Este último patenteou o que é hoje um dos mais usados periféricos de input. A patente nr. 3.541.541 nos EUA foi registada em 1970, mas foi a 9 de Dezembro de 1968 que Engelbart o apresentou com o nome de “XY Position Indicator For A Display System”. Conforme pode ver nesta imagem, o primeiro resultado final era uma pequena caixa de madeira com apenas um botão.
Naquele momento, o invento de Engelbart não obteve grande visibilidade nem aceitação, tendo em conta que não havia necessidade de um dispositivo daqueles numa era onde a maioria dos computadores utilizavam apenas textos sem cursores no ecrã.
Mas o futuro haveria de sorrir ao Rato…
Conforme podemos ver na Wikipedia, a história está contada com muito pormenor e assim chegámos à primeira metade da década 80, mais precisamente no ano de 1983 e nessa altura a Apple passou a utilizar o rato como dispositivo indicador nos computadores Apple Lisa. O salto estava dado e o rato havia conquistado visibilidade.
A Microsoft desenvolve então o Windows onde o rato é um elemento primordial, o lançamento do Windows 3.1, em Abril de 1992 deu então ao rato uma vida assegurada e cheia de sucessos.
O rato vai evoluindo, ganha mais botões, mais funções, o modo de localização e movimentação é também alvo de renovação mas é com a chegada do Magic Mouse que se dá a maior e mais profunda revolução neste periférico.
MagicPrefs
O Magic Mouse aparece em 2009, e é o primeiro rato multi-touch que permite o uso de gestos como o deslizar e mover tanto na horizontal como na vertical, permitindo interagir com as aplicações e com os sistemas “físicos” de visualização. Além disso a sua base táctil permite que sejam configurados pontos de toque como se fossem botões. Podemos ter o botão direito do menu de contexto e o botão esquerdo como habitualmente estamos habituados a ver. O deslizar pode ser feito ao centro como se existisse o rolo… mas não é tudo!
Este equipamento é mais preciso recorrendo ao rastreio do “espaço de acção” usando um sensor laser. Mas a recepção inicial ao Magic Mouse foi mista, com reações positivas a função de deslize, mas reações negativas a falta de um botão no meio, ou botões para activar o Exposé, Dashboard ou Spaces (recursos oferecidos pelo seu antecessor). Muitos desses recursos podem ser activados, pois o Magic Mouse permite 5 pontos de toque simultâneo e conjugações de movimentos, tudo isso pode ser activado recorrendo a aplicações de terceiros.
É aqui que entra o MagicPrefs.
Esta aplicação aumenta consideravelmente as capacidade nativas do Magic Mouse. Traz novas capacidade e adapta as existentes ao modo de acção e ao modo de uso do utilizador.
Podemos logo a partir da barra de tarefas ter acesso a uma leque de funções somente atingíveis via este tipo de ferramentas. Já havíamos falado numa outra ferramenta do género. Mas esta vai mais longe e abre o acesso directo a funções, serviços e aplicações.
A filosofia por trás destas opções é interessante. Mediante as possibilidades do rato: quantidade de toques que este reconhece e possíveis combinações sobre o mesmo, a aplicação abre frentes de acções. Assim podemos atribuir ao Magic Mouse muitas outras funções para além das que ele já permite de forma nativa.
As combinações são muitas. Isto porque podemos combinar toques, com arrasto, deslizes na vertical e horizontal e até podemos marcar movimentos específicos, trabalhados por nós.
Além disso, podemos optimizar a sensibilidade e velocidade da resposta do mesmo.
Pessoalmente acho que este rato está muito bem conseguido. Não que o esteja na sua plenitude, pois tenho um Logitech VX Nano e em termos de precisão está superior ao Magic Mouse. O Magic Mouse destaca-se porque, combinado com o Mac OS X, permite muitas funções que aumentam o desempenho e a versatilidade de um rato. Deixa de ser “apenas” para meia dúzia de funções e passa a ter um papel muito mais activo.
Fica a sugestão para os que compraram um Magic Mouse, e que pretendem aumentar a incidência do mesmo no dia-a-dia.
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