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Zero Latency, uma experiência Pplware noutra dimensão

Já por várias ocasiões tivemos a oportunidade aqui no Pplware de revelar o crescente interesse e curiosidade que a Realidade Virtual tem vindo a despoletar.

Um pouco no seguimento desta linha de pensamento foi, no final do ano passado, inaugurado em Lisboa um espaço físico, o Zero Latency, onde a Realidade Virtual é Rainha… e nós já fomos lá experimentar.


Não há como negar. A Realidade Virtual veio para ficar e encontra-se em franco crescimento tanto ao nível dos videojogos, como de outros tipos de iniciativas ou dispositivos.

Dito isto, não será, portanto, de estranhar a inauguração no final de 2017, dum espaço físico onde os fãs (ou simplesmente curiosos) da VR podem vir experimentar em primeira mão todas as sensações da Realidade Virtual. Refiro-me ao espaço Zero Latency, situado em pleno Centro Comercial Dolce Vita Tejo, em Lisboa.

O Pplware já teve a oportunidade de experimentar um dos jogos disponíveis, o Singularity, e gostaríamos de partilhar convosco a nossa experiência.

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A aventura começa com um pequeno briefing sobre os aspetos básicos do jogo. Nessa pequena conversa com o Game Master (administrador do jogo) são-nos dadas todas as informações pertinentes sobre a jogabilidade, assim como as normas de segurança e regras do jogo.

Neste capítulo, convém referir que, tratando-se de uma experiência VR existem alguns cuidados a ter. Por questões de segurança só é permitida a entrada a pessoas com mais de 13 anos com autorizações expressas dos seus responsáveis. Também por questões (óbvias) de saúde, a experiência VR não é recomendada para grávidas, pessoas com problemas cardíacos ou epilepsia.

Outro aspeto deste tipo de experiências prende-se também com a segurança física de quem joga. Isto, pois, estando com capacete VR e Headset na cabeça, o jogador encontra-se totalmente ausente da realidade real e apesar de todas as normas de segurança serem indicadas no briefing inicial existe ainda o risco de algum jogador ignorar (ou se esquecer) das mesmas. Para tal, além de proteções físicas no recinto, existe ainda a presença do Game Master que garante que ninguém se aleija, dando instruções e pausando o jogo caso seja necessário.

É também neste briefing inicial que nos é revelada a história que dá conteúdo ao jogo e que, apesar de simples, funciona suficientemente bem para dar contexto.

A HISTÓRIA:

Em Singularity, os jogadores encontram-se a bordo de uma nave espacial que foi ocupada pela Inteligência Artificial. Cabe à equipa (de até 6 jogadores), a restituição da ordem na nave e para tal, vai avançando durante sensivelmente 15 minutos por várias zonas da nave, destruindo hordas de robots e drones até um combate final com o boss que se apoderou da nave.

Após este briefing está na altura de passar para a ação pelo que são feitos os preparativos finais para a entrada na nave. Cada jogador é equipado com um colete que transporta os óculos de VR e o Headset, cruciais para a imersão na experiência cooperativa.

Além disso, e como é óbvio, cada jogador é equipado ainda com uma arma (sensivelmente 1 kg) que apresenta até 4 funções distintas. Neste jogo Singularity, a arma pode ser “transformada” ao toque de um clique num botão, tanto numa Sniper, numa Shotgun, numa Arma Laser ou numa Metralhadora (cada qual com as suas especificidades incluindo pontuações diferenciadas).

Uma curiosidade adicional reside no facto de cada arma possuir um escudo lateral que, tal como o escudo de Kratos no último God of War é automático e pode-nos safar em alturas mais complicadas. Nota: a saúde do jogador regenera-se após 5 segundos sem ser novamente atingido.

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Toda a experiência decorre numa sala de talvez uns 15 por 15 metros. Parece pouco numa primeira instância, mas graças ao software usado na simulação existem ocasiões em que o cenário ganha uma outra dimensão na qual a sensação de profundidade, comprimento ou altura nos cria a ilusão de uma área muito maior.

É, portanto, neste cenário que vamos avançando ao longo do interior da nave espacial, em algumas ocasiões através de espaços mais confinados (corredores e passagens estreitas), noutras por espaços mais abertos (a secção do elevador está fantástica). É assim que nos vamos aprofundando cada vez mais no interior da nave, que se encontra repleta de inimigos. Esta quantidade de inimigos, que poderiam estar um pouco melhor renderizados, não é muito vasta em diversidade. Na prática, encontramos apenas robots, drones e torres de vigia (além do boss final, claro).

Contudo, apesar desta pouca variedade de adversários encontrados, o jogo consegue obter momentos de algum frisson e adrenalina, pois, em determinadas secções os inimigos aproximam-se tanto pelo chão, como pelo ar e de diversas direções causando o caos total. Nesses momentos de maior tensão, a ação é tal que se chega a gerar uma certa confusão (tanto visual como sonora).

Quanto à sensação de imersão no jogo, a mesma é grande. Com o avançar do tempo (sensivelmente 15 minutos) passamos por variadas interações que nos transmitem uma grande sensação de imersão e de profundidade. Só para dar um pequeno exemplo, a determinada altura temos de atravessar um poço profundo no meio da nave, apenas por uma ponte de 1 metro de largura. Apesar de sabermos que estamos num jogo, a verdade é que, a partir do momento em que metemos o pé nessa ponte, a mente transmite-nos algo que de repente as pernas tremem com a sensação de profundidade.

OS MAIS E OS MAIS OU MENOS

Os Mais

  • Experiência muito imersiva, no sentido que podemos andar e movimentarmo-nos dentro de um espaço, perdendo completamente a noção que estamos numa sala.
  • Alguns pontos de interesse no movimento dentro da nave espacial, como a sensação de vertigens numa passagem duma ponte, sensação de deslocação num elevador, etc.
  • Uma excelente forma de fazer uma festa de aniversário, um evento de Team Building ou apenas estar com amigos.
  • Existência de Leaderboard final.

Os Mais ou Menos

  • Há, no entanto, alguns pontos que achamos que poderiam ainda ser melhor explorados e que acreditamos que poderiam vir a dar mais excitação e sensação de imersão nas experiências à disposição.
  • Um desses exemplos corresponde ao reduzido feedback da arma que podia, por exemplo, fazer algum tipo de resistência/vibração, tanto no disparo como no momento de recarregar. Por vezes torna-se difícil nos apercebermos se estamos a recarregar ou não.
  • Qualidade do som poderia estar mais limpa, especialmente sendo uma experiência cooperativa.

No final experimentámos ainda alguns simuladores VR singleplayer, expostos à entrada que apesar de não proporcionarem experiências tão imersivas como o Singularity, tratam-se de iniciativas super divertidas e excitantes.

Com mais de 5.000 visitantes desde a sua abertura e ate ao final de abril, pode-se dizer que os portugueses já aderiram à VR, e a direção revelou que não há um cliente tipo exclusivo. As experiências VR do Zero Latency tanto são procuradas por grupos de amigos, para festas de aniversário ou em iniciativas de Team Building…

Entretanto, foi-nos ainda adiantado que a Zero Latency espera vir em breve a adicionar novos jogos à lista atual. Aliás, um dos objetivos da empresa é precisamente o de apresentar novas experiências com uma certa regularidade o que significa que, quem realmente gostar destas iniciativas terá ao longo do tempo, bastantes motivos para voltar mais que uma vez.

Gostaríamos de agradecer à Zero Latency pelo convite, certos que mais cedo ou mais tarde nos iremos voltar a encontrar. Talvez não numa nave espacial, mas quem sabe num Apocalipse Zombie…

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