A Mozilla revelou hoje alguns dos seus planos para o Firefox 3.2, que, entre outras novidades, passará a integrar de raiz o projecto Ubiquity, actualmente disponível no Mozilla Labs em versão beta. O Ubiquity permite aos utilizadores controlar o web browser de forma semelhante a uma linha de comandos, digitando expressões ou frases que provocam determinadas acções no Firefox.
Para experimentar este projecto, basta instalar a extensão no seu Mozilla Firefox e pressionar Ctrl + Space para abrir o Ubiquity. Através dessa pequena janela, com os comandos certos, será capaz de calcular, converter, fechar separadores, pesquisar no Google e até no Pplware! No entanto, para simplificar ainda mais as coisas, a Mozilla planeia integrar o Ubiquity directamente na barra de endereço, a awesome bar.
Mike Connor, engenheiro arquitecto do Firefox, diz que planeiam desenvolver e experimentar funcionalidades mais ambiciosas e inovadoras para esta nova versão, “mesmo que não saibamos se vão funcionar”, afirma. Em entrevista exclusiva à PC Pro, referiu que estão a pensar “incorporar as funções que conseguirmos dos projectos Mozilla Labs”.
“Tudo aquilo que planeávamos incluir desde o início já está feito” disse Mike Connor, que trabalha no Firefox desde os tempos do Firebird. “E agora? Torná-lo mais rápido? Não é a resposta que procuramos.”
Mike Connor fez saber que a sua empresa ficou bastante surpreendida com o nível de aceitação e interesse em volta do Ubiquity. “Tem sido fantástico,” e continua “chegaremos a uma altura em que vão existir tantos comandos para o Ubiquity como extensões para o Firefox”.
Outras novidades Para além disto, o Firefox 3.2 permitirá também uma espécie de lightweight theming, para personalizar o aspecto do browser sem instalar extensões, e ainda alguns elementos do Prism, outro projecto do Mozilla Labs.
O Prism introduz assim uma nova função, semelhante ao que já existe no Google Chrome, que vem permitir a ponte entre as aplicações web e o nosso ambiente de trabalho. Assim teremos determinadas aplicações a abrir como se fossem executadas na nossa máquina, sem os elementos habituais de um web browser.
Uma das funções que a Mozilla não irá, definitivamente, copiar do Chrome é a capacidade de correr cada separador e plugin em diferentes processos. Segundo a Google, esta abordagem permite maior segurança e estabilidade – quando algo falha num separador, os restantes não são afectados – mas, aponta a Mozilla, cria uma utilização excessiva e desnecessária de memória RAM.
No entanto, o Firefox 3.2 poderá seguir também um novo modelo no que toca à distribuição de processos e utilização de recursos. Segundo Mike Connor, “poderão ser seguidos outros modelos, mais inteligentes, tais como utilizar um processo para todos os separadores do Gmail – criando um processo por domínio”.
Para quando? A Mozilla, que neste momento concentra esforços em corrigir os vários bugs na versão 3.1, diz que não sabe quando poderão lançar o Firefox 3.2, nem mesmo se esta versão irá existir ou se passarão directamente para a versão 4.
Ainda assim, Mike Connor diz ser “pouco provável que o próximo lançamento seja do Firefox 4”. “Ainda estamos a decidir se vamos trabalhar para lançar essa nova versão este ano ou se será adiada para a primavera do próximo ano”.