A luta da Apple contra o FBI e o Departamento de Justiça Norte Americano tem-se desenrolado de forma firme, sempre com posições extremadas e defendidas com unhas e dentes.
Tudo começou com a necessidade de aceder a um iPhone, num caso de terrorismo, mas afinal parece que o FBI quer muito mais e são ao todo 12 os iPhones de que pretendem obter dados.
Desde o primeiro momento em que este caso surgiu que a Apple tem mantido a sua posição firme: não irá dar ao FBI e nem a qualquer outra força policial a capacidade de aceder aos equipamentos dos seus clientes em qualquer momento ou de qualquer forma.
Desde o primeiro momento que o FBI defende também que este seria um caso pontual, mas que pretendia criar as condições para que, de futuro, fosse mais simples e rápido resolver este problema.
A verdade é que, de acordo com uma notícia do Wall Street Journal, o FBI e o Departamento de Justiça Norte Americano têm mais 12 casos de tentativa de obter dados de iPhones a decorrer ou a preparem-se para dar entrada nos tribunais.
Ao contrário do caso do iPhone do San Bernardino, estes 12 iPhones não estão envolvidos em casos de ataques terroristas, um dos argumentos principais usados pelo FBI para forçar a Apple a criar o backdoor no iPhone.
A Apple, tal como neste caso principal, tem estado a recusar dar acesso aos dados, estando no entanto a trabalhar de forma conjunta com as autoridades para tentar conseguir o acesso aos dados das formas normais, estando limitada aos dados que estão no iCloud e não nos próprios equipamentos.
Desde o início deste processo que o FBI alega que a necessidade de aceder ao iPhone 5C do atacante de San Bernardino por este ser um caso de ataque terrorista e que o software a ser desenvolvido pela Apple seria para utilização pontual e em casos esporádicos. A verdade é que esta pode ser apenas a ponta de um iceberg e as intenções do FBI podem mesmo ser diferentes, podendo o objectivo desta intenção, aceder ao software da Apple, mais facilmente e muitas mais vezes.