Até onde nos levaram os 750 km de autonomia do novo DS N°8?
Depois de conhecermos o novo perfume francês nas estradas, em janeiro, fomos sentir o que tem para dar na estrada. Os testes internacionais arrancaram e os olhares dos curiosos não se desviaram do novo DS Nº8: um design diferenciado e um interior confortavelmente elegante.
DS N°8… o novo perfume francês nas estradas
A DS apresentou o novo DS N°8, em Portugal, em janeiro, aludindo à nomenclatura francesa da perfumaria e prometendo o que poucos conseguem oferecer: 750 km (ciclo WLTP) e 500 km de autonomia em autoestrada.
Com 4,82 m de comprimento, 1,90 m de largura e apenas 1,58 m de altura, com uma distância ao solo reduzida em 15,5 cm, a silhueta do N°8 favorece grandemente o fluxo de ar e o consumo de combustível, além de assegurar destaque na estrada.
Por sua vez, o peso varia entre 2132 kg e 2289 kg, consoante as três opções de motorização disponíveis (230 cv, 245 cv e 350 cv). Esta última está equipada com dois motores elétricos para a tração às quatro rodas.
O perfil dinâmico é realçado pelos puxadores das portas embutidos e pelas jantes de até 21 polegadas.
Interior elegante como os condutores requintados exigem
Fazendo jus à assinatura francesa, o DS Nº8 apresenta-se elegante, com um interior requintado, que transmite conforto e serenidade. Todas as configurações disponíveis apresentam materiais de alta qualidade.
O DS N°8 está equipado com dois ecrãs, incluindo um painel de instrumentos HD de 12,25 polegadas, complementado pelo DS EXTENDED HEAD-UP DISPLAY, um ecrã para a cabeça que projeta informações relevantes e não intrusivas, tais como velocidade, através do para-brisas para o campo de visão do condutor.
O ecrã central de 16 polegadas, personalizável como o painel de instrumentos e o DS EXTENDED HEAD-UP DISPLAY, está integrado no painel de bordo e dá acesso a funções relevantes para o condutor.
O DS N°8 oferece numerosos espaços de arrumação ergonómicos em vários locais do habitáculo, ao mesmo tempo que garante um espaço de bagageira notável - até 620 litros, numa forma de cubo que facilita a sua utilização.
A porta da bagageira, com abertura elétrica regulável numa grande amplitude (185 cm sob a porta da bagageira), permite aos utilizadores um acesso fácil à mala.
Além disso, a profundidade do espaço (1,16 m) permite transportar objetos compridos sem necessidade de rebater os encostos dos bancos traseiros.
Sistema de som ELECTRA 3D da FOCAL
Em parceria com o especialista francês em áudio FOCAL, a DS Automobiles desenvolveu o som 3D com a integração de 14 altifalantes em todo o habitáculo e um amplificador de 690 W para uma experiência imersiva única.
No DS N°8, as grelhas dos altifalantes fundiram-se com o revestimento dos painéis das portas em alumínio. Para obter a penetração sonora adequada e a precisão necessária dos grafismos no alumínio, a fabricante utilizou uma tecnologia laser sem precedentes no mundo automóvel.
O sistema é completado por dois altifalantes ao nível do tejadilho que contribuem para o som nítido e envolvente em três dimensões e em diferentes níveis (intenso, envolvente ou ligeiro) do sistema áudio do DS N°8.
Desempenho elétrico e experiência de condução
O DS N°8 propõe três grupos motopropulsores 100% elétricos, adequados para todas as utilizações:
- FWD 230 cv, com uma bateria de 73,7 kWh para uma autonomia até 550 km (WLTP);
- FWD Long Range 245 cv, com uma bateria de 97,2 kWh que permite uma autonomia até 750 km (WLTP);
- AWD Long Range com tração integral de 350 cv, proporcionando até 688 km de autonomia (WLTP) com um único carregamento.
Estes grupos motopropulsores dispõem de um aumento de potência único que confere 30 cv adicionais à versão FWD, ou seja, 260 cv; 35 cv à versão FWD LONG RANGE, ou seja, 280 cv; e 25 cv à versão AWD LONG RANGE, ou seja, 375 cv.
Qualquer que seja o grupo motopropulsor escolhido, a potência e o binário disponíveis desde o arranque permitem ao DS N°8 integrar-se facilmente no fluxo do tráfego.
Relativamente à aceleração, a versão FWD acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 7,7 segundos, a versão FWD Long Range em 7,8 segundos, enquanto o DS N°8 AWD Long Range necessita de apenas de 5,4 segundos.
Para os que gostam de velocidade, importa ressalvar que, independentemente do grupo motopropulsor, o DS N°8 está limitado a 190 km/h.
O carregamento da bateria Long Range fornece até 160 kW em corrente contínua, recuperando assim 200 km de autonomia em 10 minutos.
Além disso, o carregamento de 20% a 80% é efetuado em 27 minutos.
Para uma utilização quotidiana, um carregador incorporado de 11 kW permite um carregamento eficiente em casa ou em pontos de carregamento públicos.
EV Routing para resolver a "range anxiety"
O DS N°8 incorpora várias tecnologias e caraterísticas concebidas para aliviar a carga mental do condutor.
Destaque para o EV Routing, que simplifica o planeamento da viagem, permitindo visualizar e planear percursos tendo em conta as paragens necessárias para o carregamento, e antecipando os tempos de carregamento e as paragens.
A par deste recurso, o DS Nº8 conta ainda com e-Routes para planeamento de viagens e previsão de necessidades energéticas; carregamento simplificado por via de uma larga rede de carregadores; e pré-condicionamento da bateria, que ajuda a otimizar o tempo de carregamento.
O DS DRIVE ASSIST 2.0 contribui para viagens mais tranquilas, com um sistema de condução semi-autónomo de nível 2 capaz de gerir as mudanças de faixa, adaptar a velocidade à curvatura da estrada e manter o veículo no centro da faixa.
Em condições de escuridão, a condução do DS N°8 proporciona o mesmo nível de confiança com o DS NIGHT VISION, melhorando a visibilidade.
Preço e disponibilidade
O DS N°8 está disponível com dois níveis de acabamento, PALLAS e ETOILE.
Além do acabamento PALLAS, disponível nas versões FWD e FWD Long Range, o Nº8 está possui ainda a versão ETOILE, disponível nas versões FWD, FWD Long Range e AWD Long Range.
Versão | Potência máxima (cv) | PVP recomendado |
FWD PALLAS | 230 cv | 59.000 € |
FWD Long Range PALLAS | 245 cv | 64.500 € |
FWD ETOILE | 230 cv | 65.000 € |
FWD Long Range ETOILE | 245 cv | 71.100 € |
AWD Long Range ETOILE | 350 cv | 75.600 € |
Em resumo...
O DS Nº 8 afirma-se como a síntese perfeita entre sofisticação francesa, tecnologia de ponta e conforto de alto nível – um verdadeiro trunfo para quem procura distinção e excelência em cada detalhe.
Na Suíça, mesmo com pouco tempo ao volante, foi fácil perceber o enorme potencial de uma máquina repleta de tecnologia, concebida para oferecer segurança, desempenho, qualidade e durabilidade.
E então? Até onde foram com os “750 km” WLTP?
Muita parra e pouca uva…
Tens o long range. Mais do que os 750 km (ciclo WLTP), tens os 500 km de autonomia em autoestrada. E de facto faz, o que permite remover da equação dos elétricos aquela ansiedade 😉
Muita uva, para quem só está habituado a parra!
500km agora…. E daqui a 5 anos?
Segundo o que temos visto, e pela experiência com as baterias antigas e com tecnologia já melhorada, após 8 a 10 anos, a maioria destas baterias mantém entre 70% a 85% da sua capacidade original. Isto significa que a autonomia real também desce na mesma proporção.
Exemplo, se um carro novo tinha 400 km de autonomia, ao fim de 10 anos pode ter 280–340 km, dependendo de como foi usado e carregado.
Como as baterias e a tecnologia que envolve os carregamentos melhorou, eu diria, sempre à condição, que passados 5 anos, esta bateria fará ainda cerca de 490 km.
Não perceberam.
Onde está o teste feito por vós?
É que como todos sabemos WLTP não é o que na realidade o carro faz.
E como o título coloca a questão de forma sugestiva que testaram, então venha a resposta.
Ou é só para como de costume?
Estes são ensaios internacionais, não são ensaios que fazemos dentro do país, para aferir ao km este consumo. Neste momento, os dados referidos são os que foram confirmados pela marca (nos seus testes) e entregues às entidades reguladores. Contudo, e pelo que vimos, de facto os consumos quer em autoestrada, quer em urbano, podem perfeitamente estar próximos do que foi avançado.
Tens uma forma errada de ver a coisa. Ai e tal o WLTP não é o que na realidade o carro faz… ora bem, antes de mais tens de saber o que refere esse acrónimo.
Vamos lá…
WLTP significa Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure (em português, Procedimento de Teste Mundial Harmonizado para Veículos Ligeiros).
Como diz a própria definição, é o ciclo de testes atualmente utilizado na União Europeia (e noutras regiões) para medir o consumo de combustível, emissões de CO₂ e autonomia elétrica de veículos ligeiros, como carros de passageiros e comerciais ligeiros.
No que respeita aos elétricos, este método permite ter uma medida sobre o valor de quilómetros por carga divulgado.
No dia a dia, até poderás fazer mais, ou menos, dependendo do teu pé direito. Mas isso é assim em qualquer veículo.
A questão deixada no título é para isso mesmo, obtermos uma resposta depois nos nossos testes e, sobretudo, no que o carro conseguirá fazer quando estiver no mercado, na vida dos utilizadores.
Então pra próxima basta mudarem o tempo verbal.
Levaram e levarão são muito diferentes, apesar de serem o mesmo verbo.
Olha que espertalhão! 🙂 Estás errado. Essa autonomia é que nos levou por estradas e caminhos entre França e Suíça. Portanto, não estejas a mudar a conversa, estás a confundir a beira da estrada, com a estrada da Beira.
Já há muito tempo que isso existe. Chama-se carros para ricos. Ou seja, para as pessoas normais não interessa nada. Metam uma bateria de 400Kw com 4000km de range. O que interessa? Nada. Só poucos iriam comprar.
Queres ver que quem tem mais poder de compra, quem trabalhou para isso, não tem direito a ter carros com mais autonomia? 😉
Sabes, ou se não sabes, é fácil encontrares essa informação, que o produto que gera mais lucro não é o produto entrada de gama, logo e como há muita gente com esse poder de compra, há necessidade de por no mercado este tipo de produtos. Além disso, a DS, com o seu preço de 45 mil euros mais IVA, visa uma oferta para empresas. Que, como sabemos, tem sido o motor para este segmento dos elétricos.
Quem tem mais poder de compra, não trabalhou necessariamente para isso… O meu pai trabalhava com empresas do textil do norte e a resposta era sempre “isto tá mal” mas havia sempre um ferrari á porta da empresa, mas para aumentar salários em 20€ não dava.
Quando comecei a trabalhar, os patrões queriam descontinhos em todas as propostas, no entanto um dia um comercial disse-me olhem voces andam a mendigar descontos e estão ali 2 M€ em 4 carros?
No norte os sindicatos enganaram as pessoas. E um caso não são todos os casos.
É a maior força industrial e empresarial em Portugal está no norte.
Por consequência, o parque automóvel no norte também apresenta boas máquinas, mas não são derivadas desse teu argumento.
O carro de empresa é um carro absolutamente igual aos outros, mas muito mais luxuoso. Serve para transportar o capitalista ao iate, ao campo de golfe ou ao casino. É por isso que é fiscalmente subsidiado.
Conversas de comunista. Sem valor algum.
Isso é sempre relativo. E podíamos estar aqui a discutir os ses e mes da coisa.
O que realmente interessa é que faltam carros mais acessíveis e práticos ao nosso mercado interno. Um Tesla Model 3 por 40k é um excelente carro, por um preço imbatível. Não vejo nenhum modelo ICE com relação qualidade/preço equivalente (é discutível, mas não sou o único com essa opinião, e aplica-se a outros modelos). Estive a micar uma VW IDBuzz e é linda, e achei o preço bastante realista. Não é para a minha carteira, mas pronto…
Agora um carro elétrico de 30 ou 40k não está, nem de perto nem de longo, ao alcance da grande maioria dos Portugueses que, em muitos casos, compram usados carros abaixo (ou bem abaixo) de 10mil euros.
E aqui é que eu acho que está o grande problema. Em primeiro lugar, logo à partida pelo preço em novo. Faltam modelos mais acessíveis. Em segundo lugar, falta ainda mercado de usados baratos para os elétricos (OK, são carros mais recentes, é normal) mas também há a questão da fiabilidade das baterias (quer seja real ou não, pouco importa) quando usadas. Na verdade já compramos equipamentos usados há anos. Desde portáteis a telemóveis. Mas, um telemóvel com 10 anos não é comum. Já nos carros, modelos com 10 ou mais anos são aquilo a que muitos podem aspirar, infelizmente. E isso vai ser um problema à medida que os carros elétricos se tornam mais velhos. Certamente que o mercado vai moldar-se, vão aparecer sistemas de controlo e certificação de baterias (já há, mas muito limitado) para venda dos carros, melhor reutilização e reciclagem das mesmas e até empresas a fornecer baterias “compatíveis”. Mas aqui também é necessário normalizar os sistemas. Ter baterias “padrão”. Obviamente que não vamos ter carros com baterias AA, mas se calhar devíamos olhar para aí e obrigar as marcas a ter determinados padrões de baterias. Eu até diria, deixarem de ter “uma” bateria e passar a ter vários módulos de baterias que podiam ser substituídos individualmente. Módulos esses que seria padronizados entre as marcas (exatamente com as pilhas). Acredito que isto vai acontecer? Não. Ainda não conseguiram obrigar as marcas de telemóveis a ter baterias substituíveis, vão conseguir fazer isso nos carros? Claro que não. Vamos passar a ter carros “descartáveis” tal como já temos os telemóveis. A não ser que apareça uma industria “paralela” de fabrico e troca de baterias, tal como existe nas peças auto. Se bem que cada vez menos, pois os fabricantes tornam os sistemas cada vez mais fechados e cada peça nova tem de ser “programada” pela própria marca.
@Vítor M. : O argumento do Mário é em parte verdadeiro. Temos vários exemplos disso em que as “frotas” automóveis dos donos das empresas cresceram, mesmo em alturas de fortes despedimentos. Não sou “comunista”, mas há algo de errado quando o dono de um PME espreme os funcionários a salário mínimo e anda de carro de 200 mil euros. Isso é o verdadeiro “patrão” e não um líder. E temos muitos “patrões” ou com a mania que o são em Portugal. Aqui há uns anos tivemos uma empreitada grande no edifício onde trabalho. A meio do mês de dezembro o empreiteiro marcou reunião com os trabalhadores para lhes dizer que não podia pagar o subsídio de Natal a tempo, que estava mal, a economia, o preço dos materiais… bla, bla. Uma semana depois aparece na obra com um SUV de quase 100mil novinho em folha.
convem jogar pelo seguro, 500km reais serão 400km se jogares com margem de manobra e procurares carregar quando chegar abaixo dos 20%
depois na segunda perna podemos contar com uns 60% da capacidade total (20%-80%) ou seja, a segunda perna andará em 300km +/-.
Jogar pelo seguro, sim é uma boa política. Claro que nunca vais deixar chegar ao temível 1% 😉 mas este carro tem autonomia muito interessante para um estradista. Depois, como sabes bem, quem mais ordena é o juízo do pé direito.
Esse modelo long range a fazer média de 16kwh/100km so faz 600km
Mas lá está tem um monstro de bateria
Faz médias de 22/24 Kwh
16kwh é para o s carros que anunciam 11kwh WLTP.
um carro novo a fazer 750kms….o meu com 40 anos faz 1000 num deposito e tem uma tecnologia que atesta o deposito em 30 segundos, nenhum eletrico o faz.
É tratá-lo bem e nunca mais comprar outro aos sem vergonhas do lobby automóvel.
A melhor forma de acabar com a range anxiety é aplicar 2 medidas simples.
1 – Deixar de ter percentagens da bateria e passar a ter “meio/quarto/vazio” tal como em muitos carros ICE.
2 – Instalar letreiros gigantes nos pontos de carregamento para se verem bem ao longo, tal como nas bombas de combustível.
Não é um problema técnico, é psicológico.