A realidade virtual é uma área nova e que começa a estar cada vez mais presente no nosso dia a dia. São já várias as ofertas disponíveis, mas a maioria é demasiado específica e orientada para determinados equipamentos.
Há, no entanto, algumas ofertas completamente abertas, que se adaptam a qualquer equipamento. A SmartTalk é uma das empresas que têm óculos de realidade virtual disponíveis, com a facilidade de se adaptarem a qualquer smartphone. Vamos conhecer este produto português e ver o que realmente valem!
A base de todo o novo mercado da realidade virtual assenta em dois vetores, que se complementam de forma direta. Se por um lado têm de existir conteúdos adaptados a este novo mundo, por outro é essencial que existam dispositivos para os visualizarmos.
A maior parte das marcas está a apostar em equipamentos próprios e independentes, que concentram em si tudo o que os utilizadores necessitam, mas tornado-se muito caros e demasiado dependentes.
Há no entanto outros conceitos, mais independentes e que fazem uso dos smartphones, equipamentos que temos sempre acessíveis e disponíveis. Mas na sua maioria estas ofertas são também direccionadas a equipamentos específicos ou demasiado básicas e desprovidas de alguns extras simples.
É neste campo que a SmartTalk entrou e onde conseguiu criar uma proposta verdadeiramente universal, mas com (quase) tudo o que o utilizador necessita. Com os conteúdos disponíveis, estes são os óculos indicados para os podermos ver, de forma verdadeiramente imersiva.
Um conceito vencedor?
A ideia da SmartTalk foi bem simples, mas ao mesmo tempo bastante interessante. Criar uns óculos de realidade virtual que pudessem ser adaptados a qualquer smartphone, independentemente da sua marca, modelo ou até dimensões. Desta forma consegue abranger a totalidade da oferta do mercado e agradar a todos os utilizadores.
Ao mesmo tempo que cria essa abrangência, procurou também criar um modelo que desse o conforto mínimo e a usabilidade que as propostas similares não oferecem.
Acabou por conseguir criar um conceito vencedor e que eleva muito o que de mais simples e directo podemos encontrar. Se comparado com o Google Cardboard, os óculos da SmartTalk distanciam-se por terem suporte para a cabeça, apoios almofadados e um controlo completo das lentes, que vão ao ponto de permitirem a sua utilização com óculos. O ajuste da profundidade e do ângulo é total, adaptando-se por isso a qualquer cara.
Também a utilização destes óculo é simples, bastando colocar o smartphone no suporte, recolher esse mesmo suporte e meter os óculos na cara. O resto do processo é entregue ao smartphone e às aplicações de realidade virtual.
Os detalhes dos óculos da SmartTalk
Sendo uns óculos de plástico, o material mais indicado pela sua leveza e durabilidade, acabam por não ser pesados e ter uma apresentação robusta. Completamente ajustáveis à cara do utilizador, reservam a sua zona frontal para o smartphone, que é carregado num suporte que desliza e que permite um acesso rápido ao telefone.
Todas as correias responsáveis pelo suporte destes óculos são ajustáveis, tornando-os perfeitamente adaptáveis a qualquer pessoa.
Sendo uma ideia excelente e uma criação que tem tudo para ser um caso de sucesso, existem no entanto alguns pontos negativos. O primeiro, e provavelmente o mais incomodativo, está na forma como o suporte recebe o smartphone.
Dos vários modelos que testámos, alguns viam os seus botões a ficarem em contacto com a estrutura deste suporte e levavam a que o smartphone se desligasse ou que aumentasse ou diminuísse o volume, contra a vontade do utilizador.
Como usar estes óculos de Realidade Virtual?
Usar os óculos de realidade virtual da SmartTalk é bastante simples. Só precisa de abrir a aplicação que pretende usar, colocar o smartphone no suporte e carregá-lo nos óculos.
Depois é colocar os óculos na cara/cabeça e desfrutar dos conteúdos que estão disponíveis.
Qualquer uma das aplicações que estão disponíveis na loja de aplicações, quer do Android quer do iOS, podem ser usadas para aceder a esses conteúdos.
A Google tem já muitas das suas aplicações adaptadas a esta tecnologia e o YouTube é onde mais conteúdos de realidade virtual podem ser encontrados.
A utilização é simples, como explicámos antes, mas existe um grande problema sempre que quiserem interagir com estes óculos ou com as aplicações que estão a correr.
Ao contrário de outras propostas, os óculos da SmartTalk não permitem que controlemos as aplicações por não existir um botão que faça clique onde pretendemos. Desta forma apenas vamos conseguir ver conteúdos uni-direccionais ou que usem o foco para “clicar”. Este é um ponto a ser revisto pela SmartTalk e que fará toda a diferença.
Conclusões
Os óculos que a SmartTalk criou são uma ideia vencedora e que trazem o melhor de dois mundos. Não são os típicos óculos de cartão sem qualquer durabilidade ou usabilidade e nem são os muito mais caros e exigentes óculos dedicados.
Conseguem congregar numa estrutura sólida e adaptada aos utilizadores, com a liberdade de podermos usar qualquer smartphone de qualquer marca. Isto coloca-o ao nível de outras propostas de marcas bem conhecidas, mas que os bloqueiam aos seus modelos.
O preço destes óculos não é excessivo, se comparado com o que o mercado oferece, e os 64,99 49,99 euros que estão a ser pedidos dão uma estrutura que podemos usar em qualquer telefone, hoje ou no futuro.
Há no entanto alguns pormenores que devem ser revistos. a questão dos contactos dos botões com a estrutura e a ausência de botão requerem alguma habituação, mas nada que não se consiga contornar com algum cuidado.
Olhando a todas as propostas que existem no mercado os óculos da SmartTalk conseguem ser os que reúnem de forma mais directa aquilo que os utilizadores pretendem. Não obriga a toda a estrutura de uns Oculus Rift e nem está preso aos modelos específicos dos óculos da Samsung. Não é também simples e descartável como a proposta da Google.
Esta é por isso a mais equilibrada e a que muitos vão escolher quando decidirem que querem entrar neste novo mercado que agora começa a mostrar-se como o futuro!