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Análise: Chuwi CoreBook Pro 13″, um computador para (quase) todas as suas tarefas

A tecnologia presente nos computadores portáteis continua a evoluir a bom ritmo e, se antigamente um computador de baixo custo era sinónimo de lentidão e aborrecimentos, hoje em dia é adequado e muito competente para fazer praticamente tudo o que precisa. Além disso, e tal como é o caso deste Chuwi CoreBook Pro de 13″, consegue oferecer algumas características tipicamente presentes em computadores de gama superior, mas por um preço mais interessante.

Foi com isso em mente que decidimos analisar o Chuwi CoreBook Pro 13″, disponível por menos de 400 €.


A marca Chuwi nasceu em 2004, inicialmente apenas com dispositivos MP3 e MP4, mas que ao longo dos seus 16 anos de presença no mercado tem vindo a alargar a sua oferta. Atualmente, oferece computadores, computadores híbridos, tablets e Mini PCs, sempre com a premissa de oferecer o melhor pelo menor custo.

As mais recentes séries CoreBook, GemiBook e HeroBook são o reflexo disso mesmo, onde oferecem bons materiais de construção, ecrãs de alta resolução e outros pormenores interessantes, com processadores de entrada de gama e de gama média. Além disso, tomam partido de algumas tendências que se mostraram compensadoras, como a utilização de ecrã com relação 3:2 para os modelos mais recentes.

 

Características do Chuwi CoreBook Pro 13.3″

Este Chuwi CoreBook Pro 13″ é um computador portátil destinado essencialmente a produtividade. É construído integralmente em liga metálica, o que por si só é logo um indicador positivo na qualidade de construção.

O ecrã é um dos pormenores que mais se destaca. Como já referido, além de ser de alta resolução (2K, 2160×1440 px), que dá um conforto adicional na definição dos conteúdos, tem uma relação de tamanho 3:2, algo atualmente presente nos Surface Book, por exemplo. Para produtividade é algo positivo, já que a área de trabalho passa a ser maior na vertical, espaço habitualmente ocupado por barras e botões de navegação ou controlo. Em termos de números, trata-se de um aumento de 8% na área de trabalho, considerando o mesmo tamanho de diagonal (em comparação com a relação 16:9).

Integra um CPU Intel Core i3-6157U e uma placa gráfica Intel Iris Graphics 550. Além disso, tem 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento com slot de expansão M.2 2280 NVMe, algo em linha com os padrões habituais. Dessa forma, tão depressa não ficará limitado pelos recursos do hardware, ainda que o CPU seja de entrada de linha e no mercado há já alguns anos.

A bateria tem uma capacidade de 46,2 Wh, prometendo assim uma autonomia de 8 horas. Poderá não ser bem assim, mas falaremos disto mais à frente.

Quanto a conectividade, oferece Wi-Fi a 2,4/5 GHz, naturalmente com suporte para a norma 802.11 ac. Isso traduz-se então numa largura de banda máxima de 867 Mbps. O bluetooth vem na versão 4.2. Tem ainda uma porta USB Tipo-C, jack 3.5 para auriculares, leitor de cartões microSD, porta USB 3.0 e ficha para carregamento.

A interface USB Tipo-C é de funcionalidade completa. Isso significa que com uma dock USB C, pode acrescente acrescentar saídas de vídeo HDMI/VGA/DP, portas USB adicionais, porta ethernet gigabit, leitor de cartões, entre outros. Além disso, tudo isto funciona com carregamento em simultâneo, que neste caso suporta carregamento rápido com tecnologia PD2.0.

Especificações – Chuwi CoreBook Pro 13

  • Ecrã: 13″ IPS 2K (2160×1440), de moldura fina
  • Processador: Intel Core i3-6157U, Dual-core / 4 threads, até 2,4 GHz
  • Placa gráfica: Intel Iris Graphics 550 (saída de vídeo HDMI 4K @ 60 Hz)
  • Memória RAM: 8 GB DDR4 @ 2133 MHz
  • Armazenamento: SSD 256 GB (baseado em SATA, socket M.2 2280) + socket M.2 2280 externo
  • Bateria: 46,2 Wh (11,55 V / 4000 mA)
  • Materiais: corpo integralmente em liga metálica
  • Teclado: retroiluminado
  • Câmara: frontal
  • Conectividade: Wi-Fi 2.4/5 GHz 802.11 a/ac/b/g/n, Bluetooth 4.2
  • Ligações: USB Tipo-C (Full-featured), USB 3.0, jack 3.5mm, cartão microSD
  • Software: Windows 10 Home
  • Dimensões: 289 x 219 x 18 mm
  • Peso: 1340 g

 

Design e qualidade de construção

O design deste CoreBook Pro é simplista e com bom aspeto, na cor space gray (cinza espacial), que o consegue caracterizar logo como um produto de gama alta, ainda que não o seja.

Como já referido, tem uma construção integralmente em liga metálica, mais especificamente em liga leve de magnésio, de acordo com a marca. Isso confere-lhe um peso de 1340g que, não sendo dos computadores mais leves para este tamanho de ecrã, revela-se muito prático para manusear e transportar.

A tampa superior tem uma curvatura junto a todas as extremidades, com cantos arredondados e arestas superiores vincadas, muito ao estilo de um MacBook. A inscrição da marca “CHUWI” encontra-se junto ao canto superior esquerdo, num acabamento metálico, saliente, que aparenta fazer parte da peça da tampa.

Na lateral esquerda encontra-se a ficha para o carregador e a ligação USB Tipo-C. Já na lateral direita, encontra-se o slot para cartões microSD, o jack 3.5mm e, na zona mais atrás, a ligação USB 3.0. Na lateral frontal, existe uma saliência para permitir abrir o ecrã com maior facilidade.

Finalmente, na parte inferior encontram-se 4 pés, com uma altura aparentemente mais alta que o habitual. Tudo indica que a razão será para facilitar a circulação de ar na zona inferior, já que existe uma abertura ao centro para essa finalidade. Há ainda 2 saídas de som, uma em cada lado, e um compartimento para aceder ao slot M.2 2280, para colocar armazenamento adicional.

Todas estas peças, a forma como se encaixam e os seus acabamentos, demonstram o cuidado e a atenção ao pormenor que foi tida em conta na assemblagem da máquina. Portanto, apresenta uma qualidade de construção muito boa, diria até excelente considerando a gama em que se insere.

 

Ao levantar o ecrã…

A consistência da dobradiça que sentimos ao abrir um ecrã é algo que, geralmente, caracteriza a qualidade de construção. Neste caso em particular, tem um encosto magnético, suave, e abre levemente até atingir cerca de 3 a 4 cm. Daí para a frente, a consistência aumenta e, na verdade, é preciso ligeiramente mais que o peso do computador para nos permitir ajustar a posição do ecrã. Ou seja, são precisas duas mãos para levantar o ecrã. Ainda que tenha uma consistência agradável, está “presa” demais, mas na verdade isso não é algo necessariamente mau. Isto é, olhando às dobradiças de consistência mais leve, dependendo da forma e do local onde o computador é usado, por vezes o ecrã tende a fugir da posição pretendida, o que também se torna aborrecido.

Pormenores à parte, a tampa abre praticamente até aos 180º, que por vezes é algo procurado por alguns utilizadores.

A moldura do ecrã é fina, com cerca de 6 mm nas laterais e 9 mm na zona superior. A câmara encontra-se ao centro e, de cada lado da câmara, encontra-se um microfone colocado de forma muito despercebida, encostados à margem.

O ecrã está encaixado num bordo de plástico que, por sua vez, encaixa na tampa metálica. Esse bordo de plástico, todo ele, serve de batente ao fechar o ecrã, e consegue passar muito despercebido.

Finalmente, olhando ao que de mais importante se encontra aqui, que é precisamente o ecrã, tem um acabamento brilhante e a alta resolução que apresenta salta logo à vista pela suavidade de contornos que os conteúdos apresentam. A reprodução de cores é agradavelmente boa, com uma intensidade de brilho máxima suficiente para usar no exterior com incidência direta do sol.

A reprodução de pretos é boa, onde é possível ver algo como isto com o brilho no máximo.

 

Teclado e Touchpad

O teclado traz o layout US (americano), algo que, após alguma habituação, se consegue utilizar com toda a facilidade tal como se fosse o nosso layout PT. No entanto, juntamente com o computador, a Chuwi envia um conjunto de capas de silicone para o teclado, que encaixam na perfeição. Além de protegerem de sujidade e desgaste, servem também para mapear o layout do teclado. Infelizmente, desse conjunto de capas ainda não faz parte o layout PT, estando apenas parcialmente abrangido por uma das capas. De acordo com a marca, esse layout PT deverá estar disponível em breve.

Uma curiosidade no layout é a colocação do botão Power no local da tecla Delete, passando esta para o sítio habitual da tecla barra/pipe (entre o Enter e o Backspace). Esta última, naturalmente, foi obrigada a mudar de sítio, para a posição à esquerda da seta esquerda, uma tecla que costuma ser o Ctrl. Assim, no layout PT, é esta a tecla que corresponde ao til/acento circunflexo. Será então a tecla mais chata de usar, até porque sai do habitual para o layout US, mas que ainda assim é simples de criar habituação a esta posição.

À parte deste pormenor, o teclado tem um toque preciso, é silencioso e tem uma retroiluminação ligeira mas agradável.

Já o Touchpad tem um tamanho generoso e comporta-se como esperado. Para fazer o clique, é necessário aplicar uma força ligeiramente superior ao habitual, pelo que o simples toque (para fazer a ação de clique) será sempre mais confortável de usar. Aliás, pessoalmente, é essa que sempre usei.

 

Som

Com os altifalantes colocados na zona inferior, virados para baixo, dois em cada lado, o efeito stereo é conseguido com dignidade. Os graves são praticamente inexistentes, como seria de esperar, mas os médios e agudos são equilibrados e não distorcem significativamente com o aumento da intensidade.

É, portanto, uma qualidade de som suficiente e enquadrada com a atualidade.

 

Desempenho

Num computador com drive SSD e 8 GB de RAM, para a generalidade das tarefas o CPU não é dos componentes mais importantes. Isto para dizer que se trata de um computador rápido e com competência para realizar as tarefas mais comuns, no entanto, traz um CPU já no mercado há alguns anos, que tem as suas limitações em tarefas mais pesadas.

No que diz respeito à reprodução de vídeo, que é também um bom indicador para o desempenho, foram feitos alguns testes simples no YouTube utilizando o Chrome:

No que diz respeito a benchmarks, obtivemos os seguintes resultados:

Para controlar os “impulsos” de aquecimento, existe um ventilador interno para ajudar no arrefecimento. É muito silencioso mas notei que pára e arranca com alguma frequência. Ou seja, é muito reativo a pequenas variações de temperatura, onde deveria ter um tempo de reação maior para que não fosse notada a sua atividade.

 

Autonomia

Este é dos aspetos mais ingratos para avaliar e dar opinião. É algo muito variável, que depende do brilho do ecrã, da forma como se usa um browser (número de separadores abertos) e do tipo de conteúdos visitados, das extensões do browser, do hábito a ouvir música, da quantidade média de dados transferida na rede, da suite de segurança, da otimização da aplicação do nosso serviço de IM preferido… enfim, um sem-número de aspetos que, com facilidade, influenciam a autonomia.

Seja como for, é um computador cuja autonomia anunciada, com o sistema operativo que traz (Windows 10 Home), é de 8 horas. Um dia de trabalho, portanto.

No entanto, no nosso tipo de utilização habitual, a duração aproximada de uma descarga completa foi de 5 horas, numa utilização maioritária do browser, com uma mistura no tipo de conteúdos (Spotify, um pouco de YouTube, um pouco de Facebook, documentos no Google Drive). Por outro lado, no teste de bateria do PC Mark, o Modern Office, a autonomia obtida foi de 6h41.

Na visualização de um vídeo 1080p de 8 GB no formato Matroska, codificado em MPEG4/AVC com bitrate de 11 Mbit/s e áudio DTS de 6 canais, com brilho e som a 50%, o consumo foi de 15% por cada meia hora. Portanto, uma carga completa daria aproximadamente para 3h20.

Quanto à velocidade de carregamento, com o carregador original, em 30 minutos é possível carregar cerca de 25%, sendo possível uma carga de 10% a 80% em cerca de 1h20 minutos. É uma velocidade de carregamento longe de impressionar. No entanto, será superior se utilizado um carregador compatível com PD2.0, utilizando a porta USB C, mas infelizmente não temos como fazer esse teste. No gráfico que se segue pode ser vista a evolução do carregamento com o carregador original.

 

Veredicto

O trabalho em casa está agora mais forte que nunca e, se precisa de um computador económico mas competente para a maioria das tarefas, então este Chuwi CoreBook Pro 13″ vale a pena ser considerado.

Destaca-se pela qualidade de construção e robustez, apresentando acabamentos de qualidade e sem fragilidades.

O ecrã de alta resolução é um ponto muito positivo nesta gama, e os 8 GB de RAM aliados à drive SSD não negam a uma maior exigência de recursos. O CPU é o que sai em maior desvantagem neste conjunto e que pode comprometer as tarefas de maior exigência. Só depende do tipo de utilização que pretende dar ao computador. Portanto, se o propósito principal de utilização for algo relacionado com edição de vídeo, edição de imagem mais elaborada, programação ou jogos mais recentes, deverá optar por um computador com CPU mais potente.

A porta USB C Full-featured também é muito bem-vinda, abrindo assim os horizontes para acrescentar um conjunto de periféricos com a maior das facilidades. A autonomia não impressiona mas também não desilude. 5 horas para trabalho é uma autonomia aceitável, ainda para mais quando considerada a gama em que estamos.

Quanto ao armazenamento, se para si a drive de 256 GB SSD não for suficiente, tem um slot M.2 2280 à disposição com NVMe para colocar uma drive SSD à sua escolha. Poderá, inclusive, utilizar essa drive para correr o sistema, tendo assim a oportunidade de fazer uma melhoria de desempenho.

O computador portátil Chuwi CoreBook Pro 13″ está disponível com 8 GB de RAM e 265 GB de armazenamento SSD, por apenas 370 €, utilizando o código CBP20AN para obter um desconto de cerca de 16 € ($20). O envio é rápido e gratuito, feito a partir de Espanha, não estando por isso sujeito a taxas adicionais.

Chuwi CoreBook Pro 13″

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