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O iPad completou 8 anos. Parabéns!

Neste mês de janeiro, completaram-se 8 anos desde que Steve Jobs apresentou o primeiro iPad ao Mundo. Este dispositivo mágico foi capaz de chegar, ver e vencer, criando uma nova categoria no mercado que ainda não existia.

Apesar de todos os comentários que a imprensa e o público, em geral, faziam acerca deste novo dispositivo da Apple, não seria de esperar que o iPad se tornasse naquilo que é hoje: um dispositivo que já é capaz de ser um substituto do computador para muita gente.


A chegada do iPad…

No dia 27 de janeiro de 2010, Steve Jobs subiu ao palco do evento especial organizado pela Apple, vestido com as suas famosas calças de ganga, camisola de gola alta preta e sapatilhas brancas para falar naquela que seria uma das apresentações mais importantes da sua vida.

O Mac tinha sido apresentado há algumas décadas, o iPhone há apenas uns anos e ali se encontrava Steve Jobs, pronto para, mais uma vez, deixar a sua marca no Mundo dos computadores.


Os NetBooks não são melhores em nada…

Durante a apresentação, Steve Jobs, afirmou que a Apple, era uma empresa de dispositivos móveis, o que inclui iPhones, MacBooks e a partir daquele dia, iPads. Aliás, Steve Jobs mostrou mesmo em palco que a Apple, em termos de receita, era uma empresa maior do que a Nokia, Samsung e Sony, que na altura eram as grandes rivais da marca da maçã.

Jobs aproveitou também a ocasião para “informar” o público que os netbooks, até então vistos como possíveis tablets, eram terríveis e que não passavam de portáteis baratos, com processadores fracos, ecrãs de baixa qualidade e que corriam software fraco e ultrapassado.

E, passados alguns minutos, o eterno CEO da Apple apresentou o iPad, o primeiro tablet da Apple de 9,7 polegadas e ecrã multitouch.


Apple Newton: o avô do iPad

No início de 2010, a Apple lançou um novo conceito de “computador”. Basicamente, a empresa tirava proveito da tecnologia apresentada no iPhone, 3 anos antes, que deu ao mundo o multitouch e permitiu uma singularidade na computação móvel.

A ideia de lançar um tablet ou um dispositivo de escrita onde o dedo é o apontador natural não é de agora. A empresa de Cupertino agarrou no seu passado, onde o PDA Apple Newton fez carreira e adicionou as novas tecnologias disponíveis. Nasce assim o iPad.

O Newton é um dispositivo da série de assistentes digitais pessoais desenvolvidos e comercializados pela Apple. Um dispositivo inicial na categoria PDA – o Newton originou o termo “assistente digital pessoal” – foi o primeiro a apresentar o reconhecimento de caligrafia.

A Apple começou a desenvolver a plataforma em 1987 e enviou os primeiros dispositivos em 1993. A produção terminou oficialmente em 27 de fevereiro de 1998.


Como Steve Jobs fez o iPad vencer?

Para Steve Jobs o processo de desenvolver um tablet era algo arriscado, especialmente depois de outros terem tentado fazer o mesmo e falharem. Já antes, Jobs tinha imaginado o futuro do computador pessoal, do leitor de música portátil e do telemóvel. Graças ao iPad voltou a fazê-lo, mas desta vez com o tablet.

O iPad faz quase tudo o que um portátil consegue fazer, mas é mais leve, consegue facilmente alcançar o dobro do tempo de autonomia e tem um ecrã touch tal como o iPhone.

A base da ideia para o iPad residiu no facto de que a maioria das pessoas não comprava um portátil para realizar trabalho exigente, ou seja, escrita, apresentações e análise em folhas de cálculo. Até ao aparecimento do iPad os portáteis serviam para todo o tipo de situações em que o ecrã do smartphone era simplesmente pequeno de mais, o que poderia ser desconfortável. As pessoas utilizavam os seus computadores para ir às redes sociais, navegar na Internet, ver filmes e até ler livros.

Fantástico seria aparecer um dispositivo que tivesse o tamanho ideal para ser portátil e leve, não tivesse um rato e um teclado a incomodar e que tivesse uma excelente bateria capaz de durar várias horas. Além disso, teria que ser muito mais rápido do que um smartphone.

No entanto, acima de tudo, teria que ser algo bastante íntimo e que os utilizadores sentissem que melhorava de alguma forma as suas vidas.

Assim nasceu o iPad.


Um tablet que não tenta ser um computador…

A grande vantagem do iPad reside no facto de oferecer um grande ecrã que permite aos utilizadores desfrutar das fantásticas apps para iOS que tanto gostam. Enquanto isso acontece, o iPad tem uma forma única de gerir desempenho, bateria, portabilidade e poder de processamento, algo que até à data do seu lançamento ainda nenhuma empresa tinha conseguido alcançar.

Além disso, diferenciando o iPad do Mac e tomando as decisões certas de modo a tornar o iPad único, a equipa de Steve Jobs foi capaz de tornar cada um dos dispositivos da Apple bons em certos aspetos muito importantes e que os distinguem. O iPad não tenta ser um computador, mas pode-se comportar como tal, e o Mac nunca tentou obter uma identidade que o afastasse do seu verdadeiro propósito.

Assim, o Mac e o iPad são dois produtos distintos e que estão direcionados para tipos de uso diferentes. Ainda assim, é possível que exista uma zona de interceção entre ambos. Escritores podem escrever em ambos os dispositivos, músicos podem compor as suas músicas nos dois e o adolescente consegue falar com os amigos e ver os seus vídeos favoritos no YouTube em ambos.

No entanto, a partir de 2015, a Apple lançou o iPad Pro. E, em vez de tentar fazer o Mac e o iPad convergir, a Apple continuou a seguir a sua estratégia única e criou um iPad poderoso e capaz de executar com incrível fluidez todas as tarefas em que o iOS é mestre. Enquanto isto aconteceu, a Apple concentrou-se em tornar os seus Macs ainda melhores e nunca tentou criar um híbrido.

Isto porque os híbridos são, geralmente, produtos piores do que produto desenvolvido para ser bom a realizar certas tarefas-chave. O iPad é agora um produto que pretende oferecer uma ótima experiência de utilização do iOS e não um produto para fazer os utilizadores de Mac abandonar o seu computador preferido.

E, sem dúvida, é neste aspeto que o iPad vence toda a concorrência.

Além disso, devido aos acessórios que a Apple foi desenvolvendo para o iPad Pro ao longo do tempo, a empresa de Cupertino foi capaz de enriquecer a experiência proporcionada pelo iOS nos seus tablets.


iPad: o melhor e mais famoso tablet do Mundo

Um ano depois do primeiro iPad ter chegado ao mercado, rapidamente tornou-se o tablet mais popular do Mundo. Desde então a equipa de Tim Cook, tem sido fiel ao legado deixado pelas antigas versões do dispositivo idealizado por Steve Jobs e tem tentado aperfeiçoar um conceito único no mercado dos computadores.

Com o iPad Pro a liderar o movimento de expansão das capacidades de que um tablet com iOS pode fazer e graças a todas as novas funcionalidades que o iOS 11 trouxe para cima da mesa, as vendas do iPad têm sido espetaculares. E com os utilizadores cada vez mais a adotarem o conceito trazido pelo iPhone X, os mais recentes iPads são a escolha ideal para levar a experiência proporcionada pelo novo iPhone para um ecrã maior.

Mas em nenhuma ocasião o iPad irá tentar ser o Mac que não é. Tentará sempre ser o melhor tablet do Mundo, com toda a certeza, e continuar a puxar os limites do iOS para o nível seguinte.

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