Análise The Blackout Club (PC)

The Blackout Club, é um jogo de terror que nos traz uma história interessante num pequeno bairro que à primeira vista parece bastante normal, pequeno e silencioso, mas algo estranho está a acontecer em Redacre.

O Pplware já se aventurou pelos mistérios de Redacre e …

Uma das primeiras coisas que salta de imediato à vista em The Blackout Club, é a existência de um tutorial que faz inveja a muitos outros jogos (mesmo sem serem do género).

Após a passagem por este grande Tutorial (bastante interessante e até assustador), muito bem elaborado na minha opinião, o jogo realmente começa depois de o personagem do tutorial desaparecer misteriosamente (apesar de sabermos o que lhe aconteceu).

Apenas um grupo de adolescentes está consciente de que alguma coisa muito estranha acontece durante a noite e principalmente no subsolo deste pequeno bairro.

A mecânica deste jogo assenta basicamente numa jogabilidade stealth, onde as características destes jogos são notórias, como por exemplo, apenas com algumas armas não muito convencionais como um taser ou drones nos devemos preparar para enfrentar ou escapar dos adultos sonâmbulos que vamos encontrando pelo caminho.

No entanto, um dos inimigos com que nos deparamos logo no tutorial, caso façamos muita confusão e formos detectados, é o The Shape. Trata-se de uma entidade que uma vez despertada, só pode ser vista através de um sistema de “olhos fechados”, uma mecânica bastante interessante que nos permite detectar objectos e outras coisas que com os olhos abertos não conseguiríamos.

The Blackout Club é um jogo de terror onde fechar os olhos é importante!

Trata-se de algo que, pode parecer bastante estranho, o facto de num jogo de terror termos de fechar os olhos para conseguirmos escapar ou avançar na missão.

Um dos pormenores mais interessantes no jogo é que não há mortes em The Blackout Club. Contudo, podemos prender ou inabilitar os inimigos com as nossas armas e acessórios enquanto os nossos parceiros escapam.

No entanto, não se iludam pois o The Shape é uma entidade terrível e começa a aparecer quando somos detectados muitas vezes pelos inimigos.

Não o conseguimos ver sem a mecânica de fechar os olhos como já mencionado.

Ao nível do áudio, The Blackout Club está muito bem conseguido e, durante alguns momentos o som tem mesmo a capacidade de nos deixar aterrorizados, já que conseguimos ouvir a entidade The Shape respirar e aumentar essa intensidade à medida que se aproxima para nos apanhar.

Um dos maiores problemas de The Blackout Club é, sem dúvida a repetição de missões e alguns bugs fazem com que o jogo nos deixei a pensar que poderia ter sido muito melhor.

Em termos de gráficos fiquei bastante satisfeito, apesar de achar que podíamos ter várias melhorias no ambiente de jogo achei que para um jogo de terror não estava nada mau.

Contudo, apesar da acção se passar sempre no mesmo mapa, os obstáculos e inimigos vão diversificando, o que minimiza essa própria limitação.

O modo online é sem dúvida a melhor parte do jogo, pois conseguimos nos juntar imediatamente a jogadores bastantes mais experientes e aprender mais depressa as mecânicas de jogo. No entanto não se deixem enganar pois o jogo fica bastante mais difícil quantos mais jogadores se juntarem ao grupo.

Como um grande ponto negativo do jogo, surge a própria história ou a forma como nos é contada, até mesmo porque que por vezes é bastante difícil de acompanhar. A mesma é contada ao longo de cada missão, mas sem parecer ter continuidade ou ligação com a ultima missão que acabamos de realizar. A narrativa poderia ter um pouco mais de “cola” entre missões ou até mesmo dentro delas. Parece algo desprendida.