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Mantenha o seu PC fresco – Parte III – Extreme Cooling

Por Mokoto para o Pplware Quem tem seguido a série de artigos sobre cooling, já sabe como funciona um sistema de air cooling, as vantagens e desvantagens deste sistema, depois viram as maravilhas que o “wc” consegue dar nos computadores, como funcionam, como está formado e claro as vantagens e desvantagens do mesmo. Pois bem, hoje irei focar sobre sistemas extremos de refrigeração ou como se diz por ai: “Extreme Cooling”.

Como o  próprio nome diz o extreme cooling é arrefecer um computador com outras técnicas e materiais com o intuito de conseguir temperaturas negativas. O Extreme cooling é muitas vezes associado ao overlock extremo onde se usa e abusa das grandes voltagens para conseguir bons resultados.

Existem muitas formas de extreme cooling, vamos abordar algumas delas: Peltier, Dry Ice, Ln2, Phase Change e Water Chiller. Antes de aprofundar cada uma destas formas “divertidas” de extreme cooling, tenho de avisar que nem sempre são usadas para estar a trabalhar no dia-a-dia.

Peltier

O peltier é uma base que é colocada sobre o CPU e o dissipador ou bloco de WC.  Transporta o calor de um lado para outro, no entanto, como precisa muita energia para transportar o calor também irá produzir por si só calor. Sei que devem estar confusos, mas vou tentar explicar por outras palavras: O peltier tem duas faces: uma fria e outra quente normalmente a diferença entre estas duas faces ronda os 70ºC para manter a face em contacto com o CPU o mais fria possível a face quente irá aquece muito mais.

Agora perguntam vocês: se o Peltier gera calor como se pode tornar uma solução para o as formas convencionais?

Pela experiência que tive, se conseguirmos dissipar a parte que gera calor mais rapidamente, mais frio se torna a face que está em contacto com o CPU chegando a temperaturas baixas. Uma solução será combinar o peltier com um sistema de wc.

Cuidados a ter:

O peltier poderá ser uma boa solução para o arrefecimento do CPU, no entanto se não tivermos alguns cuidados podemos estar a criar uma boa fritadeira interna. Por isso temos de ter certos cuidados para depois não nos arrependermos:

Eterno inimigo – O calor: O peltier como já disse anteriormente, utiliza um dissipador com uma ventoinha normal ou waterblock, caso a ventoinha falha, ou o dissipador não estiver bem instalado, ou mesmo se o sistema de wc estiver a funcionar mal vai fazer com que se gere mais calor e por consequência irá derreter o processador. Para que não venha acontecer, tem de existir um bom fluxo de ar, o interior da caixa deve estar limpa, ver o funcionamento das ventoinhas que estão ligadas ao radiador do sistema de wc entre outras formas de prevenção. Como já tinha referido quanto mais eficiente for a dissipação da face quente do peltier melhor será a face fria.

Quando os problemas eléctricos se metem ao barulho: O peltier é um “papão” de energia e como já vi as vezes consegue consumir mais do que uma fonte normal consegue gerar, claro que vai trazer problemas, pois os outros componentes vão-se ressentir

Exemplo: No arranque os discos rígidos quando se ligam consomem muita energia para conseguir chegar a rotação ideal, se houver falta de energia vamos ter problemas no arranque do sistema. O conselho que dou é ligar o peltier a uma outra fonte e conseguir ligar esta fonte ao mesmo tempo que se liga a fonte do PC ou mudar a fonte de alimentação principal para uma  de maior potencia e amperagem.

Dry Ice

O gelo seco, mais conhecido como Dry Ice é nada mais e nada menos do que dióxido de carbono solidificado ao ser congelado a uma temperatura inferior a -78ºC.   O gelo seco pode ser usado como recurso de refrigeração extrema do CPU. Então imaginem o que se pode conseguir com estas temperaturas num cpu. Podemos atingir temperaturas extremamente baixas e  velocidades muito fora da velocidade de fábrica do processador. Para  conseguir tais feitos precisamos de:

Temos de ter em atenção que o efeito do gelo seco dura pouco tempo pois evapora rapidamente, temos de estar constantemente colocar gelo seco e acetona para continuar com as baixas temperaturas.

Ln2

O azoto é um gás que se encontra no ar que nos rodeia e que quando arrefecido fica no estado líquido e a uma temperatura de -192ºC.

A utilização do Ln2 tem-se tornado muito popular no mundo do overclock, devido a sua grande capacidade de arrefecimento em relação a outras formas de arrefecimento extremo. Por outro lado a sua aquisição, o seu transporte e manuseamento carreta atenções redobradas, pois é perigoso o contacto do Azoto líquido com a pele e com os materiais do sistema.

Para tirar partido do azoto líquido como sistema extremo de arrefecimentos vamos precisar de um container como no caso do gelo seco vamos precisar de isolar bem as Motherboard, o container os outros componentes que se encontrem à volta do container.

Phase Change

Pode-se dizer que o phase change é igual a um frigorifico. Utiliza um compressor e que atinge baixas temperaturas como -50ºC a -70ºC, mas isso depende do tipo de compressor a utilizar.

Existe pelo menos 3 tipos de Phase change

– Single stage ou promi ou promoteia

– Cascade 2º stage

Utiliza dois compressores onde o 1º estágio arrefece o gás a temperaturas que rondam os -50ºC a -70ºC , para depois ser ainda mais arrefecido no 2º estágio chegando a temperaturas de -100ºC a -110ºC

– Cascade 3º stage

Utiliza 3 compressores e 3 estágios de frio, em conjunto com uma mistura de gases específicos podem levar uma destas raras e dispendiosas máquinas a atingir -150ºC o que muito bom para quem quiser brincar aos World records.

As desvantagens destes sistemas é que consomem muita energia ao ponto da factura da EDP vier com valores astronómicos e produzem muito calor.

Water Chiller

Também conhecido por vapochill junta dois sistemas para formar um sistema extremo de arrefecimento.

Utiliza o Phase change para gerar frio e o sistema de water cooling para transportar a agua fria até ao cpu. O phase change arrefece um reservatório de anticongelante através de uma serpentina, depois o anticongelante circula através de um circuito de wc normal.

Como devem ter reparado estes sistemas são bons mas para sessões de overclock e não para o uso diário, porque ou temos de estar sempre abastecer o container como é o caso do Ln2 e dry ice, ou produzem grandes quantidades de calor e consumos excessivos de electricidade como é o caso do phase change o water chill. Mas dá para destacar um sistema para que funcione no dia-a-dia que é o uso de peltiers, mas neste campo aconselho que seja utilizado em conjunto com um sistema de wc e claro com uma fonte adicional para o peltier que se pode ligar em série para que se ligue ao mesmo tempo que o pc com o botão on/off.

Espero que tenham gostado destes artigos para arrefecimento do nosso computador e lembrem-se só uma simples limpadela por dentro da nossa caixa irá fazer toda a diferença no que toca as temperaturas.

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