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Análise RollerCoaster Tycoon 3: Complete Edition (Nintendo Switch)

RollerCoaster Tycoon é um jogo que remonta aos finais do século passado quando, na década de 90 saiu o primeiro jogo, para PC.

Foi uma altura em que surgiram muitos Tycoons e, RollerCoaster desde logo se destacou pela leve insinuação a verão e férias que trouxe, associado à gestão de um parque de diversões.

Agora, passadas mais de duas décadas eis que o jogo chega, à Nintendo Switch.


RollerCoaster Tycoon é um jogo de estratégia que coloca o jogador nas funções de gestor (dono) de um parque de diversões. Como tal, grande parte das suas responsabilidades passam por mantê-lo, aumentá-lo, gerir os recursos humanos, … enfim, fazer do nosso parque, o melhor e mais bem-sucedido.

RollerCoaster Tycoon 3: Complete Edition é na realidade, um Pack de RollerCoaster Tycoon 3 com duas expansões, lançadas, entretanto, para o jogo:


Vamos fazer uma Carreira

Modo Carreira

Tal como os restantes Tycoons, RollerCoaster também apresenta um modo Carreira. Basicamente, corresponde a um conjunto de missões que temos de cumprir em determinados cenários pré-definidos e com objetivos definidos.

Começamos com poucos recursos e, à medida que o tempo passa, com o dinheiro obtido nas entradas e vendas, vamos aumentando o leque de ofertas do nosso parque. No entanto, à medida que cresce, também as suas necessidades e despesas aumentam. É um claro exemplo, de gestão de recursos e de equilíbrio entre receitas e despesa.

Para que tudo funcione é necessário ter uma equipa de profissionais à altura e como tal, a parte de recursos humanos terá de ser bem gerida. Temos de ter pessoal de limpeza, pessoal de manutenção, segurança… e isso tudo inclui custos. No entanto, é algo necessário, pois sem eles, o parque entra em colapso.

Por outro lado, é também necessário estar constantemente a acompanhar a satisfação dos clientes e com isso, muitas vezes, vêm novas despesas. Por exemplo, se a opinião generalizada é de que temos poucos stands de comidas, se calhar é melhor instalar alguns, certo?

Arrisco-me a dizer que se trata de uma boa forma de encontrar algum tipo de desafio extra num jogo que tende a ser pouco desafiante.

SandBox

Por outro lado, existe ainda um modo SandBox que nos dá liberdade total sobre a criação de um novo parque de diversões.

Aqui, não há limites monetários, objetivos a terem de ser concluídos… apenas o que conta é a liberdade do jogador.

Neste modo SandBox não há uma necessidade urgente em controlar as contas, nem o grau de satisfação dos clientes. É tudo apenas sobre a criação do parque dos nossos sonhos… ou pesadelos.

É o modo mais divertido, pois dá total liberdade à nossa imaginação. No desenho do parque, no layout das animações, nos entretenimentos que queremos montar, …


Há muito para gerir em RollerCoaster Tycoon 3: Complete Edition

Na construção das estruturas de diversão, o jogador terá ainda de ter atenção às leis da física, pois há entretenimentos que têm uma certa tendência para ser perigosos. Em particular as animações personalizáveis as quais somos nós que criamos livremente. Um circuito mal posicionado, pode-se degradar e ceder, provocando mortes indesejáveis.

Existe alguma falta de apoio nessas ocasiões, quando estamos a construir atrações personalizadas. O jogo poderia ser mais amigo e dar mais dicas sobre quais as melhores peças e posição a instalar.

Felizmente, existem dezenas de infraestruturas já pré-definidas, sendo apenas necessário escolher o local.

Uma curiosidade bastante divertida é o facto de que, quando construimos um novo entretenimento, termos o direito a testá-lo em primeira mão (perspetiva na 1ª pessoa), antes de a abrir ao público.

Uma palavra bastante negativa para a construção de caminhos (passeios por onde o público se desloca de atração em atração). É impensável nos tempos que correm, ter de construir um caminho, quadrado a quadrado, em vez de escolher um ponto de início e ponto final.


O que o cliente quer, nós damos

Um dos aspetos a ter em conta em RollerCoaster Tycoon é a satisfação do cliente. É, por isso, imperativo que se aceda com frequência a clientes aleatoriamente para tomar o pulso do nosso parque.

As necessidades dos clientes são variadas e podem ir desde um forte desejo por um tipo de animação específico, ou a necessidade de mais WCs no parque, mais centros de informação disponíveis, maior oferta de ATMs… até mesmo quererem mais caixotes do lixo, vejam só!

Há muitos aspetos a ter em conta e lembrem-se… o nosso objetivo é o de ter a melhor pontuação possível para o nosso parque, pois só isso conseguirá trazer cada vez mais visitantes (e respetivas carteiras) a visitá-lo.


Interface

Trata-se de um tipo de jogos que tradicionalmente mais se ajusta aos PCs, muito em particular pela facilidade de criação de atalhos e menus para as estruturas e as suas opções.

No entanto, a Frontier Developments conseguiu implementar controlos funcionais que, minimizam a ausência do teclado e rato.

As várias opções encontram-se bastante bem cobertas pelos diversos botões e gatilhos da consola, sendo uma questão de hábito até saber controlá-las de forma ágil.

Usamos o gatilho L para selecionar as opções de construção ou acesso aos relatórios do Parque. As várias opções surgem sobre a forma de uma roda dentada de onde escolhemos a opção pretendida.

Por seu lado o gatilho R permite, após a seleção duma estrutura ou pessoa (com o botão A), ver pormenores sobre essa atividade ou visitante.

Ao nível dos visitantes, podemos ver o seu grau de satisfação, quais os seus pensamentos imediatos, os seus planos para o que fazer a seguir e até mesmo saber o que já compraram no parque e levam nas mãos.

Quanto às infraestruturas, o gatilho R permite-nos aceder às suas opções. Se por um lado temos opções funcionais (% ocupação, cores das infraestruturas, número de voltas,…), por outro lado, temos também acesso aos relatórios de custo/proveitos e estatísticas do entretenimento.

Isto faz com que cada menu, tenha vários sub-menus, todos a partilharem a roda dentada, o que pode parecer um pouco confuso.

Por fim, o ZL e ZR fazemo Zoom In e Zoom Out.

No entanto, um dos maiores problemas encontrados prende-se com uma exagerada lentidão ao se avançar com a câmara dentro do parque. Aliás, a câmara é um dos pontos menos bem conseguidos, pois teima em esconder-se atrás de montes, árvores ou outros obstáculos.


Por fim, referir que o jogo corre em 1080p docked e 720p em modo handheld, o que permite um aspeto interessante, apesar dos modelos e texturas já começarem a sofrer os sinais do tempo.

Veredicto:

Apesar de já começar a sentir o peso da idade, RollerCoaster Tycoon: Complete Edition é um jogo bastante divertido e descontraído, de simular a gestão de Parques Temáticos.

A quantidade e qualidade de diversões (aumentada pela inclusão de Soacked! e Wild!) faz do jogo uma adição bastante interessante para quem aprecia Tycoons simplicistas e tem uma Nintendo Switch.

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