Óscares: IA generativa pode ser usada nos filmes, esclarece Academia
A cerimónia dos Óscares deste ano foi alvo de alguma polémica pela utilização de Inteligência Artificial (IA), nomeadamente no filme The Brutalist, dirigido e produzido por Brady Corbet. Entretanto, a Academia já esclareceu que a tecnologia pode ser usada, declarando que "não ajuda nem prejudica as hipóteses" de conseguir uma nomeação.
Segundo o The New York Times, citado pela imprensa, a Academia tinha estado a considerar obrigar os realizadores a revelar a utilização de IA nas suas produções. Contudo, esta acabou por decidir não o fazer.
No que diz respeito à [IA] generativa e a outras ferramentas digitais utilizadas na realização do filme, as ferramentas não ajudam nem prejudicam as hipóteses de obter uma nomeação. A Academia e cada um dos seus ramos avaliarão a realização, tendo em conta o grau em que um ser humano esteve no centro da autoria criativa ao escolher o filme a premiar.
Esclareceu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, nas suas diretrizes atualizadas para a elegibilidade dos filmes.
Esta atualização surge na sequência de uma controvérsia sobre a utilização da IA no filme The Brutalist, dirigido e produzido por Brady Corbet, que recebeu o Óscar de melhor ator e melhor fotografia.
Para o filme, o editor utilizou um software de clonagem de voz com IA para aperfeiçoar o húngaro de Adrien Brody, para que nem um nativo pudesse ser capaz de perceber que o ator, que tem antecedentes húngaros, não estava a falar a língua perfeitamente.
Além deste, Emilia Pérez e Dune: Parte II utilizaram, também, ferramentas de IA para melhorias.
Segundo o The New York Times, "o simples facto de reconhecer a entrada da IA na produção cinematográfica é um grande passo" para a Academia.
Afinal, a IA esteve no centro de negociações recentes de contratos entre estúdios e criativos, continuando a dar forma a um tema controverso, com muitos a oporem-se fundamentalmente à tecnologia no cinema.
Apliquem a IA na animação e façam filmes do género Fire and Ice (1983), acredito que os resultados seriam maravilhosos.