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Monopólio da NVIDIA no mercado das placas gráficas obriga a AMD a mudar de estratégia

No que diz respeito às placas gráficas para portáteis, a NVIDIA domina de forma esmagadora, tendo uma quota de mercado de 88%. A AMD, no entanto, contenta-se com uns modestos 12%. Estes números trazem para a mesa uma realidade inegável: a AMD precisa de alterar a sua estratégia – e parece já estar a fazê-lo.


AMD dá várias pistas interessantes

Nas últimas semanas, várias pessoas que divulgaram informações sobre hardware para PC previram que a AMD deixará de competir com a NVIDIA para oferecer aos utilizadores o melhor desempenho gráfico. Simplificando, isto significa que a AMD irá presumivelmente concentrar-se na expansão da sua quota de mercado. Não parece rebuscado, embora seja apenas um palpite por enquanto.

A Tom’s Hardware teve recentemente a oportunidade de falar com Jack Huynh, o vice-presidente sénior do Grupo de Computação e Gráficos da AMD. Normalmente, os executivos das grandes empresas não são muito abertos quando se trata de divulgar informações aos media que ainda não foram oficializadas mas, neste caso, o editor conseguiu recolher várias declarações que prenunciam uma grande mudança de estratégia na AMD.

A minha prioridade número um neste momento é desenvolver a nossa escala para chegar mais rapidamente aos 40% ou 50% de quota de mercado. Quero lutar por 10% do mercado ou por 80%? Quero lutar por 80% porque não quero que a AMD se torne uma empresa cujos produtos só podem ser comprados por pessoas que têm um Porsche ou um Ferrari. Queremos criar hardware para jogos que seja acessível a milhões de utilizadores.

Salienta Huynh.

Na próxima geração, teremos produtos fantásticos. Já tentámos competir pela liderança em termos de desempenho e a nossa quota de mercado não cresceu. A ATI tentou, em determinada altura, enfrentar esta estratégia de “rei da colina”, mas não foi muito bem sucedida. Queremos oferecer os melhores produtos ao preço correto. Se analisarmos a nossa estratégia do ponto de vista do preço, seremos líderes.

Afirma Huynh.

Se seguirmos o que Huynh antecipou, a única conclusão a que podemos chegar é que a AMD quer aumentar a sua atual quota de mercado. Para o conseguir, vai competir com a NVIDIA principalmente nas gamas mais vendidas, e é evidente que as placas gráficas topo de gama deixam a maioria dos jogadores de fora devido ao seu preço.

Trata-se, sem dúvida, de uma estratégia sensata, mas resta saber se a AMD conseguirá realmente ultrapassar a NVIDIA e aumentar significativamente a sua quota de mercado. De qualquer forma, a próxima geração de placas gráficas dedicadas parece muito interessante.

 

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