A Google é um dos faróis da Internet e um serviço de pesquisa que quase todos usam. Este cenário é realidade há muitos anos, mas há algo a mudar. Há motores de pesquisa a ganhar destaque com a IA e até novos a surgir. Isso é agora quantificado, com Google a ter menos de 90% do tráfego de pesquisa pela primeira vez em 10 anos.
O Google é sinónimo de pesquisa na Internet. Este cenário de domínio total reflecte-se na quota de mercado do Google. Mais de 90% das pesquisas online na última década foram realizadas na Pesquisa Google, mas uma surpreendente mudança de tendência de tráfego sugere que o equilíbrio de poder pode estar apenas a começar a mudar.
Conforme relatado, as estatísticas do Statcounter mostram que a quota de mercado global de pesquisa da Google caiu para menos de 90%. Isto referente aos últimos três meses. Em concreto, foi de 89,34% em outubro, 89,99% em novembro e 89,73% em dezembro.
Mais de 89% ainda é uma posição dominante no mercado. O que é mais interessante nesta situação é que é a primeira vez que a Google não consegue deter uma quota de mercado de 90% num período de três meses. Isto não acontecia desde o primeiro trimestre de 2015, quase exatamente 10 anos antes.
Embora se possa presumir que o ChatGPT atrapalhou alguns dos hábitos do Google, as estatísticas indicam que os concorrentes tradicionais dos motores de busca beneficiaram mais desta mudança de tendência. As informações são limitadas, mas revelam que o Bing, o Yandex e o Yahoo! tiveram um ligeiro impulso. O Bing ficou em segundo lugar em quota de mercado em dezembro, embora com pouco menos de 4% das pesquisas online.
Uma possível mudança no foco nos utilizadores não seria uma boa notícia para a Google, embora pudesse trazer alguma mudança importante para este mercado e para a gigante das pesquisas. A empresa continua envolvida num caso anti-monopólio há algum tempo e com importância elevada. O Departamento de Justiça a acusar a Google de comportamento monopolista.
Parte da defesa da Google tem sido apontar que os utilizadores têm escolha e são livres de a exercer. Estas estatísticas poderiam acrescentar um pouco mais de peso a este argumento e mostrar que afinal o próprio mercado pode regular-se e dar possibilidades a todos os motores de pesquisa.