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Análise Star Shaman (Oculus Quest)

Apesar de um arranque algo tímido, o Oculus Quest começa gradualmente a emergir da sombra como um meio de entretenimento de eleição e capaz de transportar os utilizadores para outros mundos, sem terem de sair do lugar, nem de comandos, nem de fios.

Star Shaman, desenvolvido pelos estúdios indie Ikimasho é precisamente um dos mais recentes exemplos disto mesmo e o Pplware já o experimentou.


A história de Star Shaman

Em Star Shamam, o Universo foi desconstruido pelos Architects of Entropy (Arquitetos da Entropia) até ficar reduzido a pedaços de blocos de matéria.

O jogador encarna o papel de um Shamam que é como um feiticeiro que terá que lutar contra esses Arquitetos da Entropia. Para tal, somos tele transportados para vários sistemas solares e respetivos planetas, enfrentando assim o caos que se instalou. Será uma luta pela existência de vida no Universo, em vez de uma mera existência da Perfeição mas, sem vida.

Como Shaman, somos ainda responsáveis por repor a ordem natural do universo e salvar as espécies animais nele existentes. Aliás, esta multidiversidade biológica em cada sistema solar é um ponto importante para os criadores do jogo, fazendo dela uma espécie de bandeira de chamada de atenção.

Desta forma o jogador é convidado a viajar até às Galáxias mais distantes do Universo e, usando as Esferas dos Shamans (poderosas orbs mágicas), lutar pela restauração da paz e ordem, planeta a planeta, sistema solar a sistema solar.

Cada mundo difere do anterior, uma vez que são gerados de forma dinâmica, garantindo dessa forma, uma sensação de novidade a cada sessão de jogo.

As Esferas são poderosas orbs que possibilitam ao jogador o lançamento de feitiços sobre os inimigos e à medida que vamos avançando no jogo, temos a oportunidade de descobrir novos poderes e ataques baseados nos seus poderes.


A jogabilidade

A forma como evoluímos em Star Shaman é simples e linear. Vamos acedendo a cada sistema solar, até o libertar dos inimigos e assim desbloqueamos um combate com o boss local.

Ao derrotarmos esse Boss, desbloqueamos o seguinte sistema solar a assim por diante.

O combate é também simples, basicamente colocando o jogador a tentar esquivar-se dos ataques inimigos e contra-atacando com feitiços gerados através das Esferas dos Shamans. Para nos esquivar dos ataques inimigos, teremos de fisicamente, desviar do local onde estamos, pelo que é possivel que não seja a melhor opção a de jogar Star Shaman em espaços com muitas coisas em redor.

À medida que se avança na história, o nosso Shaman vai ficando mais forte e dessa forma, passa a desbloquear ataques mais poderosos para serem usados com as Esferas. As Esferas funcionam aqui como um tipo de catalisador de energia, sendo que cada uma tem um poder especifico, que será a fonte dos nossos ataques.

Quando se perde, volta-se ao início do nível, o que é bastante penalizador, em particular para os níveis de dificuldade mais exigentes e quando ainda não dominamos o jogo nem temos um poder de Shaman alto.

Algo que desagradou particularmente durante a experiência com o jogo, foi o facto de haver alturas em que somos constantemente interrompidos por diálogos que rapidamente se esquecem e, muitas vezes, com conteúdos perfeitamente secundários.

Por sua vez, os inimigos não são aqueles inimigos que um jogo deste merecia. Tratam-se de seres bidimensionais, sem personalidade e que facilmente nos deixam indiferentes à sua existência. Para um jogo de VR, acredito que tanto o universo criado como os seus personagens deverão fazer um esforço grande para que o jogador se sinta realmente noutro mundo e isso não acontece em Star Shaman na totalidade.


A imersão no mundo de Star Shaman

Infelizmente, neste capitulo, não acredito que o objetivo da Ikimasho tenha sido cumprido. Isto, pois Star Shaman falha no capítulo gráfico, não conseguindo chamar à atenção pelos seus gráficos, que deveriam ser mais expressivos e mais realistas.

Gosto principalmente de experiências de Realidade Virtual, que me consigam transportar para realidades virtuais onde exista algo credível, algo que consiga enganar a minha mente e fazer-me acreditar que o que vejo, pode ser verdade.

No entanto, o mundo de Star Shaman falha nesse capitulo, não se parecendo com nenhuma realidade. Simplesmente, não sinto que esteja a ser transportado para um mundo credível com bom nível de detalhe. Muito sinceramente, parece mais uma demonstração.

Veredicto de Acácio Bernardo, para o Pplware

Infelizmente, Star Shaman assemelha-se em largas secções do jogo a uma demonstração tecnicamente evoluída. Não atrai pela história, nem pelos gráficos, nem pela jogabilidade perdendo-se assim grande parte dos requisitos para fazerem dele um jogo imersivo e absorvente.

A arte gráfica e a música estão bastante interessantes.

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