Por Jorge Alcino para o Pplware
Nesta publicação vamos começar a falar sobre Arduino. Aqui no PPLWARE já falámos de um outro microprocessador, o Rapspberry PI. Vamos começar primeiro por saber o que é o Arduino.
O Arduino é uma plataforma de hardware livre, projectado com um microcontrolador Atmel AVR. É uma placa de código aberto baseado em num circuito de entradas/saídas simples, micro controlada e desenvolvida sobre uma biblioteca que simplifica a escrita da programação em C/C++.
O Arduino pode ser programado com a linguagem de programação Arduino, que é baseada na linguagem Wiring e seu ambiente de desenvolvimento é baseado no Processing. Mais a frente iremos abordar a programação deste.
Os primeiros passos
Há vários modelos do Arduino. Aqui iremos falar sobre as especificações do Arduino UNO e do Arduino MEGA. Numa próxima publicação iremos falar sobre os primeiros passos na programação deste microprocessador.
Arduino UNO
O Arduino UNO é o equipamento ideal para iniciantes. Com esta placa já é possível efectuar vários projectos.
Características técnicas
- Micro controlador: ATmega328
- Tensão de operação: 5V
- Tensão de entrada (recomendada): 7-12V
- Tensão de entrada (limite): 6-20V
- Entradas/Saídas: 14 (6 pins PWM)
- Pins Analógicos (Entrada): 6
- Memória Flash: 32 KB (ATmega328), 0.5kb usado pelo bootloader
- SRAM: 2 KB (ATmega328)
- EEPROM: 1 KB (ATmega328)
- Velocidade do Clock: 16 MHz
Arduino MEGA
O Arduino MEGA é aconselhável para projectos em que necessitam mais memória e um número maior de portas, tanto analógicas como digitais.
Características técnicas
- Micro controlador: ATmega2560
- Tensão de operação: 5V
- Tensão de entrada (recomendada): 7-12V
- Tensão de entrada (limite): 6-20V
- Entradas/Saídas: 54 (15 pins PWM)
- Pins Analógicos (Entrada): 16
- Memória Flash: 256 KB, 8k usado pelo bootloader
- SRAM: 8 KB
- EEPROM: 4 KB
- Velocidade do Clock: 16 MHz
O Arduino está organizado com entradas/saídas digitais e analogias.
Mas afinal o que são estas entradas/saídas e quais são as diferenças ?
As entradas analógicas permitem distinguir qual a tensão que está na porta, ou seja, permite “dividir” este valor (0V-5V) em 1024 níveis (1024 bits), sendo que o valor máximo é 1023 (4.955V) e o valor mínimo é 0 (0V).
As entradas digitais não permitem ver a tensão que está na porta tão detalhadamente, visto o valor desta só poder ser 1 (5V) ou 0 (0V).
Passemos agora ás saídas:
Nas saídas digitais podemos variar a tensão entre 0 e 1 (sendo que 1=5V e 0=0V). As saídas digitais têm também um tipo de saída específico. Uma saída digital PWM. A sigla PWM provém do inglês “Pulse-Width Modulation”, que em português significa “Modulação por largura de pulso”. Neste tipo de saída podemos controlar a tensão que sai das portas, ou seja, podemos controlar um motor, ou um LED através da corrente DC. Se verificarmos com um “Analisador de frequências”. Neste tipo de portas iremos obter um gráfico com ondas quadradas.
Numa breve conclusão, pode-se dizer que para iniciar neste mundo do Arduino, um Arduino UNO é o suficiente, visto os projectos iniciais não precisarem de grande processamento nem de grande numero de portas. Para projectos mais avançados será necessário o MEGA, visto ser necessário mais velocidade de processamento e mais portas, tanto digitais como analógicas. A compra destes equipamentos pode ser realizada online, na loja INMOTION.