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Análise Star Wars Jedi: Fallen Order (Xbox One)

Aproxima-se o derradeiro filme da saga Star Wars, naquele que será um dos pontos mais altos do ano, pelo menos em termos cinematográficos.

No entanto, a lenda vive e persistirá para sempre e a Electronic Arts vai fazendo a sua parte para isso. Recentemente, lançou Star Wars Jedi Fallen Order, uma nova aventura Star Wars, que o Pplware já experimentou.


Fallen Order (ocorrendo entre o Episódio 3 e 4) segue a história de Cal Kestis um simples operário numas instalações de desmontagem de naves algures na Galáxia. No entanto, quando Cal salva o seu companheiro de trabalho e amigo de um acidente mortal usando a Força, é-nos revelado que Cal é, na realidade, o Último dos Jedis.

Isto pois após os macabros eventos envolvendo a Order 66, no qual todos os Jedis foram exterminados, Cal conseguiu fugir e passar à clandestinidade. Pelo menos, até agora…

Descoberto pelo Império, Cal vê-se envolvido numa aventura interplanetária em busca de uma misteriosa lista onde se encontram nomes de algumas crianças nas quais a Força é forte. Cal, parte assim num demanda pela restauração da Ordem Jedi.

No entanto, Cal não está só e desde o inicio, pode contar a ajuda de dois companheiros de aventura: a ex-Jedi Ceres Junda e o tresloucado Capitão Gris da nave Stinger Mantis. Aliás, a Mantis funciona como o hub onde voltamos após as missões e no qual temos acesso a algumas acções como personalizar o nosso Sabre de Luz, escolher o próximo planeta a visitar ou apenas ver a estufa de Gris com as sementes que recolhemos dos vários planetas.

Contudo, o principal companheiro de Cal, surge apenas na visita ao primeiro planeta: Bogamo. É neste planeta que se encontra perdido (ou não?!?!) o droide BD-1 que se trata de um pequeno robot (mais pequeno que BB-8) e que se vai revelar extremamente útil à medida que avançamos na aventura.

Aliás, existe uma ligação entre Cal e BD-1 que vai sendo reforçada ao longo do jogo que só não se torna mais memorável, pois o carisma de Cal poderia ter sido melhor explorado. Creio que se poderia esperar de Cal, como sendo um Jedi à imagem de Luke Skywalker, ou seja, mais bem-humorado, mais reactivo e mais espontâneo. Cal, tirando algumas excepções, é demasiadamente rígido e pouco espontâneo.

Juntos encetam uma longa aventura pela Galáxia e ao longo do caminho vão encontrando alguns personagens conhecidos (como Saw Guerrera, por exemplo) e isso vai ajudando claramente a estabelecer a ligação entre o jogo e os filmes.

E a aventura é realmente longa, ou pelo menos, com largas secções de exploração. Isto pois os diferentes planetas por onde passamos podem parecer pequenos à primeira vista mas, quando começamos a aprofundar mais, vão-se revelando melhor e apercebemos-nos precisamente do contrário.

É claro que isto é ampliado também pelo facto de podermos (ou termos) de os revisitar no decorrer do jogo e desbloquear novas áreas. Quando se começa a desbravar caminho, é difícil ignorar a dimensão multi-nível dos labirintos que cada um apresenta.

Existem inúmeras zonas, câmaras, corredores, atalhos por desbloquear e colocados em vários níveis. Em alguns casos, torna-se necessário usar elevadores para avançar entre zonas.

Como ajuda, BD-1 dispõe dum mapa (um holograma 3D) muito útil que ao inicio pode-se revelar algo confuso, mas que se vem a revelar uma ferramenta extremamente importante, mostrando-nos inclusive, os pontos chave já descobertos ou aqueles por onde ainda não conseguimos avançar.

E para avançarmos em determinadas zonas o jogo coloca-nos desafios que exigem, ou perícia, ou astúcia para os ultrapassar. Acima de tudo tratam-se de obstáculos lógicos que requerem atenção do jogador e muito importante, que o jogador conheça as limitações de Cal.

No decorrer de Fallen Order existem bastantes secções plataformas mas o que as torna realmente empolgantes é o facto de termos de usar a Força (de forma criativa) para as ultrapassar. Por exemplo, existem secções onde teremos de avançar em parapeitos de edifícios mas, antes de chegar ao final, existir uma roldana gigante que tem de ser travada com o uso da Força.

Isto quando não estamos em combate. Aliás, o equilíbrio entre exploração, resolução de desafios e combate encontra-se muito bem doseado em Fallen Order dando gozo genuino ao avançar na história.

O combate de Fallen Order é bom, muito bom, mesmo tendo em atenção à existência de apenas 3 habilidades com a Força. Os inimigos são bastante variados o que por sua vez exige abordagens diferentes, obrigando o jogador a usar com mestria, tanto o Sabre de Luz como a Força.

Enquanto que Stormtroopers usam os Blasters (que podemos defender com o Sabre de Luz), os Inquisidores do Império usam Lanças de Energia, ou os Flametrowers usam os lança-chamas contra nós. Existem inclusive algumas tropas de elite do Império especialistas em dar caça a Jedis, os Purge Troopers. Se os Stormtroopers são “carne para canhão”, os Purge Trooper já dão mais luta, claramente.

Creio no entanto, que ninguém ficaria chocado se Kal pudesse usar blasters. O Luke Skywalker usava…

Até a vida selvagem de cada planeta é-nos hostil e a fauna local de cada, encontra-se um mimo. Houve uma particular atenção ao detlahe, quer graficamente, quer na forma como foram deliciosamente programadas, tendo cada espécie os seus comportamentos e modos de ataque/defesa.

Cal é um Jedi que também vai evoluindo ao longo do jogo. O jogo apresenta uma Árvore de habilidades sem complexidade desnecessária. Habilidades como Ataque em Salto, ou uso da Força durante mais tempo para travar um inimigo podem aqui ser desbloqueados, ou então outras habilidades passivas como Mais Vida ou Aumento de Força.

Curioso o sistema de mortes que promove uma certa vingança (que vai contra os ensinamentos Jedi). Quando morre, Kal perde a experiência adquirida mas, se conseguirmos matar quem nos eliminou, conseguimos restaurá-la. Não é novidade em jogos mas encontra-se bem implementado. Os tempos de loading é que são … demorados!

De tempos a tempo, há ainda certos locais onde podemos meditar. Essa meditação permite recuperar energia mas com um catch: os inimigos próximos serem todos repostos novamente.

Existem ainda bastantes coleccionáveis encontrados pelos cenários e que permitem a personalização das roupagens de Cal, cores do BD-1, cores da Mantis ou mesmo variados componentes do Sabre de Luz.

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Uma palavra final para o brutal compêndio de informação que Fallen Order traz. Trata-se de uma das mais completas enciclopédias de um jogo Star Wars e onde fica registado tudo o que se passa no jogo.

Veredicto:

Star Wars Jedi: Fallen Order não será porventura a melhor aventura Star Wars até à data, mas é claramente um retomar do caminho certo da força. Quem for apaixonado pela saga Star Wars vai querer jogar, com certeza.

A Força é forte em Fallen Order.

Star Wars Jedi: Fallen Order

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