O relatório de transparência bianual da Apple foi apresentado na página da empresa. Esta informação detalha as solicitações de dados pessoais que a Apple recebeu de governos ao redor do planeta.
Portugal solicitou à Apple informações referentes a 175 equipamentos, indicadores financeiros e dados de contas.
De acordo com o relatório, que cobre o primeiro semestre deste ano, a Apple recebeu dos governo 32 342 pedidos de dados de utilizadores – 9% a mais do que no período anterior – abrangendo o acesso a 163 823 dispositivos.
A Alemanha fez o maior número de pedidos (42%), a maioria dos quais devido a “investigações de dispositivos roubados”, emitindo 13 704 solicitações de dados em 26 160 dispositivos.
Os EUA ficaram em segundo lugar com 4 570 pedidos para 14 911 dispositivos. Mais da metade desses pedidos (2 397) foram para informações de contas básicas ou conteúdo dos utilizadores, revelou a Apple.
Os EUA também pediram 918 identificadores financeiros – que cobrem suspeitas de transações fraudulentas de crédito, débito ou cartão-presente – atribuindo-os à fraude do cartão-presente do iTunes.
Além disso, a Apple recebeu 4 177 solicitações de contas globais, um aumento de 25% em relação ao período anterior, para 40 641 dispositivos. A empresa explica que essas solicitações incluem informações do iCloud de IDs da Apple, como nome e endereço do proprietário da conta, e também podem abranger conteúdo, incluindo fotos, e-mails, backups de dispositivos iOS, contactos ou calendários.
O pico, segundo a Apple, foi atribuído à China, que solicitou quase 19 908 pedidos de dados de dispositivos “predominantemente devido a uma investigação de fraude”.
A Apple também mudou a forma como reporta as solicitações de segurança nacional dos EUA para dados de utilizadores. Pela primeira vez desde que começou a relatar solicitações de dados em 2014, separou as Cartas de Segurança Nacional emitidas pelo FBI e as solicitações sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira, ou FISA.
No primeiro semestre de 2018, a Apple referiu que recebeu de 0 a 499 pedidos de Carta de Segurança Nacional relacionados a 1 000 a 1 499 contas.
O relatório não inclui o número de solicitações da FISA por causa de um atraso de seis meses exigido pelos relatórios. Ao combinar os dados no passado, a Apple foi capaz de publicar os números à frente de outras empresas de tecnologia, informa a Reuters.
Portugal também consta deste relatório, com pedido de informações sobre 175 dispositivos, 8 solicitações relacionadas com indicadores financeiros e solicitações de informação sobre duas contas de utilizador.