-se que tudo corre dentro do normal, caso contrário este comunica consigo através do smartphone. Pode ainda avisá-lo que os seu filhos chegaram, e enviar-lhe fotografias quando algo estiver errado. Também recebe comandos de voz para seguir as nossas ordens, algo que também pode, mais uma vez, ser feito a partir do smartphone.

Ele irá ser o seu vigilante enquanto estiver fora e mais um membro da família quando todos estiverem em casa. E é aqui que entra o segundo e para mim mais importante ponto, o Kuri ser mais um membro da família. Principalmente porque este pequeno robô vai aprendendo e conhecendo ao longo do tempo cada membro da família reagindo para cada um de forma diferente. O equipamento distancia-se dos robôs comuns na questão de ser um robô, o Kuri sorri dando a entender que tem sentimentos e, para mim, esta é a chave para este tipo de equipamentos. A Bosch lançou realmente um excelente produto e até o facto de ter algumas semelhanças com a personagem Eva, do filme Wall-e da Pixar, é um aspecto curioso que pode não ter sido apenas deixado ao acaso.

 

GeForce Now

A NVIDIA tinha que deixar a sua marca nesta edição especial dos 50 anos da CES, e a novidade que nos deixa promete ser mais uma forma de revolucionar o Gaming. Se gosta de jogar jogos que puxem pela máquina mas não quer investir numa placa gráfica para o efeito, ou se simplesmente possui um Mac ou um computador mais antigo a GeForce Now pode ser a solução ideal.

O conceito de jogar por streaming não é novo, hoje em dia grande parte dos serviços que temos são por streaming, assistimos a conteúdo, com serviços como a Netflix e a Amazon Prime Video, ouvimos música com o insubstituível Spotify e o conceito de jogar por streaming já não é novidade. Mas a NVIDIA passou do conceito à prática e finalmente é possível jogar por streaming com a subscrição do serviço GeForce Now.

Este funciona de forma similar aos já acima mencionados. É necessário um registo de utilizador que logo à partida tem a possibilidade de experimentar os dois equipamentos disponíveis de forma gratuita, 8 horas de uso com a placa gráfica GTX 1060 ou 4 horas com a GTX 1080, ambas instaladas em data centers da empresa que correm os jogos e depois fazem o stream para a sua máquina pessoal. Depois por 25$ o utilizador, pode escolher entre 20 horas de jogo com a GTX 1060 ou 10 horas de jogo com a poderosa GTX 1080.

Esta é mais uma forma de jogar que nos pode levar a tomar decisões mais ponderadas no ato de compra de equipamentos e componentes: adquirir um computador apenas para uso normal, subscrever o serviço e jogar em qualquer máquina. Embora que a subscrição deste serviço ainda nos pareça com um preço algo elevado.

Mas há mais…

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