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Google financia projecto 3D criado em Coimbra

A Google tem uma vasta experiência do que toca a sistemas de realidade virtual e sistemas tridimensionais. Nesse âmbito, a empresa norte americana anunciou hoje que vai financiar um inovador modelo informático para a aplicação de uma nova geração de sistemas de reconstrução 3D de ambientes urbanos, tecnologia desenvolvida por Investigadores da Universidade de Coimbra (UC).

Segundo a Universidade de Coimbra, numa nota divulgada hoje, uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu um novo modelo informático relevante para a aplicação de uma nova geração de sistemas de reconstrução 3D de ambientes urbanos.

Serviços como o ‘Google Street View’ dão uma perspetiva 3D das ruas, limitada, no entanto, “ao ponto de vista do veículo que capturou as imagens”, mas a equipa de investigadores da FCTUC, proporcionando “uma experiência imersiva, em que o utilizador navega livremente pelas ruas”, criou um sistema que obtém “reconstruções 3D detalhadas de cidades”.

O projecto, que começou a ser desenvolvido em Janeiro de 2014, “chamou a atenção da Google”, que o seleccionou no âmbito de “um concurso mundial de ideias muito competitivo, com taxas de aceitação na ordem dos 15%”, e que, posteriormente, o financiou, salienta a UC.

 

“A grande novidade desta tecnologia, que se encontra em fase protótipo”, é que “este algoritmo tem por base a utilização de planos, não só para descrever a cena, mas também para calcular o movimento da câmara”, afirmam Carolina Raposo, João Barreto e Gabriel Falcão, investigadores envolvidos no projecto.

“Isto faz com que os modelos em 3D sejam gerados automaticamente e armazenados de forma muito compacta (ao contrário dos métodos existentes que trabalham com nuvens de pontos), permitindo a sua rápida transmissão”, sustentam Carolina Raposo, João Barreto e Gabriel Falcão.

Outra vantagem da utilização de planos reside no facto de “esta tecnologia ser capaz de trabalhar com um número reduzido de imagens”, destacam os investigadores, explicando que isto acontece porque “é frequente que o mesmo plano seja ‘visto’ pelas câmaras em posições distantes, permitindo recuperar o movimento” – situação que não se verifica com “os métodos actuais, que requerem que as imagens sejam adquiridas em posições fisicamente próximas” e necessitem, por isso, de “muito mais informação”.

Adicionalmente, “este sistema usa arquiteturas de processamento paralelo para acelerar bastante o tempo de computação, gerando automaticamente os mapas em 3D e armazenando a informação no servidor”, adianta a UC.

Via: Lusa

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