Carros autónomos são 12,5 vezes mais seguros do que os conduzidos por humanos, diz estudo
A Swiss Re, uma das maiores seguradoras do mundo, com sede em Zurique, refere que os 40,7 milhões de quilómetros percorridos pelos carros autónomos da Waymo reduziram as lesões causadas por acidentes rodoviários em 92%. O ser humano está talhado para conduzir?
Carros autónomos são 12,5 vezes mais seguro do que os condutores humanos
Os dados obtidos por um estudo independente sobre os veículos autónomos da Waymo são verdadeiramente surpreendentes.
A Swiss Re, uma das principais seguradoras mundiais com sede em Zurique, refere que os 40,7 milhões de quilómetros percorridos pelos veículos da Waymo reduziram em 92% os ferimentos causados por acidentes rodoviários.
Em suma, a tecnologia de condução autónoma da Waymo é 12,5 vezes mais segura do que a condução humana.
Análise dos dados de segurança da Waymo
O estudo da Swiss Re revela números impressionantes em termos de segurança rodoviária.
Em comparação com os condutores humanos, os veículos Waymo registaram:
- 88% menos reclamações de danos materiais.
- 92% menos reclamações de lesões corporais.
Estes dados foram compilados após a análise de 40,7 milhões de quilómetros percorridos pelos carros autónomos Waymo.
Durante esta extensa viagem, registaram-se apenas 9 acidentes com danos materiais e 2 acidentes com feridos. Se os mesmos quilómetros tivessem sido percorridos por condutores humanos, a Swiss Re estima que teria havido 78 pedidos de indemnização por danos materiais e 26 pedidos de indemnização por ferimentos.
Por outras palavras, a eliminação do fator humano evitou 69 colisões menores e salvou 24 pessoas de ferimentos. Um resultado extremamente positivo.
Esta é uma conquista significativa para a Waymo e para a sua empresa-mãe, a Google, que implementou um sistema de segurança baseado em LIDAR, redundâncias de segurança rigorosas e uma abordagem prudente que dá prioridade à segurança em detrimento da velocidade na implementação da tecnologia.
A Tesla e a segurança do seu “Full Self-Driving”
Por outro lado, existe a Tesla. Em janeiro de 2025, Elon Musk reiterou a sua afirmação de que, em três meses, o seu sistema de Condução Autónoma Total (FSD) seria tão seguro como um condutor humano e que, com o tempo, seria 10 vezes mais seguro.
No entanto, ao contrário da Waymo, a Tesla tem enfrentado fortes críticas e escrutínio regulamentar. A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) associou os sistemas de assistência ao condutor da Tesla a centenas de acidentes, incluindo 13 colisões fatais, que resultaram em 14 mortos e 49 feridos. E estes são apenas os incidentes que foram formalmente investigados.
Enquanto a Waymo está a provar que a condução autónoma pode ser segura, a Tesla mantém uma posição mais opaca sobre os detalhes do seu sistema de condução automatizada.
As métricas padrão, como as milhas percorridas entre eventos críticos e acidentes, parecem não ser transparentes, dificultando uma análise comparativa objetiva.
Autonomia e segurança: uma questão de responsabilidade
A diferença entre as duas filosofias de desenvolvimento é clara: implantar a tecnologia de condução autónoma de forma responsável requer tempo, investimento e um compromisso de não sacrificar a segurança em prol da rapidez de implantação.
A Waymo está a defender de forma convincente que os veículos autónomos podem ser mais seguros do que os condutores humanos. A Tesla, por outro lado, está a defender cada vez mais uma regulamentação mais rigorosa neste domínio.
Para os defensores da mobilidade sustentável, a tecnologia da Waymo pode representar um grande passo em direção a um futuro com menos emissões de carbono e menos acidentes de viação.
Um sistema de veículos autónomos seguro e eficiente poderia reduzir o congestionamento, otimizar a utilização de veículos elétricos partilhados e, consequentemente, reduzir a pegada de carbono dos transportes urbanos.
Carros autonomos nao sao seguros em estradas onde ha nabos na estrada…basta ir ao Porto e em meia hora contam-se mais nabos que nabicas
É verdade que se vê muitos nabos.
Depois também se vê os apressados, sempre excitados com a buzina, que saem de casa às 8:10, para entrarem às 8:00.
Porto é Porto(gal) e o resto é paisagem.
nenhum carro é seguro com nabos na estrada
Não é preciso ir ao Porto. Basta sair de casa e dar uma volta pelo quarteirão
here we go again…
CJ, that you? What up in Grove Street?
Quando andarem tantos carros “autónomos” quanto humanos nas mesmas estradas então faz-se a conta. Sim, há potencial para serem mais seguros pois quase todos os acidentes são causados por mero erro humano (exceto falhas mecânicas ou das vias, é o que é). Agora também há erros informáticos por isso, é fazer a conta…
Outra vez a mesma conversa? Da anterior já se tinha concluído que se está a comparar coisas distintas. Os Waymos circulam em percursos em área geográficas reduzidas e perfeitamente cartografadas – e a velocidades baixas, enquanto as dos humanos considerados são de conduções em todas as condições, designadamente maior velocidade. Dá-se a ideia que todos os veículos com condução autónoma – e não só os Waymo que levam um fortuna em câmaras Lidar, são melhores que os humanos em todos os percursos e condições de tráfego.
Ainda há poucos dias saíram artigos do modelo de condução autónoma mais avançado da Tesla na Europa a mostrar que tinha tendência a ficar preso entre camiões na via da direita, sem conseguir de lá sair e a meter-se na via para estações de serviço considerando que estava a ir em frente.
Nas mesmas áreas os acidentes com humanos são superiores. Claro que as velocidades e as distrações, o smartphone na mão ou o falar para o lado não estão no mesmo patamar entre os autónomos e os humanos 😉 não achas que esses e outros motivos como esses são a grande diferença?
O estudo não abrange as mesmas áreas, nem as mesmas condições de condução. Quando está mau tempo os Waymo nem sequer circulam.
“O estudo é o produto da colaboração entre a Waymo e a seguradora Swiss Re, que analisou reivindicações de responsabilidade relacionadas com acidentes nas 25,3 milhões de milhas percorridas em modo totalmente autónomas pela Waymo em quatro cidades: Phoenix, São Francisco, Los Angeles e Austin. Em seguida, eles compararam essas milhas com as bases de dados de motoristas humanos, que são baseadas nos dados da Swiss Re de mais de 500.000 reclamações e mais de 200 mil milhões de milhas percorridas.”
O estudo compara os mesmos trajetos, os mesmo cenários. E em situações do dia a dia. Nunca poderá ser ipsis verbis, como é óbvio, mas abrange um conjunto grande de situações idênticas. Difere depois nos comportamentos, homem versus máquina. E sabemos que no futuro as máquinas tomarão conta da condução, até pela evolução dos carros modernos e de tudo o que já trazem para ajudar hoje os humanos, no futuro para se orientarem entre máquinas.
Além disso, há uma base de dados maior que tem a ver com o número de quilómetros e o que resulta em termos de acidentes. Na tua lógica nunca se poderá fazer um comparativo, queres comparar o incomparável.
“…até pela evolução dos carros modernos e de tudo o que já trazem para AJUDAR hoje os humanos, …”
O termo correcto é CHATEAR.
Mesmo que tentasse explicar, tu não ias compreender. Não é que seja difícil, mas há pessoas assim, sem vontade de ver o óbvio. E já tivemos esta conversa… e desde essa altura, o mercado dos elétricos e eletrificados tem crescido. Coisa que só vai contra o que andas para aí a dizer.
Como é que se pode comparar a condução dos robotáxis Waymo, em algumas cidades (Phoenix, São Francisco, Los Angeles e Austin), que nem sequer circulam com mau tempo, com todos os carros que circulam nos respetivos estados? Vá lá que não são todos os carros que circulam nos EUA, são nos estados onde se localizam essas cidades. Ainda assim, os estados são bem maiores que as cidades referidas e as condições de circulação são bem mais variadas.
E, além disso, um Waymo é um Waymo, um Tesla é um Tesla, os resultados observados para os robotáxis Waymo não devem ser extrapolados para os “condutores autónomos”, quaisquer que eles sejam e em quaisquer circunstâncias.
A comparação é feita com os mesmos parâmetros de comparação. Não estão a usar carros versus autocarros, ou trajetos que não sejam similares., E outra coisa, não há comparações a papel químico, pois a realidade versa sobre valores da similaridade e não do ipsis verbis. Logo, a comparação foi feita na mesma área de ação, com o mesmo tipo de trajeto, com os mesmos vetores de trânsito.
Além disso, estás a dizer inverdades. Os carros autónomos da Waymo conseguem operar em dias de chuva, apesar de terem algumas limitações. Se fores pesquisar verás que a Waymo tem investido bastante no desenvolvimento dos seus sensores para lidar com condições meteorológicas adversas, como chuva, nevoeiro e até neve leve.
Segundo a empresa, os carros estão preparados com sensores adaptados. isto é, os veículos usam radares, câmaras e LiDAR. A chuva pode dificultar a captação de imagens e reflexões do LiDAR, mas a Waymo melhorou os seus sistemas para compensar estas interferências. Além disto, os carros foram já testados em diferentes climas. Podes ir ler também e verás que a empresa testou os seus carros em cidades como Seattle (onde chove bastante) e Miami (com tempestades frequentes).
Agora, se disseres que estes veículos atual com velocidade reduzida e maior cautela… sim, é verdade. Eles em chuva intensa, podem reduzir a velocidade ou até parar se as condições forem demasiado adversas para operar em segurança. Mas isso até nos restantes. No nevoeiro, por exemplo, os sistemas destes autónomos ultrapassam o dos veículos convencionais.
Portanto, lado a lado… meu caro, sabemos que o ser humano não foi desenhado para conduzir. Comete demasiados erros e os sistemas, como a visão, é lento demais para as velocidades das ações. E isso reflete-se no dia a dia. Se a máquina está já à altura? Bom, ain da não está. mais ainda com um sistema hibridos, onde o ser humano continua a lidar com as decisões e a cometer erros grosseiros, mesmo com carros equipados com sistemas de assistência à condução. É, digamos, uma questão de antropologia física e biológica 😉
@Vitor
São opiniões díspares. Concordo com sistemas ‘passivos’ de assistência, mas eu
não quero que um carro ‘faça coisas por
mim’. Para isso, andava de uber e ainda me
sobrava dinheiro 😀
Tenta ter uma opinião equilibrava, e vais ver que há mais utilidade na troca de informação. Não entres na bazófia, perde-se o foco do essencial, que, por vezes, é muito interessante.
Estatísticas com uma amostragem diminuta. Já vi a “reacção” de carros autónomos quando se encontraram e não foi nada de inteligente
Mais um estudo tapa-olhos.
Então porquê? Conta lá então…
Metam o Waymo no Portalegre. Ja ganhou 😛
Creio que a condução autónoma só terá um verdadeiro avanço quando todos os veículos comunicarem entre si.
Ainda assim restam grandes variáveis que não podemos evitar no mundo real. O sistema atualmente até já pode conseguir evitar pessoas e obstáculos, mas terá de interpretar por exemplo a intenção de uma pessoa num passeio querer atravessar numa passadeira e dar prioridade, pois nem tudo funciona com semáforos fáceis de interpretar.
A estratégia da Tesla em abolir todos os sensores e radar frontal para se basear unicamente no Tesla Vision não me parece a mais correta. Tenho um Tesla, e tenho sérias dúvidas nessa capacidade de visão num dia ou noite de nevoeiro intenso, condições onde naturalmente evito o autosteering, mas sendo um sistema que supostamente também ajuda a evitar colisão frontal em caso de deteção de obstáculos, sem radar não sei se terá a mesma capacidade nestas condições.
Isto nunca irá para a frente. Os Chico-espertos que furam filas e afins perderiam a vantagem. Por outro lado, os otários que os deixam entrar na fila desapareciam.
Estudos encomendados pelas empresas de carros autónomos têm tanta validade como a coca-cola fazer um estudo e dizer que a bebida deles é a melhor do mundo. Toda a gente sabe que os carros autónomos sao a maior balela do século, e quem achar o contrario vai se tornar naquelas pessoas preguiçosas que quer a papinha toda feita.