Pplware

Análise Northgard (Windows)

Todos os países e regiões do globo terrestre têm as suas crenças, lendas ou histórias. Este conjunto de folclore, por estranho que possa parecer a membros de outros povos, faz intrinsecamente parte do ADN dessas sociedades e vincam a sua própria identidade.

A Mitologia Nórdica é, a nível europeu, uma das mais ricas e como tal não deixa de ser normal que seja também bastante aproveitada pela indústria dos videojogos. Existem variados exemplos de jogos que florescem destas histórias do Norte da Europa e muitos mais a caminho certamente.

Um desses exemplos corresponde a Vikings: Wolves of Midgard (que o Pplware aqui revelou) mas o mais recente acaba por ser Northgard da Shiro Games e que o Pplware já experimentou (numa versão antecipada de lançamento) e cujas impressões deixamos de seguida.

 

No inicio de Northgard, o jogador tem de escolher de entre três clãs. Existem os Fenrir (ou Lobo) cujos benefícios estão mais voltados para a batalha, os Eikthyrnir (ou veado) mais direccionados para a felicidade do próprio clã e sua fama e por fim, os Heidrun (ou bode) que estão principalmente virados para o aumento de produção com base em banquetes e tem também a capacidade de construção de torres de defesa sem contar com a limitação de construção de edifícios para cada local zona que é de facto um bom bónus.

É também possivel verificar que existem ainda outros dois clãs que não são possíveis de serem escolhidos. Isto prende-se claramente com o facto de ser uma versão inicial do jogo mas que quando forem lançados vão aumentar ainda mais a diversidade de escolha, e novas formas de jogar. Estes clãs terão, como é óbvio, os seus próprios pontos fortes e objectivos seus, pelo que quando surgirem irão trazer consigo novos desafios e também novas oportunidades para os jogadores.

“Em Northgard, o jogador tem de escolher de entre três clãs.”

O jogo começa, como normal neste tipo de jogos, com a aldeia da nossa tribo extremamente pequena, fraca e com poucos recursos. Tudo em redor de um certo espaço é composto por um negrume que indica o desconhecido e que temos de ir desbravando.

 

Como em qualquer jogo do género, torna-se imperativo alargar as nossas fronteiras e expandir o território. Para conhecer mais e evoluir a nossa tribo, é preciso construir e/ou evoluir edifícios que servem vários objectivos, como por exemplo, aumento de comida disponível, obtenção de mais recursos como é o caso da madeira, ferro, peixe e gado por exemplo.

Assim que um espaço novo é descoberto através dos batedores, torna-se necessário eliminar os animais selvagens uma vez eles mais cedo ou mais tarde fazem questão de atacar os colonos. Cada um desses espaços novos que são descobertos possuem as suas próprias características que permitem a sua exploração. No entanto, ao inicio essas novas localizações impõe-nos alguns limites, como por exemplo, o facto de permitirem apenas uma certa quantidade de edifícios.

“Assim que um espaço novo é descoberto através dos batedores, torna-se necessário eliminar os animais selvagens.”

Isso força o jogador a conhecer melhor o território e a tomar decisões importantes para o rumo a dar à tribo e novas aldeias. Dessa forma, o ímpeto natural será sempre o de querer aumentar os seus recursos, aumentando ainda mais a expansão do território do clã, não se ficando apenas por um espaço mais confinado.

 

Além da própria mecânica de jogo que é preciso conhecer e meter em funcionamento para se singrar no Mundo de Northgard, é preciso estar atento a vários acontecimentos no mundo do jogo, que influenciam a forma como a acção decorre. Um exemplo corresponde ao Inverno em que diminui bastante a capacidade de produção de comida. Frequente também são, os terramotos, que surgem ocasionalmente e são autênticas armas de destruição maciça, destruindo por completo os edifícios e infra-estruturas.

Existem ainda por outro lado, outros eventos bem mais agressivos e relacionados com a própria Mitologia Nórdica, como por exemplo, Dragugr, Valkyries e Wyverns que atacam e dizimam a população.

Para se sair vitorioso é preciso conseguir um de vários objectivos. Um deles corresponde à Dominação que requer a destruição total dos outros clãs existentes no mapa. Por outro lado poderemos ganhar através da fama em que é preciso dominar uma grande parte do mapa para assim obter o máximo dele, além do título de rei e construção do altar ao rei.

“Para se sair vitorioso é preciso conseguir um de vários objectivos.”

Existe ainda a forma de vencer através de comércio e bens em stock com vários sub requisitos relativos a este tópico, ou ainda através da descoberta de conhecimento antigo e a bênção dos deuses.

Há ainda um quinto modo de vitória que depende do mapa gerado, que corresponde à existência de um portão chamado Hellheim ou uma Árvore da Vida (denominada de Yggdrasil) que é necessário dominar para se ganhar.

O som está muito bem conseguido mantendo as animações sonoras para eventos que poderemos não estar a seguir no momento o que recria a sensação de actividade constante. Não é por estarmos a ver algo numa ponta do mapa, que o que se passa no outro extremo deixa de estar a acontecer … isso é importante pois dá uma sensação de emersão, de continuidade.

Convém no entanto reforçar que a análise foi feita numa versão de acesso antecipado. Convém reforçar este pormenor pois há ainda aspectos em falta mas, o que nos foi permitido ver, já dá para ter uma ideia dos reais objectivos da Shiro Games.

Não esquecer que aquando das afinações finais da Shiro Games, Northgard apresentará um multiplayer, um modo história mais robusto e com novos acontecimentos e trará novos clãs, dando dessa forma uma longevidade muito maior ao jogo, e tornando-o num excelente aposta dentro do género dos RTS.

Veredicto

Este é um jogo muito bem desenvolvido, apresentando uma boa mecânica típica dos RTS. Raramente há momentos de espera para que se consiga avançar no jogo, cada aspecto está bastante cuidado e isso vê-se com a capacidade de ser facilmente jogável mesmo desligando as ajudas de início de jogo.

Contrariamente ao que poderia ser esperado, Northgard não deixa qualquer sensação de repetibilidade tornando-se inclusive, bastante difícil de desligar até mesmo para dormir. Os gráficos estão em sintonia com o género de jogo que é, tornando-o jogável até em PCs menos capazes.

Resumindo, na versão definitiva, Northgard será um titulo a ter em conta para todos os apreciadores de RTS (Real Time Strategy).

Northgard

Exit mobile version