A má fase da Starship chegou ao fim e o décimo voo foi um sucesso
O décimo voo da Starship foi de facto um sucesso e demonstrou que o foguetão pode lançar satélites Starlink. A SpaceX planeia lançar até 60 satélites Starlink V3 em futuras missões da Starship.
Depois dos falhanços, um voo exemplar
Após três tentativas falhadas e algumas explosões catastróficas, a SpaceX pode finalmente respirar de alívio. O décimo voo de teste da Starship cumpriu todos os objetivos que até agora lhe escapavam.
O maior foguetão do mundo não só descolou e alcançou o espaço, como também conseguiu lançar a sua primeira carga útil, reacender um motor no vazio e sobreviver a uma reentrada infernal.
Depois foi amarar de forma controlada no oceano Índico.
Liftoff of Starship! pic.twitter.com/d6d2hHgMa0
— SpaceX (@SpaceX) August 26, 2025
Super Heavy: potência e manobras arriscadas
À hora prevista, os 33 motores Raptor do propulsor Super Heavy ganharam vida, levantando a estrutura de mais de 120 metros de altura. Apesar de uma falha num dos motores a meio da subida, a missão não foi afetada, provando a redundância do sistema.
O propulsor regressou após a separação, não para aterrar suavemente, mas para completar manobras arriscadas.
O Booster 16 girou em pleno ar, testou a troca entre motores e acabou por “flutuar” sobre o oceano com dois motores antes de amarar. Um feito descrito como “fazer levitar um edifício de 20 andares”.
Watch Starship's tenth flight test → https://t.co/UIwbeGoo2B https://t.co/BFrpQPQFUw
— SpaceX (@SpaceX) August 26, 2025
Starship 37: carga útil e testes cruciais
Enquanto o Super Heavy completava o seu teste, a nave Starship 37 seguia para o espaço.
A abertura da baía de carga e o primeiro lançamento de uma carga útil foram momentos-chave: oito simuladores de satélites Starlink foram ejetados através de um mecanismo comparado a um "dispensador de rebuçados PEZ".
Este teste é vital para o futuro da nave como veículo de transporte pesado.
Preparada para lançar constelações Starlink
A SpaceX planeia colocar em órbita até 60 satélites Starlink V3 por missão da Starship, acrescentando 60 Tbps de capacidade à constelação — mais de 20 vezes o que o Falcon 9 consegue com os satélites v2 mini.
Além disso, o voo 10 voltou a demonstrar a capacidade de reacender motores Raptor no vácuo, essencial tanto para manobras de travagem como para futuras injeções translunares em missões Artemis da NASA.
Reentrada controlada e vitória para a SpaceX
Após uma hora de voo, a nave iniciou a reentrada a velocidades hipersónicas, fase em que as missões anteriores tinham falhado. Apesar de danos visíveis nos ailerons e na baía de motores, a Starship manteve o controlo aerodinâmico durante todo o processo.
Guiada pelos seus ailerons, atravessou o plasma incandescente com estabilidade e terminou com uma amaragem controlada no oceano Índico.
O simples facto de ter sobrevivido à reentrada e à amaragem, depois de três falhas consecutivas, é considerado uma vitória colossal. É a prova definitiva de que a Starship está pronta para iniciar os lançamentos de satélites Starlink.























Seria espetacular tentarem aterrar os 2 já no próximo voo
+1
Diria que foi parcialmente bem sucedida, pois ocorreram danos significativos nos ailerons durante a entrada na atmosfera. Para um veículo que pretende ser totalmente reutilizável, não podem ocorrer esses danos. E é um problema que já ocorre desde o início e que vai ser muito difícil de resolver. Outro dos problemas são motores que se desligam. Embora a nave possua redundância e tenha capacidade de perder algum dos motores, mostra que há ainda problemas nos Raptor ou então nos sistemas de integração dos mesmos. E os problemas estão a ocorrer ainda na ascensão. Há algo que me deixa muito reticente, vai ser com seres humanos. É que a Starship está concebida para ser agarrada pelo Mechazilla. Se houver algum problema que impeça essa manobra, não há outra forma de retirar as pessoas.
Eles fizeram um perfil de reentrada mais agressivo para recolher dados dos limites da Starship.
Mesmo neste perfil, foi o melhor resultado final dos flaps até agora.
Sobre os motores, ainda são os V2. Temos de esperar pelos V3 para perceber se a nova versão consegue resolver os problemas que têm tido.
Ou então introduzir novos problemas. Motores sem saias de proteção.
O maior problema nem foi esse: foram os 6 “dummy”, que ao serem largados, embateram nas portas e no dispensador. A própria SpaceX já estava aflita, ao 6, pois saiu e voltou a entrar, atingindo o dispensador. Lá voltou a sair, e passou, ao lado, dos flaps. Achei curioso, não mostrarem, as imagens. pois foram, pelo menos 3, que terão raspado num dos flaps traseiros. Depois disso, notou-se que o flap direito tinha levado um toque, sem que, os comentadores, falassem nisso. Com funcionou, para eles está 50000% bom.
Próximo voo: Outubro com 730 V2 Starlinks. Se correr bem, em Novembro serão 5000 V2 Starlinks. Depois, querem lançar 650000 vezes, por ano, com 80 a 200 V3 Starlinks, em vários casos com 500 lançamentos diários, de 6 bases, pelo mundo todo.
Só 650000 vezes ? Não seram 650 000 milhões de vezes ?
O sistema de dispensamento vai ser melhorado, aquilo era muito rudimentar e lento. Mas isso no meio de tudo é o mais simples de resolver. O pior mesmo vai ser impedir que os flaps continuam a esburacar na entrada e motores a falhar.
Convém lembrar que é ainda um protótipo, aliás este foi um dos últimos da versão 2, a versão 3 já será mais evoluída. Estamos a assistir a uma constante evolução desde o Zero (pelo menos no diz respeito à reutilização total e à magnitude do veículo).
Será mais evoluída, mas poderá trazer mais problemas. Muitas alterações também podem trazer novos problemas.
Ufa ainda bem que este tipo de tecnologia não polui nada ao contrário do carro da família do Zé das Iscas ir passear aos fins de semana.
Um foguetão é bem mais eficiente na combustão do que qualquer automóvel, ou até um avião. Neste caso a queima do metano, com a eficiência de um foguetão, gera valores de resíduos bastante reduzidos. Qualquer avião comercial gera bem mais gases.
Pois …
“Um voo completo da SpaceX Starship, que inclui o foguete Starship e o seu propulsor Super Heavy, pode gerar uma estimativa aproximada de 2.683 toneladas de CO2, além de cerca de 1,7 tonelada de óxido nitroso, gás com potencial de aquecimento global muito maior que o CO2. A queima do metano líquido (combustível da Starship) produz essas emissões, que apesar de menos poluentes que combustíveis derivados de petróleo, ainda contribuem significativamente para o efeito estufa, especialmente dado que essas emissões são lançadas em altitudes elevadas, onde o seu impacto pode ser potencializado. Em termos gerais, a emissão de uma única missão Starship pode ser algumas vezes maior que a de outros lançadores, devido à sua enorme capacidade e ao tipo de combustível usado.
Além disso, um acidente de voo da Starship (como uma explosão) pode liberar dezenas de toneladas de óxidos metálicos e óxidos de nitrogênio na alta atmosfera, substâncias que potencialmente danificam a camada de ozono. No geral, qualquer operação da Starship transita entre altos impactos ambientais diretos (tais como poluição atmosférica e aquecimento) e impactos indiretos, como a poluição de áreas protegidas por detritos e descarte de resíduos industriais próximos a zonas naturais protegidas.”
o que importa é que é eficiente 😀
Não resistes ao ódio de estimação hahahaha
A citação diz que para a mesma tonelagem de combustível o Super Heavy+Starship emite menos poluição que um avião. Mas polui, não emite vapor de água.
E que: “Em termos gerais, a emissão de uma única missão Starship pode ser algumas vezes maior que a de outros lançadores, devido à sua enorme capacidade e ao tipo de combustível usado”.
Já não se pode escrever “Pois … os factos são estes”?
SIM, mas é progresso.
“…2.683 toneladas de CO2…”
Coisa pouca. Dá para um carro a andar durante 3 anos.
Por falar em 3 anos, o CO2 libertado com os incêndios deste ano em PT chegava e sobrava para permitir a circulação do parque automóvel de Portugal durante 3 anos.
É bom notar q os automóveis estão sujeitos a milhares de taxas relacionadas com o CO2.
Quem é q paga o correspondente relacionado com os fogos e StarShips?
Deves ter trocado os kg por toneladas …
“Considerando uma quilometragem anual média de cerca de 15.000 km ano, a emissão total anual fica aproximadamente entre 1.600 kg a 1.700 kg de CO2” (1,6 ton a 1,7 ton). Seja o máximo:
2.683 ton / 1,7 ton = 1.578 anos para 1 carro – ou 1.578 carros durante 1 ano
Uau, que carro é esse ? não estou a ver um carro a fazer 16 milhões de kms em 3 anos.
E os incêndios dos outros anos dava para quanto ? e como evitar ?
E para quando foguetoes eletricos?? Esta na hora da tesla trocar a gasolina por baterias de sodio ou motores de ioes….ou afinal os eletricos sao inuteis?
a mercedes já tem um
Nem o avião privado dele é elektro, qt mais os foguetes loool
a questão aqui é, cada macaco no seu galho, eles usam motores eletricos nos flaps que foram desenvolvidos coma ajuda da tesla, mas para um rocket funcionar tens de expelir alguma coisa do escape e isso não vais lá com eletrico…
As leis da física não permitem. Será das poucas coisas que não será possível ser elétrica. Metano é um gás muito abundante e pode ser obtido inclusive de esgotos.
Elétricos são todos, conhece algum que não seja ?
Muitos parabéns Elon Musk, simplesmente brutal.
A NASA não tem 5% do orçamento…
Muito longe da realidade ,ainda falta o mais difícil …estes são voos quase sem carga , quando tiver de carregar 150 toneladas é que vai ser….uma coisa é ir vazia , ou quase , outra é carregada ….ainda está muito longe …para já nada que se compare com a carga do SaturnoV , só que esse nao era reutilizável…..veremos o que o futuro vai trazer
Já levou carga dummy desta vez.
Não percebo tanta euforia. Ponham os olhos no Armstrong. Fez bandeiras flutuar ao sabor do vento em sítios sem vento . E tinha botas com riscas de sola na vertical que replicam pegadas com as travessas na horizontal. Isso é q é de valor.
mas a bandeira não estava ao sabor do vento, ela abanou devido ao movimento de a por no chão, basicamente era inercia, mas sem atmosfera não havia resistencia para a parar então parecia estar ao sabor do vento, isso está mais que debatido, quando as botas, eles tinham mais que uma, quando saiam para a lua…
Das botas e de sola de riscas verticais que ficaram horizontais nas fotos nunca ouvi falar (Nem estou para ir ver a menos que ponhas um link para o “fenómeno”).
Agora das bandeiras a flutuar ao vento na superfície lunar é um clássico. Juro, juradinho, que começaram por ter uma haste para as esticar e depois uma malha de rede por dentro. Ninguém queria ver uma bandeira murcha 🙂
Há uns grupos no Facebook que também juram a pés juntos que a terra é quadrada, talvez lá lhe ajudem a obter as respostas que procura.
Por acaso a bandeira tinha um aste para a manter direita, as pessoas da altura já sabiam que na Lua não havia vento para esticar a bandeira.
Espero que não seja daqueles que não acredita que foram à Lua e ainda vêm com teorias absurdas.
Já agora, não faz sentido gastar biliões de dólares em algo que já foi feito.
Desculpe-me, mas aonde alguma vez viu botas com riscas na vertical? Os astronautas tinham vários pares, nenhum com riscas na vertical, pois não fazem sentido algum quando se pretende ter tracção.
Boas notícias. Já pode ir com os colegas fanáticos para Marte. Viagem só de ida.
Então quer ir com eles ? é que aqui o fanático é o secalharya.