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Análise Agents of MAYHEM (Playstation 4)

Agents of Mayhem é um jogo que, num primeiro momento, nos coloca um sorriso no rosto. Devido em grande parte ao seu aspeto visual, transporta-nos até à infância quando, aos sábados de manhã, nos sentávamos à frente de televisão a ver os desenhos animados.

Repleto de ação e de movimento, Agents of Mayhem é um jogo que nos agarra muito rapidamente. Infelizmente, este efeito de atração passa ao fim de algum tempo e o fascínio inicial do jogo rapidamente se desvanece. Andámos pelas ruas de Seul, na República da Coreia, a lutar contra os maiores vilões do planeta e temos algumas coisas para contar.

 


A história do jogo é simples: um grupo de super-heróis luta contra supervilões que tentam dominar o mundo. Nós, no papel de super-heróis, temos como missão contrariar esses intentos. Para isso, temos à disposição 12 personagens jogáveis que irão sendo desbloqueados à medida que o jogo avança. Na verdade, este grupo de personagens é um dos pontos mais fortes deste jogo. Cada um dos personagens tem um estilo de jogo diferente e único, acontecendo o mesmo relativamente às suas diferentes personalidades. Apetece continuar a jogar apenas para conseguir desbloquear e jogar com todos os diferentes super-heróis disponíveis. Estas diferenças são mais patentes durante situações de combate, sendo possível alternar entre os vários agentes durante uma luta e podendo capitalizar os pontos fortes de cada um para provocar o máximo de danos aos nossos inimigos.

À medida que o jogo progride, vamos recolhendo itens que poderemos utilizar entre missões para aumentar as capacidades dos nossos agentes ou, até mesmo, para lhes atribuir novas capacidades ou armas que serão bastante úteis em situações de combate.

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Relativamente ao aspecto gráfico do jogo, somos presenteados com um cenário bem conseguido e bastante interessante. Desde prédios altos a construções mais tradicionais, temos de tudo à disposição. Infelizmente a acção acaba por decorrer quase sempre nos mesmos locais e essa repetição começa a cansar muito rapidamente. O cenário merecia ser mais explorado, diversificando mais os locais onde a acção do jogo decorre pois, ao fim de algum tempo, todos os locais começam a parecer iguais.

Um outro aspecto onde Agents Of Mayhem peca é no enredo. Tal como já tinha sido referido acima, trata-se apenas de uma história de heróis contra vilões e, se no início o jogo nos agarra, ao fim da primeira hora de jogo começamos a chegar à conclusão que as várias missões não são assim tão diferentes umas das outras. A verdade é que chega mesmo a tornar-se aborrecido devido à pouca – ou quase nenhuma – variedade de objectivos. A única diferença reside apenas no aumento da dificuldade mas, ao fim de algum tempo, tudo o resto começa a parecer mais do mesmo.

Veredicto:

Agents of Mayhem tem todo o potencial para ser um grande jogo. Infelizmente, não conseguiu elevar-se ao estatuto que, com alguma facilidade, poderia ter conseguido. Os personagens jogáveis são fantásticos, todos diferentes, com diferentes personalidades e particularidades tendo, até, bastantes apontamentos de humor nos diálogos. Os cenários são bem conseguidos mas mal aproveitados com a acção a decorrer sempre em locais com as mesmas características e que se tornam bastante semelhantes ao fim de algum tempo. Isto, aliado à baixa diversidade de objectivos das várias missões, torna o jogo demasiado repetitivo, o que lhe subtrai uma parte significativa do interesse.

Agents of MAYHEM

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