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Análise: Blackview MAX 1, o smartphone projetor

As necessidades de utilização de um smartphone são muito variáveis entre os utilizadores. Por isso, a oferta é enorme, mas existem modelos que, pelas suas particularidades, respondem a exigências muito específicas. O Blackview MAX 1 é um desses casos.

A Blackview desenvolveu um smartphone a pensar na produtividade e colocou-lhe um projetor a laser. Em que cenários pode ser ele utilizado? A qualidade de imagem projetada é boa? E o desempenho do smartphone numa utilização diária? Estas e outras questões serão respondidas no decorrer de mais uma análise pormenorizada.


Blackview Max 1 – além do projetor

O Blackview Max 1 vem equipado com um ecrã AMOLED, desenvolvido pela Samsung, de 6,01 polegadas. A sua resolução é de 1080×2160 píxeis, o típico FullHD+, com proporção de 18:9.

O seu processador será o Helio P23, que atualmente equipa smartphones de gama média/baixa. Além disso, vem equipado com 6 GB de RAM e 64 GB armazenamento interno, uma capacidade ideal para os dias de hoje. Podendo, no entanto, ser expandida até 128 GB através de cartão microSD.

Em seguida, há que falar da bateria esta com uma capacidade de 4680 mAh. Hoje em dia, a autonomia da maioria dos smartphones é toda muito semelhante, portanto, onde se podem diferenciar é na velocidade de carregamento estando assim equipado com tecnologia de carregamento rápido de 12V/2A.

Adicionalmente, a marca inclui NFC, Android na versão 8.1 e sensor de impressões digitais, posicionado na traseira.

Já relativamente às câmaras, podemos contar com um módulo de câmara dupla na frente e apenas uma câmara na traseira. As câmaras principais são ambas de 16 MP e a secundária, na frente, é preparada para criar efeito desfocado no plano de fundo dos retratos.

Na caixa preparada para projeção

A caixa do Blackview MAX 1 é uma das mais completas que já chegou ao Pplware e bem preparada para a funcionalidade de projeção.

O Design

O Blackview MAX 1 tem uma construção robusta, mas com acabamento bastante elegante. Não é propriamente um smartphone pequeno, contudo, a marca deu-lhe linhas curvas que o tornam mais apelativo.

O seu ecrã de 6,01 polegadas tem margens laterais bastante finas e com cantos ligeiramente curvos, criando uma boa harmonia. Abaixo do ecrã, ao contrário do que estamos já habituados, vem uma margem relativamente larga. Já acima do ecrã, além dos sensores de luminosidade e proximidade, vem o altifalante para chamadas e as duas câmaras.

As laterais, com cerca de 10 mm de espessura, não são de todo um problema para a ergonomia, já que é relativamente leve. Do lado esquerdo inclui o slot para cartões (Dual nano-SIM ou nanoSIM + microSD. Em baixo está posicionada a grelha de áudio com microfone e altifalante. Em seguida, do lado direito a marca colocou o botão de volume e de power. Já na lateral superior apenas existe o projetor a laser.

Na traseira, ao centro, existe a câmara o flash LED e, por fim, o sensor de impressões digitais. Há ainda a inscrição da marca mais abaixo.

Esta capa traseira tem um acabamento em vidro ligeiramente curvo nas extremidades e a estrutura é em metal.

O ecrã

O Blackview MAX 1 vem equipado com ecrã com tecnologia AMOLED o que lhe garante uma visualização de conteúdos com grande qualidade, com cores realistas e uma definição de contornos muito boa.

De referir ainda que o ecrã é FullHD+ (1080 x 2160 píxeis) e que não apresenta nenhum recorte o que garante uma experiência de visualização sem elementos distratores.

O desempenho

Equipado com o processador Helio P23 da MediaTek, não podemos esperar um alto desempenho por parte do MAX 1. Contudo, consegue oferecer uma boa experiência de utilização nas mais variadas tarefas, com a fluidez desejada num smartphone. No entanto, tarefas mais exigentes que requerem maior poder de processamento, como jogo, por exemplo, são mais limitadas.

Nos habituais testes de benchmark alcançou resultados muito semelhantes aos alcançados pelo Doogee S70, com quem partilha o mesmo SoC. As seguintes pontuações:

O smartphone vem equipado com Android, na versão 8.1, modificada pela interface desenvolvida pela própria Blackview. Neste caso, as aplicações surgem dos vários ecrãs, ao invés das aplicações em gaveta típicas do Android. Os ícones também são modificados, diria que com uma inspiração mais masculina.

Um projetor num smartphone, fará sentido?

O Blackview MAX 1, caso fosse um simples smartphone, estaria posicionado numa gama de preços desajustada. Contudo, não estamos perante um simples smartphone. O seu ponto forte é o seu projetor a laser.

Este projetor, posicionado na lateral superior do smartphone, segundo a marca pode alcançar uma dimensão de 200″ a uma distância máxima de 5,1m. A cerca de 1,8m consegue atingir as 70″, dimensões que surpreendem uma vez que estamos a falar de um smartphone.

A tecnologia associada a este projetor é a MEMS. A particularidade desta tecnologia é que não necessita de foco portátil. Ou seja, adapta-se automaticamente a qualquer distância de projeção.

Onde usar o projetor do smartphone?

Os cenários são inúmeros. Escola, trabalho, lazer… em qualquer um deles, certamente que já sentiu necessidade de mostrar alguma informação a várias pessoas e teve que passar o smartphone ou o computador pelas mãos dessas pessoas. Este smartphone resolve o problema.

Vejamos, na escola. Existem salas que aula que ainda não estão equipadas com projetor ou computadores, obrigando à requisição de material ou mudança de sala para se fazer uma apresentação. Neste cenário, basta ter uma parede branca, o trabalho no smartphone e iniciar a projeção.

No trabalho, quando tem que mostrar um novo projeto aos seus colegas de trabalho, quando é necessário falar de objetivos, ou mostrar um novo produto a um cliente, uma vez mais, basta ligar o smartphone.

Outro cenário muito frequente é quando queremos mostrar fotografias dos filhos, de um passeio ou de um evento à família. Em vez do smartphone andar de mão e mão, basta apontá-lo à parede. O mesmo acontece no momento de ver um filme, um vídeo engraçado no YouTube… ou até mesmo jogar!

Os cenários vão-se multiplicando dependendo das necessidades de cada utilizador, evidentemente.

O projetor no Blackview MAX 1

Perante a apresentação da tecnologia e dos vários cenários onde pode ser útil, falta perceber se funciona convenientemente. Se a qualidade de imagem projetada é de boa qualidade e se, realmente, é uma opção acertada.

Vou começar por falar de algumas funcionalidades. O Blackview MAX 1 tem uma app dedicada ao projetor, bem como um atalho na barra de notificações. Além da ativação do projetor, permite ainda ajustar algumas definições rápidas, incluindo o brilho da projeção, a cor e a direção da projeção.

Quanto à projeção a avaliação não podia ser mais positiva. Na verdade, não contava com algo com tanta qualidade de imagem, nem com tão boa definição. Ainda assim, é revelada uma camada de brilho sobre a imagem que está a ser projetada. Dependendo da distância e da superfície da projeção pode incomodar os olhos mais sensíveis.

O projetor adapta na perfeição a sua imagem dependendo da sua inclinação, para que a projeção seja o mais retangular possível, tendo sido esta a característica que mais impressionou.

Os acessórios à projeção

Ao comprar este smartphone projetor também se está a investir numa série de acessórios disponibilizados nesta caixa, nomeadamente, acessórios dedicados ao auxílio da projeção. Num tripé com uma excelente qualidade de construção e acabamentos, que inclui um obturador Bluetooth. Este, indicado para captar fotos à distância. O tripé inclui também um suporte com rosca universal para qualquer smartphone e qualquer tripé.

A pequena coluna Bluetooth, que também poderá ser útil nas suas projeções, é absolutamente surpreendente. O volume de som reproduzido é bastante alto e mesmo no máximo não distorce o som, tem bons graves e os agudos não são estridentes.

Está a investir também em inúmeros cabos adaptadores que podem ser utilizados em qualquer outro dispositivo. Por fim, investe num controlo remoto RF que pode ser utilizado como controlador do smartphone em algumas tarefas. Mas, evidentemente pode adaptar-se a qualquer outro dispositivo.

Fotografia

Além do destaque à projeção, a Blackview dá destaque às selfies e, curiosamente, dotou o seu smartphone com duas câmaras, mas na frente. Este módulo frontal tem então um sensor Samsung de 16 MP + 0,3 MP. Este segundo sensor, além de servir como auxílio para o efeito desfocado dos retratos, ainda é utilizado para o desbloqueio com reconhecimento facial do smartphone.

A câmara traseira, com sensor Sony, é de 16 MP e tem o auxílio de um flash LED de dois tons. Os resultados fotográficos são também os esperados dentro da gama, com boa velocidade de focagem e boa adaptação aos diferentes ambientes.

Autonomia

A bateria do Blackview MAX 1 tem uma capacidade de 4680 mAh. Capacidade que lhe confere um dia inteiro de utilização comum. Evidentemente, a projeção vai consumir recursos extra, assim numa hora de projeção gasta 30% de bateria.

O carregamento é feito de forma relativamente rápida para a capacidade e potência do carregador. Assim, desde os 0%, em meia hora carrega 23%, em uma hora 60% e em duas horas, mais ou menos, atinge os 100%.

Veredicto

O Blackview MAX 1 chegou ao mercado com o objetivo claro de responder a uma necessidade específica de alguns utilizadores de smartphones. Não é um modelo para as massas, para isso existem outros.

Enquanto smartphone com especificações de gama média/baixa, o seu desempenho está dentro das expectativas.

A funcionalidade de projeção surpreende pela qualidade e pela adaptação aos diferentes cenários a que foi exposto. De referir de forma positiva a inclusão de todos os acessórios incluídos na caixa.

O Blackview MAX 1, com todos os acessórios indicados, está disponível por cerca de 400 €.

O Pplware agradece o apoio da Blackview na cedência do smartphone para análise.

Blackview MAX 1

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