Incerteza económica provocou uma queda nas vendas de carros na Europa em fevereiro
O número de matrículas de carros novos caiu 3% relativamente ao ano anterior nos mercados da União Europeia (UE), European Free Trade Association (EFTA) e Reino Unido. A informação foi avançada pela European Automobile Manufacturers Association (ACEA).
A indústria automóvel enfrenta um período conturbado, com a insegurança dos consumidores a refletir-se claramente nas vendas de novos carros.
Segundo dados da ACEA, o número de matrículas de automóveis novos caiu 3% relativamente ao ano anterior nos mercados da UE, EFTA e Reino Unido, para 963.540 unidades.
O organismo europeu da indústria automóvel partilhou que Espanha foi o principal mercado da região a registar um aumento das vendas, que incluiu um salto de 61% nos registos de veículos elétricos.
A queda global foi impulsionada por um declínio de 24% nas compras de veículos a gasolina e uma diminuição de 28% nos veículos com motores a gasóleo. Por sua vez, os automóveis totalmente elétricos e os híbridos-elétricos plug-in ganharam.
Os dados indicam que os veículos elétricos foram um ponto positivo em toda a região, com um aumento de 26% nas vendas. Isto deveu-se a uma promoção reforçada, pelas fabricantes, tendo em vista o cumprimento dos regulamentos de emissões mais rigorosos.
Conforme os dados da ACEA, com exceção de França, as vendas de veículos elétricos dispararam nos maiores mercados da Europa: Alemanha, Bélgica e Países Baixos.
No geral, as fabricantes europeias têm encontrado dificuldades no mercado doméstico, em particular devido a uma recessão prolongada nas maiores economias da região.
Ao mesmo tempo, a ameaça de taxas americanas e a intensa concorrência das fabricantes de carros chinesas, lideradas pela BYD, estão a aumentar a pressão.
De facto, à medida que as fabricantes chinesas se instalam e crescem na Europa, as empresas europeias tentam fazer-lhes frente, procurando manter rentabilidades e sucesso entre os clientes.
Como se comportou o mercado português?
Em Portugal, os primeiros meses do ano foram de aumento, tendo o nosso país registado mais novos carros em fevereiro, com 19.463 unidades, do que em janeiro, com 14.504.
Por outro lado, considerando o período homólogo, as notícias não são tão boas para a indústria, pois venderam-se mais carros nos dois primeiros meses de 2024: 15.737 unidades em janeiro e 20.512 em fevereiro.
Nos dois primeiros meses do ano de 2025, os carros movidos a gasolina foram os mais vendidos, em Portugal, seguindo-se os veículos híbridos (24,4%), os elétricos a bateria (21,2%) e os híbridos plug-in (11,9%). Abaixo dos 10% ficaram, em janeiro e fevereiro deste ano, outros (8,3%) e carros movidos a gasóleo (8,3%).
Dados da ACEA relativos a fevereiro e aos BEV (carros elétricos a bateria, ou seja, 100% elétricos) na UE + UK + EFTA:
– no total, cresceram 26,1% (de 130.592 unidades em fev/2024, para 255.489 em fev/2025);
– os Tesla, caíram 47,1% (passaram de 22.181 para 11.743). Há quem diga que é por haver muitos a aguardar pelo novo model Y, a sair em março. Logo se verá se é isso, ou é o efeito do desagrado dos europeus com as políticas de Musk.
https://www.acea.auto/files/Press_release_car_registrations_February_2025.pdf
Claro que no caso da Tesla será a resposta ao Fascismo do Musk… o problema (para ele) é que não é só a Europa!
ou então porque as outras marcas estão a começar a oferecer alternativas competitivas ao tesla.
Será seguramente um pouco de cada uma dessas situações.
Quando as vendas caem para metade, “um pouco” não é pouco, é muito.
Acho que tens que voltar a ler o que escrevi… não “avaliei” se a queda nas vendas é grande ou pequena, só disse que acho que não há uma única razão para a quebra nas vendas, mas sim várias… “um pouco de cada”…
A VW queixa-se mas num mercado em contracção é a q vende mais.
Vamos ver o que vai acontecer qd secarem por completo os tentáculos lançados em desespero por Scholz eleitoralista.
Sempre à espera que algo aconteça ? isso já parece desespero.