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Análise: Total War – Warhammer (PC)

A série Total War é conhecida pelo equilíbrio entre realismo histórico e de jogos de estratégia, enquanto que a série Warhammer é famosa pelo seu universo de fantasia.

Total War: Warhammer é um jogo de estratégia criado pelos estúdios Creative Assembly que promete fundir ambos os franchises numa só experiência. Será que esta parceria foi bem conseguida? É o que vamos saber.

Já disponível para PC Windows, Mac e Linux, Total War: Warhammer é o primeiro jogo por turnos/estratégia em tempo real, de uma trilogia prevista.  

História

No início, o modo de campanha apresenta apenas uma estrutura simples e livre, com pequenos objectivos e algum (pouco) contexto apresentado.

Só depois de algum tempo a jogar é que aparece o objectivo final: surge uma presença maléfica que ameaça tudo e todos. Independentemente da facção escolhida, eventualmente somos obrigados a nos aventurarmos para o norte e lidar com os Chaos Warriors (é nesta altura que começamos a ouvir na nossa cabeça a música de Game of Thrones …).

 

Apresentação

A apresentação é toda ela cuidada, com gráficos impressionantes para um jogo desta escala. Chuva a alagar os campos, nevoeiro a cobrir a infantaria ou o sol a ser coberto pelas setas do nosso exercito descerem sobre o inimigo ganha vida com o excelente sistema de luz e partículas do jogo.

Os criadores foram capazes de recriar fielmente o mundo Warhammer nos cenários, nas personagens e criaturas, nos elementos e forças mágicas utilizados.

É de referir que o sistema de câmara pode dar algumas dores de cabeça, uma vez que pode ser difícil conseguir um intermédio na distância entre o modo de batalha, para uma vista superior do mapa.

O som está também em destaque, conseguindo recriar os sons esperados de uma batalha da época, bem como dar vida aos elementos mais fantasiosos do universo Warhammer.

Mecanismo de jogo

O jogo está dividido em dois grandes modos de jogo: estratégia por turnos numa vista de mapa (como em Civilization), onde nos é incumbida a tarefa de liderar e expandir a nossa facção. Para isso teremos de construir edifícios, treinar e movimentar tropas, e interagir/ negociar com outras facções.

Podemos escolher entre humanos, orcs, vampiros ou dwarves, com adição dos Chaos Warriors para os que adquirirem o jogo durante a primeira semana de lançamento.

Como seria de esperar, temos de criar um equilíbrio entre aumentar o nosso império e defender/manter o já existente, sob pena de rebeliões e perdas de fundos necessários ao aumento dos exércitos.

O segundo grande modo se jogo, é o combate em tempo real onde o posicionamento das nossas tropas é fundamental para uma vitória, aliás, é recorrente vencer a desvantagem numérica apenas com o manuseamento correcto dos nossos batalhões.

As unidades têm uma barra com a vida restante bem como o estado da moral. Assim que perdem a vontade de lutar, vão simplesmente tentar fugir do campo de batalha, pois como é sabido dos fãs da serie Total War, a vitória não é conseguida apenas dizimando o inimigo, mas também aniquilando o espírito das tropas.

Quanto às facções, os Humanos são jogados de maneira semelhante ao que é conhecido das batalhas históricas predominantes do franchise Total War, com a adição da magia Warhammer na forma de cavalos voadores e encantamentos para aumentar alguns atributos das tropas.

Os vampiros conseguem enviar grandes números de zombies para “sufocar” e aterrorizar os oponentes, sendo que depois entram os guerreiros esqueletos como segunda linha de ataque, para acabar o trabalho.

A facção dos Orcs tem de ser mantida em constante batalha (para evitar divisões e revoltas internas) e centra-se essencialmente em unidades rápidas e manobráveis.

Os dwarves favorecem um tipo de jogo defensivo, com a sua infantaria lenta, pesada, mas muito resistente.

Mesmo com o número reduzido de facções, os novos tipos de unidades como a cavalaria aérea, trolls e aranhas gigantes, traz variedade nas opções tácticas que cada uma usa, fazendo com que o jogo seja diferente dependendo da escolha feita.

Os heróis e Lords são uma das mudanças em Total War Warhammer, sendo muito poderosos (podendo acabar com alguns batalhões sozinhos), inspiram e aumentam a moral das tropas, além possuir habilidades únicas que podem fazer mudar o rumo de uma batalha.

Estas personagens podem ser equipadas e as suas habilidades aumentadas, usando os pontos de experiência adquiridos em cada vitoria, seguindo o estilo dos RPGs.


 

Veredicto

Apesar da campanha ser repetitiva e de ter sempre o mesmo final, Total War Warhammer é um excelente jogo de estratégia envolto na mitologia Warhammer, cheio de heróis, criaturas fantásticas e inimigos monstruosos.

Este é um jogo que cumpre o muito bem o seu objectivo: enormes batalhas entre grandes exércitos, onde a rapidez nas decisões e movimentações tácticas, são a diferença entre vitoria e derrota.

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