Final Fantasy e Disney. Dois mundos bastante diferentes, com personagens distintas. À partida, não seria possível imaginar uma junção coerente destes dois mundos, mas Kingdom Hearts prova-nos o contrário, colocando no mesmo plano personagens dignas do universo FF juntamente com personagens Disney bem conhecidos.
Experimentámos o jogo que se afigura como o prelúdio para Kingdom Hearts e contamos-vos o que achámos deste título.
Na realidade, Kingdom Hearts HD 2.8 não é um jogo. É a compilação de 3 jogos – Kingdom Hearts: Dream Drop Distance HD, lançado originalmente para a 3DS, Kingdom Hearts 0.2 : Birth by Sleep, a Fragmentary Passage, a sequela de um jogo originalmente lançado para a PSP e Kingdom Hearts: X Back Cover que é, na realidade, mais um “filme” do que um jogo propriamente dito.
Mas vamos por partes:
Em Kingdom Hearts: Dream Drop Distance HD temos a remasterização da aventura original para um ecrã maior, com o retorno dos personagens principais, Sora e Riku. A história continua intacta e o aspecto gráfico conferido pelo motor Unreal Engine 4 é digno da Disney. Embora este jogo seja bom o suficiente para ser jogado e para nos proporcionar umas boas horas de divertimento, não traz nada de “novo” tratando-se – apenas e só – de uma remasterização.
Já em Kingdom Hearts 0.2 : Birth by Sleep, a Fragmentary Passage deparamo-nos com uma história bem mais curta, embora bastante apelativa. O enredo é focado em Aqua, personagem que já havia sido introduzido em Birth By Sleep, que conta com a ajuda do Rey Mickey ao longo de todo o episódio.
Apesar de esta dupla desvendar alguns dos segredos da história, não nos é dado a conhecer nenhum aspecto revelador uma vez que Kingdom Hearts 3 ainda nem tem data de lançamento. Ainda assim, trata-se de um jogo bastante interessante de acompanhar, ainda que com uma longevidade bastante reduzida.
Por último, a parte menos apelativa de toda esta compilação: Kingdom Hearts X Back Cover. Não é um jogo. É um filme. Uma cinemática com a duração de pouco mais de uma hora e que nos conta os factos de Kingdom Hearts X, mas onde não temos qualquer tipo de interacção com os personagens, o que se torna um pouco decepcionante. Assim, esta parte da compilação, embora não se tornando completamente dispensável, pode perfeitamente ser “jogada” por último.
No geral, e como última nota, há que referir um ponto importante para quem vai jogar este jogo pela primeira vez: a falta de coerência entre os vários episódios desta compilação. Não é perceptível a interligação entre os 3 jogos que nos são oferecidos, o que terá impacto na nossa compreensão da história. Não nos é possível, sem consultarmos a internet, perceber completamente o enredo que se encontra por detrás de cada um dos jogos, o que pode desmotivar jogadores que apenas agora tenham entrado em contacto com o universo de Kingdom Hearts.
Veredicto
Kingdom Hearts HD 2.8 é uma compilação de 3 jogos remasterizados para a PS4 cujo aspecto principal é o relançamento de um jogo originalmente desenvolvido para a 3DS.
O ponto mais interessante deste lançamento é, sem dúvida, Kingdom Hearts 0.2 : Birth by Sleep, a Fragmentary Passage, apesar de ter uma longevidade bastante limitada.