A aquisição deverá estar fechada até final do ano e marca a compra mais cara de sempre da Google, que investiu nesta empresa 3,1 mil milhões de dólares (2,3 milhões de euros), quase o dobro do valor gasto para a integração do YouTube.
Com a compra da DoubleClick a Google passa a controlar mais de 80 por cento da publicidade online, uma posição que atraia também a atenção dos rivais para este negócio e justifica a valorização da companhia que em 2005 valia 1,1 mil milhões de dólares.
A empresa prevê vantagens para os utilizadores, que vão ter acesso a publicidade mais relevante para os seus interesses, para os anunciantes, que aumentam a qualidade das visualizações conseguídas, e ainda os sites de conteúdos que têm acesso a uma nova rede de anunciantes.
Já nesta segunda-feira, a AT&T afirmou que o negócio deve ser “rigorosamente” revisto pelas autoridades da concorrência, pois a Google está a posicionar-se como o único agente de publicidade online. Também o responsável da Microsoft, Brad Smith afirmou que “esta proposta de aquisição levanta sérios problemas no que respeita à concorrência e à privacidade”, dando à Google “um controlo na entrega de publicidade online e um acesso a informações dos consumidores sem precedentes”, segundo a Bloomberg.
Ainda assim, no mesmo dia o Google voltou às compras e assinou um acordo para a venda de anúncios com a gigante de rádio americana Clear Channel. De acordo com a agência de notícias EFE, o acordo é válido por muitos anos e prevê a venda de uma parte garantida de anúncios de 30 segundos em mais de 675 estações, entre AMs e FMs, embora não tenham sido divulgados detalhes adicionais sobre a transacção.