Pplware

Análise In Other Waters (PC)

De tempos a tempos surgem jogos que nos conseguem mesmo transportar para outros mundos. Outras realidades que nada têm a ver com o que conhecemos e que nos levam a pensar “Será que poderá existir algo assim na realidade?“.

Pois, bem! É a isso mesmo que os estúdios indie Jump Over the Age, fundados por Gareth Damian Martin (com vasta experiência em jornalismo de videojogos, ‘design’ gráfico e desenvolvimento de videojogos) se propõem com In Others Waters, o seu mais trabalho acabado de sair para o mercado.

O Pplware já se aventurou por este mundo alienígena.


A história de Ellery Vas, uma xenobióloga, num planeta alienígena

In Other Water é o novo título de Jump Over the Age, onde retrata a aventura de Ellery Vas, uma xenobióloga, num planeta alienígena.

Nós como jogador interagimos com a protagonista de forma indireta, assumindo o papel de uma IA (Inteligência Artificial) do seu fato de mergulho, onde temos como objetivo explorar este planeta Gliese 667Cc num ambiente subaquático.

Um pequeno a parte, o planeta Gliese 667Cc é um planeta real que se situa numa zona habitável, foi considerado um dos planetas mais promissores de albergar vida extraterrestre. Foi também referenciado em Alien vs. Predator.

Começamos com uma das ‘interfaces’ bastante simples e tenho de admitir que a achei bastante bonita. No início do jogo pode parecer um quebra-cabeça cheio de painéis e botões, fazendo lembrar uma antiga carta marítima, mas com o progredir do jogo notamos que toda a ‘interface’ é bastante simples e fácil de compreender, passando até a ser instintivo.

Uma das coisas que achei bastante interessante é a forma como conseguimos visualizar o mundo e como conseguimos detetar “coisas” no mapa. Por exemplo, os pontos para onde nos deslocamos são representados por triângulos e os pontos de maior interesse são representados por círculos.

Afinal somos uma IA e esta é uma representação de como um mundo seria observado por uma IA. Achei bastante interessante este conceito de como seria o mundo aos olhos de uma IA.

Apesar de não conseguirmos “ver” o que está a ser simbolizado através de formas geométricas, temos a Ellery Vas a descrever o que vê, muitas vezes notamos que a personagem começa a falar sozinha, com os seus pensamentos, quase como poesia.

São raras as vezes que temos a possibilidade de “falar” com a personagem e responder às poucas perguntas que nos são colocadas, pois, logo de início notamos que Ellery percebe que somos uma máquina, que apenas tem a possibilidade de responder sim ou não.

O jogo consegue manter sempre a nossa curiosidade ativa, para descobrirmos o que são aqueles círculos ou para descobrir o que são as amostras que acabamos de recolhemos.

Para conseguirmos analisar as amostras recolhidas temos de fazer uma visita ao nosso laboratório, a nossa “base”, ao analisarmos as amostras recolhidas vamos preenchendo uma espécie de base de dados, com as observações e ideias iniciais de Ellery, e caso consigamos analisar completamente a espécie, é adicionado um esboço do aspeto físico do ser vivo em questão, esta é talvez a única forma de conseguirmos ter um pequeno vislumbre das criaturas.

O objetivo do jogo é simples e bastante interessante, desde muito cedo descobrimos que o planeta já foi antes explorado e um dos nossos grandes objetivo para além de preencher a nossa base de dados, é de descobrir o que aconteceu ao nosso antecessor, seguindo-lhe os passos e as várias “pistas” que vamos encontrando no mapa.

O trabalho que foi desenvolvido no departamento sonoro é simplesmente espetacular, talvez o aspeto que mais gostei do jogo em geral. O jogo em si, é bastante relaxante e descontraído, a música e os efeitos sonoros adicionam uma sensação de tranquilidade que o jogo faz questão de reproduzir tão bem.

Uma pequena queixa que aponto ao jogo é a repetição das ações, muitas vezes somos obrigados a repetir várias vezes o mesmo processo para conseguir completar a nossa base de dados, recolher amostrar, analisar, recolher mais, analisar até conseguirmos ter o esboço da criatura ou organismo que descobrimos.

Gostava talvez de conseguir visualizar as criaturas de outro modo, mas como somos apenas uma IA compreendo perfeitamente o modo de vermos apenas triângulos e círculos.

Veredicto

Todo o jogo pode ser considerado como uma experiência extremamente relaxante é um ótimo jogo para descontrair depois de um longo dia de trabalho.

Grande jogo por parte de Jump Over the Age.

Artigo escrito por Tiago do Canto.

Requisitos Minimos

Sistema Operativo: Windows 7+; Mac OS X 10.10.5

Processador: 2.0 GHz

Memória: 4 GB de RAM

Placa gráfica: 2 GB VRAM

Disco: 700 MB

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