Polestar 4: design, potência e sustentabilidade num só automóvel
Fomos para a estrada testar o Polestar 4, uma das estrelas da marca sueca. Distingue-se pela ausência de vidro traseiro, mas o facto de não ter um espelho retrovisor convencional obriga a olhar em frente, onde está um carro arrojado e divertido de conduzir. Venha conhecê-lo.
Vivemos uma era em que a eletrificação deixou de ser uma alternativa para se tornar imperativa. No entanto, há quem vá mais longe. Há marcas que não se limitam a eletrificar o que já existe. Reinventam. A Polestar é uma dessas entidades. E o Polestar 4 é, sem sombra de dúvida, um dos seus manifestos mais arrojados até à data.
Este SUV coupé totalmente elétrico traz uma combinação única de design escandinavo, tecnologia de ponta e uma postura decididamente futurista. Mas é mais do que um simples exercício de estilo: é um automóvel com ambição real de mudar a forma como olhamos para a mobilidade elétrica.
Forma e função em harmonia
O Polestar 4 posiciona-se entre o Polestar 2 e o Polestar 3 em termos de dimensões, mas herda a linguagem estética mais pura e minimalista do concept Precept, apresentado em 2020. Com 4.839 mm de comprimento, 2.139 mm de largura (com espelhos) e 1.534 mm de altura, este SUV coupé exibe proporções musculadas, mas sem cair em excessos.
A frente é dominada pela assinatura luminosa “Dual Blade”, em LED, que abandona a tradicional grelha em favor de uma superfície fechada, reflexo da sua natureza elétrica.
Os puxadores das portas são retráteis, e os espelhos laterais deram lugar a câmaras digitais (em algumas versões), reduzindo o arrasto aerodinâmico.
Mas o verdadeiro ponto de rutura é... a ausência do vidro traseiro. Em vez de uma janela tradicional, o Polestar 4 apresenta uma câmara montada no tejadilho traseiro, transmitindo imagem em tempo real para um espelho retrovisor digital de alta-definição. Esta solução permite recuar a parede traseira do habitáculo, maximizando o espaço e o conforto dos passageiros, sem comprometer a visibilidade.
Interior com toque digital
O habitáculo do Polestar 4 é minimalista, ergonómico e totalmente focado na experiência digital, onde cada elemento foi pensado para ser tão esteticamente limpo quanto funcional.
O destaque vai para o ecrã central de 15,4 polegadas, orientado na horizontal e operado por um sistema baseado em Android Automotive OS, com Google Maps, Google Assistant e Play Store integrados de série.
À frente do condutor, um painel digital de 10,2 polegadas substitui os tradicionais instrumentos analógicos, com possibilidade de projeção de informações no head-up display com realidade aumentada.
No banco traseiro, os ocupantes são tratados com luxo e atenção. Há comandos próprios, apoio de braços com ecrã secundário, espaço generoso para as pernas e uma atmosfera refinada que convida a viajar sem pressas.
Dois Mundos, um propósito
O Polestar 4 está disponível em duas configurações distintas, pensadas para responder a diferentes estilos de condução e prioridades.
A versão Long Range Single Motor apresenta-se com uma potência de 272 cavalos (200 kW) e um binário de 343 Nm, transmitidos às rodas traseiras. Equipada com uma bateria de 100 kWh, dos quais 94 kWh são efetivamente utilizáveis, esta variante oferece uma impressionante autonomia de até 610 km em ciclo WLTP.
A aceleração dos 0 aos 100 km/h é cumprida em 7,1 segundos, garantindo um desempenho sólido, mas sempre equilibrado. Esta configuração privilegia a eficiência energética e o conforto em viagem, sendo ideal para quem valoriza autonomia e serenidade na estrada. A tração traseira, por sua vez, oferece uma experiência de condução mais purista e envolvente.
Já a versão Long Range Dual Motor eleva significativamente a fasquia em termos de performance. Com dois motores elétricos (um por eixo), esta proposta desenvolve um total de 544 cavalos (400 kW) e 686 Nm de binário, assegurando tração integral e um comportamento dinâmico superior.
A aceleração dos 0 aos 100 km/h faz-se em apenas 3,8 segundos, colocando o Polestar 4 neste formato no território dos superdesportivos elétricos. A autonomia, apesar do aumento de potência, mantém-se robusta, atingindo até 560 km no ciclo WLTP, graças à mesma bateria de 100 kWh (94 kWh úteis).
Ambas as variantes beneficiam de capacidades de carregamento rápido, podendo atingir até 200 kW em corrente contínua, o que permite recuperar 80% da carga em cerca de 30 minutos. Em corrente alternada, o carregamento vai até aos 22 kW, ideal para ambientes domésticos ou empresariais com infraestrutura adequada.
Comportamento dinâmico
O Polestar 4 não se limita a ir rápido em linha reta. Graças a uma plataforma específica, o chassis oferece uma base sólida, estável e surpreendentemente ágil.
A suspensão traseira multilink e, a direção precisa conferem-lhe um comportamento neutro e previsível, mesmo em ritmos mais vivos. As versões AWD contam ainda com suspensão semiativa, que ajusta a resposta em tempo real consoante o modo de condução (Eco, Standard, Performance).
Os modos de regeneração de energia são ajustáveis, permitindo escolher entre desaceleração suave ou modo de condução One Pedal, ideal para tráfego urbano.
Tecnologia e segurança
A Polestar não poupou no equipamento tecnológico. O 4 vem equipado com um pacote completo de assistência à condução, numa aposta deliberada na histórica segurança dos automóveis escandinavos.
- Cruise control adaptativo com stop & go
- Assistente de manutenção na faixa
- Monitorização de ângulo morto com correção ativa
- Travagem automática de emergência
- Reconhecimento de sinais de trânsito
- Câmaras 360º e sensores de proximidade
- Sistema de vigilância do condutor (com câmara interior)
- Pré-instalação para condução semi-autónoma de Nível 2+
Como se pode ver, o Polestar 4 não é apenas um passo em frente no portefólio da marca sueca. É um verdadeiro salto conceptual e técnico para o universo da mobilidade elétrica.
Não obstante um preço que começa por volta dos 64.000€, é um modelo que recusa o convencional, desafia os padrões e obriga-nos a repensar o que é ou pode ser um SUV moderno.
A ausência do espelho traseiro pode parecer uma provocação estética. Mas, tal como tudo no Polestar 4, é um gesto intencional. Não se trata apenas de ver o que ficou para trás, mas de olhar, com ousadia, para o que vem pela frente.
Mais de 65.000 euros, 272cv, e autonomia de 400km
Mais vale um golf GTE.
Portugal:
– IUC pago pelo Polestar 4 Long Range Dual Motor (motor de 400 kW): 0€
– IUC pago pelo Polestar 4 Long Range Single Motor (motor de 200 kW): 0€
Singapura:
– imposto rodoviário (road tax) Polestar 4 Long Range Dual Motor (motor de 400 kW): $5.744 ano
– imposto rodoviário (road tax) Polestar 4 Long Range Single Motor (motor de 200 kW): $2.088 ano
Está mais do que na hora de, em Portugal, os automóveis elétricos pagarem IUC, de acordo com a potência do motor.
deves ser funcionário publico ou outro tipo de parasita da sociedade
Pago IUC com língua de palmo e os outros riem-se e fazem de mim parvo.
Por que é que tem carrinhos com motor de combustão paga uma fortuna e quem tem carrões elétricos não paga nada?
“Ah, e tal, é por causa das emissões de CO2 …” Uma m*rd*
Anda aqui todos os dias e não sabe porquê ?
Sim, isso mesmo.
O IUC é um imposto de circulação – que nos automóveis de combustão tem duas componentes, a de cilindrada e a de CO2. Exceto os elétricos, que não pagam qualquer imposto de circulação, deve ser por não usarem a estrada.
Eles não pagam porque o cálculo dá menos de 10 anos, essas componentes não entram.
“Se eu pago, todos os outros também têm que pagar”…
Diz muito sobre ti.
Eu pago impostos e os outros fogem ao fisco ou lhes dão benefícios fiscais indevidamente. Vão-lhes cobrar a eles que não precisam de me cobrar tanto a mim.
É assim que devem ser cobrados os impostos.
@Jorge, quando fores ao hospital público, ou a uma esquadra de policia, ou à pessoa que te vai limpar o lixo à porta de casa não te esqueças de lhe chamares parasitas, vais ter um serviço VIP.
Ele é que é o parasita?
Um hibrido com 400kw paga 5744 $ (SGD)
Com 200 kw paga 2089 $ (SGD)
Ou seja, o mesmo.
Óbvio. Se em Singapura o “IUC” (road tax) é pago pela potência do motor um híbrido ou um elétrico pagam o mesmo.
Exato, mas depois pagam mais alguns impostos por usarem combustíveis.
Claro que se os híbridos pagam os impostos sobre os combustíveis que consumirem. Mas o que aqui interessa, para comparar com Portugal – é que elétricos e híbridos pagam imposto de circulação (o “IUC”) de acordo com a potência do motor.
Então porque não compara também esse imposto com os outros ?
Só cá em portugal é que é pela cilindrada….mas no caso dos rotar mazda arranjaram logo um esquema.
Diz-me que tens a típica mentalidade tuga sem me dizeres que tens a típica mentalidade tuga.
Diz-me que tens a típica mentalidade tuga para exigir do estado, mas quanto a impostos … que os paguem os outros, sem dizeres que tens a típica mentalidade tuga.
Mas quais paguem outros.. o IUC é baseado em cilindrada e CO2, que um eléctrico não emite, porque há um dono de um carro eléctrico pagar por algo que não emite?
Todo o nosso petróleo é importado. A electricidade pelo menos ainda se produz maioritariamente cá…
E depois ainda há malta, como eu, que nem a electricidade da rede costuma consumir, praticamente só carrego o carro com energia solar.
Cada 1000L que não consumo em combustível, são 1000L que não queimei e não mandei para a atmosfera, e são 1000L que não tivemos de importar e mandar dinheiro do nosso país para fora…
E por que não há de um elétrico de pagar o imposto de circulação com base na potência do motor? Não circula?
Para não ficar só por Singapura, veja-se o caso da Holanda:
os veículos elétricos qu antes estavam isentos de imposto de circulação:
– em 2025, passam a ter um desconto de 75%, ou seja, pagam 25% do impostos cobrado aos veículos convencionados
– a partir de 2026 o desconto passa a ser de apenas 25%, ou seja, passam a pagar 75% dos veículos convencionais
– a partir de 2030 pagam o mesmo imposto de circulação que os veículos convencionais.
É isto que está atualmente previsto.
Deixa que tudo o que é impostos, Portugal eventualmente imita, e infelizmente. Termos um estado pesadíssimo que consome praticamente 40% do PIB em imposto, não é algo sustentável sequer, e estamos a caminhar para um futuro um bocado negro. Obviamente que há serviços essenciais que devem de ser sustentados (com eficiência, não como actualmente), e há outros gastos completamente desnecessários e em que 90%++ da população nem concordaria com eles.
O IUC é um imposto que não faz imenso sentido, visto que já se paga as taxas no combustível, e os carros eléctricos nos postos públicos actualmente é só taxas e taxinhas…
Concordaria mais se dissesses que nenhum deveria de pagar IUC, do que a lógica do “se eu pago, tu também tens de pagar, apesar de não usares o mesmo serviço/bem que eu”.
Se o estado não for buscar o dinheiro ao IUC vai ter que o ir buscar aos outros im postos. Há alguns que acham que o dinheiro nasce nas árvores mas não nasce. Sro público com ela.E há um imposto de circulação – deve ser pago por todos os veículos que circulam na via pública, que, para estar em boas condições, precisa que se gaste dinhei
Acima: E se há um imposto de circulação – deve ser pago por todos os veículos que circulam na via pública, que, para estar em boas condições, precisa que se gaste dinheiro o público com ela.
Diz-me que tens a típica mentalidade tuga por achar que toda a gente deve pagar mais e mais impostos sem haver uma correlação na qualidade dos serviços públicos, ao invés de exigir uma maior eficácia e seriedade na gestão dos impostos cobrados, sem me dizeres que tens a mentalidade tuga.
O que é que tem a ver o c* com as calças? O dinheiro dos impostos ser bem gerido, ou todos os que tiverem abrangidos por um imposto o terem de o pagar – sem criar isenções e benefícios fiscais que beneficiam uns à custa dos outros?
Mete-se pelos olhos dentro que todos os veículos que circulam na via pública devem pagar imposto de circulação – o IUC. Manter-se a isenção do IUC para os veículos elétricos nada tem a ver com o dinheiro dos impostos ser melhor ou pior gerido. Isso é a tipica mentalidade tuga, dos que acham espertos e os outros são parvos.
Eu sou da opinião que nenhum carro deveria pagar IUC. Até sou da opinião que é dupla tributação, mas há juristas que dizem que não… Já se pagam impostos na compra dos carros (e não é pouco) e na energia. Um carro que ande muito, gasta mais energia logo paga mais imposto. Tanto nos combustíveis como na eletricidade pagam-se componentes ambientais. Um carro parado não polui nada e paga impostos na mesma. Não faz sentido.
Agora, mantendo-se o IUC para os carros com motor de combustão interna (e parcialmente para os híbridos), visto que ninguém mostra intenções de o abolir, qual á a tua opinião? Deve manter-se a isenção para os veículos elétricos e porquê?
Um dos melhores elétricos.