TikTok quer que utilizadores adicionem contexto às publicações erradas ou sensacionalistas
Com milhões de utilizadores, as redes sociais são verdadeiros poços de desinformação. Para travá-lo, à semelhança do que foi já feito por outras plataformas, o TikTok vai permitir que os utilizadores adicionem contexto às publicações.
Na quarta-feira, o TikTok anunciou a funcionalidade Footnotes que servirá como um sistema de verificação de factos dentro da comunidade de utilizadores.
Este sistema permitirá que os utilizadores aprovados anexem informações úteis a uma publicação, dando-lhes contexto fidedigno relativamente ao tópico em questão.
O X já possui um sistema deste tipo chamado Community Notes, e as plataformas da Meta, como o Instagram e o Facebook, adotaram-no, em 2025.
Conforme partilhado, num comunicado de imprensa, as notas de rodapé, em português, "vão aproveitar o conhecimento coletivo da comunidade do TikTok, permitindo que as pessoas adicionem informações relevantes ao conteúdo da nossa plataforma".
Apesar de a rede social já possuir um sistema de verificação de factos para combater as notícias falsas, a desinformação médica e a desinformação relacionada com as eleições, a empresa por detrás da plataforma espera que a sua comunidade acrescente contexto útil.
TikTok quer adotar vários mecanismos para combater a desinformação
O TikTok começará a testar as Footnotes a partir dos Estados Unidos e começará a aceitar contribuições nos "nos próximos meses".
Todas as notas de rodapé serão escritas, revistas e classificadas por colaboradores aprovados, e o TikTok seguirá um sistema baseado em classificações para mostrar a versão final.
Ou seja, se uma publicação suscitar um debate que possa utilizar um contexto útil, é implementado um sistema de votação e apenas as notas de rodapé que obtiverem a maior aprovação da comunidade serão associadas à publicação.
As notas de rodapé, que serão visíveis para todos os utilizadores do TikTok, não deverão atuar por si só no combate à desinformação e aos conteúdos sensacionalistas.
Por sua vez, "os profissionais continuam a poder desmascarar rapidamente a desinformação mais nociva e viral, enquanto os colaboradores do Footnotes podem acrescentar contexto aos vídeos que não atingem esse limiar", segundo o Instituto Poynter, que gere a Rede Internacional de Verificação de Factos (IFCN).