Estudo prova que humanos têm dificuldade em distinguir rostos reais de rostos gerados por IA
A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente no quotidiano das pessoas e estas, embora tenham estranhado, parecem estar a entranhar. Aliás, um novo estudo revela que os humanos tendem a confiar mais em caras geradas por computador do que em rostos reais.
Além disso, é-lhes difícil distinguir as caras falsas das reais.
Um grupo de peritos comprovou, num estudo recente, que, agora, os seres humanos podem ter alguma dificuldade em distinguir as caras reais daquelas geradas por computador. Aliás, um relatório da Fast Company revela que os investigadores têm tentado perceber se os seres humanos são capazes de identificar com precisão uma imagem gerada por IA e um rosto real.
Conforme mencionado por um professor da University of California, Berkeley, Hany Farid, as imagens geradas por computador aumentaram exponencialmente e, à medida que a tecnologia evolui, é possível criar retratos cada vez mais realistas.
Perfis online fraudulentos são um bom exemplo. Fotos de passaporte fraudulentas. Ainda assim, as fotografias têm algum uso nefasto, mas onde as coisas vão ficar realmente horríveis é com vídeos e áudio.
Disse Farid.
Além de Hany Farid, também Sophie Nightingale da University of Lancaster participou no estudo.
Pessoas consideram rostos gerados por IA mais confiáveis
Durante o estudo, os investigadores realizaram experiências, por forma a perceber se as pessoas eram capazes de detetar a autenticidade de diferentes fotografias. Na primeira, aos participantes foi pedido que classificassem uma série de imagens como verdadeiras ou falsas. Das 800 imagens, a precisão média na deteção das fotografias foi de 48,2%.
Na segunda, os investigadores deram algumas dicas aos participantes sobre como poderiam detetar as imagens geradas por IA. Desta vez, a precisão na deteção de falsificações foi de 59%. Ainda assim, apesar das dicas, Farid notou que as pessoas tiveram dificuldade em escolher.
Por fim, foi pedido que os participantes classificassem a confiabilidade de rostos reais e de rostos gerados por IA. Com isso, os investigadores descobriram que as pessoas consideram as caras falsas 7,7% mais confiáveis do que as reais. Embora pareça um valor reduzido, é uma diferença estatisticamente significativa.
Ora, além de ser complicado, para as pessoas, detetar rostos gerados por IA, estas consideram-nos mais confiáveis do que os reais. Na opinião de Nightingale, uma vez que as tecnologias melhoram a cada dia, os investigadores e as empresas devem pensar seriamente nos problemas que poderão resultar da sua utilização.
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É expectável com a melhoria da IA.
Não me surpreende honestamente, tendo em conta que os humanos têm a capacidade de ver caras onde não existem, de formar objetos ou animais nas nuvens, et, mas sobretudo a facilidade de ver e “criar” rostos em algo em que nada se assemelha, na teoria, porque na prática nós criamos essa falsa imagem de um rosto humano, daí a existência também do uncanny valley. Por isso se AI consegue fazer uma coleção de rostos humanos e assim “criar” um, acredito facilmente que o consideremos real sem sequer questionar.
Pior que mortos ou zombies. The unborn.
Sempre houve essa dificuldade de distinguir rostos reais de falsos e vitimas foram aquelas que passaram a noite com o género errado. Todo o cuidado é pouco
A China apresentou há uns 4 anos uma IA que ia apresentar as notícias na televisão mas a maioria tem memória curta e esqueceram. Então foi de novo notícia há cerca de 2 meses que determinado apresentador nas notícias não existia em carne e osso, era um produto da IA, é que a maioria estava convencida que era real. Recebia inclusive imensa correspondência de assédio e propostas de fãs. Há quase uma década que num TedTalk apresentaram um Obama virtual que dizia com uma voz praticamente idêntica à de Obama e onde não faltavam o ênfase e as expressões faciais, o que era digitado. Se não houverem glitches que a denunciem, já ninguém consegue distinguir uma IA apresentada no ecrã da realidade.