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O Google Street View – A realidade por detrás da fantasia

As férias trazem o calor e a vontade de libertar um pouco a mente da prisão que os deveres e a responsabilidade nos impõem. Para isso apresentamos um vídeo que mostra como é feita a captura e processamento de imagens por parte da Google, no seu serviço Google Street View. Pode ser que desta forma a “guerra” entre a Google e a Comissão Nacional de Protecção de Dados seja apaziguada e todos entendam que não é fácil gerir um “mostro” com as dimensões deste projecto.

Ficou finalmente apresentado o famoso algoritmo de ofuscação de imagens, que permite que todas as caras, matriculas e outros dados sensíveis sejam distorcidos e fiquem irreconhecíveis. Infelizmente o seu trabalho não acaba e tem sempre novas imagens a adicionar e queixas de utilizadores a atender.

Brincadeiras e animações à parte, o serviço que a Google presta aos Internautas com o seu Google Street View é impagável. A possibilidade de podermos passear por cidades em qualquer parte do mundo sem sairmos do conforto do nosso lar é algo que até há poucos anos era considerado ficção cientifica.

Naturalmente que isso acarreta problemas relacionados com o direito à privacidade, mas isso é recorrente nos serviços que esta empresa presta. Não existe nenhum (ou quase nenhum) serviço a que não tenham sido apontados problemas relacionados com a forma como os dados dos utilizadores são guardados ou com a forma como esta empresa gere esses dados.

Mas existe realmente um problema ou são apenas utilizadores descontentes com a forma que esta empresa tem crescido nos últimos anos? Será inveja pelo facto de as empresas da sua preferência não acompanharem as inovações tecnológicas apresentadas ou apenas entrarem na corrida mais tarde?

A verdade é que sempre que existe um problema associado a privacidade, a Google apresenta uma solução. Nem sempre a gosto de quem reclama, mas sempre a resolver o problema.

A questão apresentada há dias faz sentido, mas não nos parece que a forma como foi exposta seja a mais produtiva para ambas as partes e principalmente para o consumidor final. E é este consumidor que, por norma, fica privado do serviço quando estas questões explodem e se tornam incontroláveis.

Quando as empresas da concorrência, que começam a apresentar serviços similares, vierem para o nosso país estes problemas vão ser também levantados? A velha máxima sempre é real? Google is evil?

As questões que vos apresentamos hoje e que já foram discutidas neste artigo, é se a Google tinha o direito de avançar com a recolha de imagens no nosso pais e se fazem sentido as queixas e questões que a CNPD apresentou.

Não está esta última a entrar “na onda” do que têm as entidades similares têm feito por essa Europa?

Não estaremos, mais uma vez, a cometer o pecado que “o melhor é o que se faz lá por fora”?

A questão existe, mas está a ser tratada. Valeu a pena todo o burburinho que se levantou em torno deste (não) problema?

Mais uma vez aguardamos comentários, com as vossas opiniões e ideias. Lembrem-se que por muito fortes que as vossas convicções sejam, vão existir opiniões contrárias, também elas cimentadas e absolutas.

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