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Análise do Joystick Thrustmaster T-Flight HOTAS X

Marisa Pinto

Como adepto dos jogos de aviação e space flight simulators achei que estava no momento de fazer um upgrade aos periféricos que usava (rato/teclado) e adquirir um joystick. O meu objetivo e era encontrar algo até 60€.

Encontrei o Joystick Thrustmaster T-Flight HOTAS X e partilho aqui hoje a minha análise a este equipamento!

Durante cerca de um mês fui experimentando vários joysticks tais como: Mad Catz F.L.Y. V1 e V2, Thrustmaster T-Flight Stick X e Logitech Extreme 3D Pro.

Nenhum destes que mencionei me satisfez completamente, principalmente pelo facto do throttle ser uma simples peça deslizante que se situa na base do joystick. No entanto recomendo o Mad Catz F.L.Y V1 para quem não quer gastar mais de 20€ e o Thrustmaster T-Flight Stick X para os 30€.

Ainda consegui fazer uma sessão de voo com o Saitek X52 Flight Control System, mas o problema é que tinha de alargar o orçamento disponível para o dobro e, isso, era algo impossível de fazer naquele momento.

Pelo meio destas experiências também consegui uns breves momentos com o Thrustmaster T-Flight Hotas X e foi o que me agradou mais, tanto pela ergonomia e conforto do sistema como pelo preço (42€).

Os testes que realizei foram feitos em jogos como Microsoft Flight Simulator X – Steam Edition, War Thunder, PlanetSide 2 e Elite Dangerous. A experiência de utilização em alguns desses jogos vai ser referida ao longo desta análise.

Especificações e Aspeto

O throttle tem uma forma adequada e consigo “agarrar” sem problemas e com bastante conforto. A metade do trajeto efetuado pelo movimento deste componente sentimos a falta de resistência que nos avisa que está a 50%.

Aqui existem 8 botões, dois deles situados na base. O cabo que separa as duas bases é de 50 cm mas poderia ser um pouco maior na minha opinião, principalmente para ultrapassar obstáculos que estão em cima da secretária.

O Joystick também tem um formato adequado e com um apoio para a mão, de forma a diminuir a força que temos de fazer no nosso braço e também para obter um grip mais ergonómico. Na parte de trás temos um gatilho vermelho e no topo existe um botão adicional, sendo este último o único que tenho dificuldades em carregar.

Já à frente existem 2 botões e o hat switch. Um dos botões é centrado e tem aspeto militar (normalmente para disparar os mísseis) e o outro é situado à direita, enquanto do lado esquerdo temos o hat switch que pode ser utilizado para “rodar a cabeça” do piloto no avião para conseguirmos visualizar o que está à nossa volta sem mudar de rota, mas também podemos designar 8 tarefas diferentes para cada uma das direções (adicionando mais 8 botões programáveis)

Como a estética depende de pessoa para pessoa, não vou dar grande importância a isso, deixo apenas as fotos e cada um decide por si mesmo.

Experiência de utilização e perfomance

Assim que colocámos as nossas mãos no Thrustmaster T Flight Hotas X, notámos de imediato na sua rigidez, estabilidade e qualidade de construção, que é fenomenal tendo em conta o seu preço.

Apesar do seu peso de 2,13Kg, penso que está ligeiramente abaixo daquilo que gostaria, embora alguns utilizadores digam que seja mais do que suficiente.

Consigo alcançar com bastante facilidade todos os botões, à exceção daquele que se situa no topo do joystick. Devido a isso não necessitamos de tirar os olhos do ecrã e, desta forma, adivinho uma grande experiência com os futuros óculos de realidade virtual (Oculus Rift, HTC Vive, etc…)

Durante uns tempos usei o teclado e rato como controladores no Microsoft Flight Simulator X – Steam Edition. Apesar de gostar bastante do jogo, a minha experiência não era verdadeiramente agradável e a motivação para fazer as missões era quase inexistente.

Assim que comecei a usar o joystick o cenário mudou completamente. Tudo ficou mais realista e notei, de facto, uma maior liberdade nos movimentos efetuados. As descolagens e aterragens ficaram muito mais fluídas e facilitadas, as missões também vão sendo feitas, no geral fico sempre agradado com a experiência de voo e com vontade de repetir. Neste caso o período de adaptação ao periférico em questão é mínimo.

No War Thunder sempre usei o rato e teclado para controlar o avião e é relativamente fácil de o fazer mas, mesmo assim, não é algo natural. Este jogo tem, já nas suas definições, uma configuração própria para o Thrustmaster T Flight Hotas X, bastando selecionar nas opções de controlo e depois é só escolher o nível de realismo.

Aqui sugiro fazer novamente os tutoriais com o joystick. Irá encontrar alguma dificuldade em acertar no alvo mas, após algum treino e uns voos livres, tudo fica mais fácil e conseguimos obter uma melhor pontuação.

PlanetSide 2 foi uma surpresa agradável, nunca me tinha ocorrido poder usar um joystick para tirar partido das naves disponíveis. Adaptamo-nos com relativa facilidade mas sugiro que tentem fazer um pequeno treino longe das áreas de combate. Quando estou cansado de estar na linha da frente como um soldado comum, prefiro dedicar-me à pilotagem das naves de forma a diversificar a minha experiência de jogo.

Veja aqui a experiência em vídeo:

 

Pontos Positivos
Pontos Negativos

Conclusão

Mesmo quando está a 4 meses de entrar no seu 7º aniversário desde a sua data de lançamento no mercado, o Thrustmaster T Flight Hotas X é, de facto, um produto muito bem concebido e talvez o melhor na sua categoria de preço. O divertimento e realismo aumentam exponencialmente e recomendo a qualquer pessoa que procure algo entre os 40€ e 60€.

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