Foi em novembro do ano passado que o Parlamento Europeu aprovou uma diretiva que obrigava os fabricantes a indicar o índice de reparabilidade dos seus produtos. Esta não se aplicava a todos, mas abrangia a maioria dos equipamentos eletrónicos.
Esta medida deveria ter entrado em vigor em janeiro, mas sofreu alguns atrasos. Depois de alguns fabricantes terem já esta informação, foi agora a vez da Apple passar a apresentar o índice de reparabilidade dos seus produtos em França.
Índice de reparabilidade passa a ser obrigatório
Uma das queixas dos dias de hoje é a quase impossibilidade que os dispositivos eletrónicos têm de ser reparados. Os próprios fabricantes acabam por fomentar o que se chama de lixo eletrónico. A União Europeia quer diminuir este problema e criou o índice de reparabilidade.
As regras exigem a informação sobre a sua documentação, a simplicidade de desmontar o equipamento, o preço das peças e a sua disponibilidade. Há ainda fatores específicos de cada tipo de equipamentos.
Apple mostra se é difícil reparar o iPhone
A Apple começou agora a cumprir a indicação no único mercado europeu que está a forçar esta regra. No site francês a marca tem assim este valor para o iPhone e para os Mac. Fica representado o índice de reparabilidade do iPhone, com um valor de 6 para o iPhone 12.
Os restantes modelos seguem uma pontuação próxima com o iPhone 11 a ter 4,6, o iPhone XR a ter 4,5, a mais baixa, e o iPhone SE (2020) a ter 6,2, a mais elevada.
No campo dos Mac, nos novos MacBook com M1 tiveram 6,5 no modelo de Air de 13 polegadas, 5,6 no modelo Pro de 13 e 6,3 no modelo de 16 polegadas.
Nesta secção, o valor só fica visível após a configuração, com a escolha da máquina, o índice de reparabilidade é mostrado. Outro pormenor interessante é a forma como esta avaliação é feita, estando entregues às marcas a avaliação dos seus produtos.
Mesmo sendo obrigatório por lei, a apresentação desta informação está limitada a alguns produtos. Apesar de ser um valor obrigatório por lei, as multas por incumprimento apenas vão começar a ser aplicadas em 2022.