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Produção de eletricidade a carvão não teria evitado o apagão

                                    
                                

Autor: Pedro Pinto


  1. V says:

    Publicidade às renováveis.
    É importante que haja renováveis mas como são intermitentes têm de estar equilibradas com outras fontes
    Sejam sérios.

    • Pedro Pinto says:

      Também há negacionistas nas eólicas? 😀

    • Vitor M says:

      E não só, as Aelicas para além da poluição sonora,visual, avariam com grande frequência, e o custo da electricidade é tremendamente alto!!

      Para um Alemão, talvez, mas mesmo eles estão a mudar para a China e EUA porque o custo da Energia não lhes permite viver..
      Agora imaginem como fica o Português, com 820€ de salário, renda da casa a 900€, e custo alimentar e electricidade dos mais altos da Europa…

      Só uma palavra…Escravos

      Se queres energia barata, aposta por exemplo no Nuclear, com centrais modulares de uns 200-400MW cada reactor..
      Instalas um, precisas de mais, instalas outro, e por ai a fora.
      Se vires que vais precisar de muito mais do que isso, agora ou num futuro próximo, tipo 20-30 anos, começa a pensar noutra solução, talvez reactores de maior capacidade tipo 1.5GW, cada reactor.

      Nessa casa instalavas logo 1.5GW, e eventualmente depois podias cubrir com reactores modulares, em horas de ponta, ou algo assim.

      Ai a Electricidade é barata, e já dá para muito carro eléctrico, caso contrario, vais ter de escolher, se queres lua em casa e nas empresas, ou se queres carros electricos..

      • V says:

        Para isso, os media (jornalistas) têm também de ser mais objectivos, científicos, e não demonizarem a energia nuclear só por causa das audiências.
        A tecnologia nuclear mais recente é fantástica e, antes que façam a pergunta do costume, não me importava de ter no “quintal”.

        • João says:

          Pois, é verdade que os media apoiam o lobie, ou seja, não são Jornalistas.

          Mas nos dias de hoje, também é verdade que as pessoas podem usar as mãos e o cerebro, e consultar a Internet, e com o tempo ficam esclarecidas.
          O problema parece-me a mim, é que o povo não é autosuficiente, no que toca a encontrar soluções, parece que precisa sempre de suporte das televisões,etc..

          É uma pena, porque depois o povo sofre.

      • Grunho says:

        É o preço que os portugueses estão a pagar por viverem debaixo de um regime capitalista. E continuam a votá-lo!

  2. Sérgio V. says:

    Será que não? Ou é só para “calar” alguns?

  3. Técnico Meo says:

    Li algures senão mesmo aqui que para arranques a seco deveriam ser turbinas de produção a gás com alguma magnitude, preferencialmente. Todas as fontes de produção são boas, é preciso desenhar bem a rede e não andarem relaxados para situações fora de escala. Citando a serie Chernobyl, 13 horas de apagão ( média), not good, not terrible….

  4. Filipe says:

    Não se conseguiria resolver o problema com maior rapidez, mas a verdade é que o apagão não aconteceria sequer com as centrais a carvão.

    A transição energética deve sim acontecer, mas não deve ser feita à pressa. É preciso garantir que a quantidade de energia produzida e a estabilidade da rede é idêntica ou superior.

    • Max says:

      Eu também sou engenheiro de som. Dou lições sobre redes elétricas 😉

    • Mário says:

      Acontecia na mesma. Tanto que chegou a acontecer no passado. A central a carvão apenas podia ajudar na reposição mais rápida. Mas não teria evitado. Podemos sempre ligar Sines novamente. Depois não se queixem é que o preço da energia sobe.
      A preços de hoje iria entrar á rede a uma media de 150€ MWh , considerando o preço médio do carvão e do CO2

      • Yamahia says:

        Produzir o kWh a carvão anda na casa dos 4 cents, ou seja 40€ o kWh.
        A taxa de carbono é só para sacar dinheiro. China, India, Africa do Sul, Zimbabué, Birmânia, Zâmbia, Laos, Marrocos etc estão-se bem a barimbar para o CO2.

        • Yamahia says:

          *40€ o MWh.

        • says:

          E quanta custa tratar um doente no SNS por doenças ou sintomas causados pela poluição do ar?
          Alguns desses países que referes são dos mais poluídos do mundo, ao ponto de terem cidades cobertas de smog e taxas de doenças relacionadas com a qualidade do ar absurdamente altas?
          Aqui na minha zona havia uma lixeira municipal onde era recorrente queimarem o lixo. Também reduzia os custos, será que devemos voltar a isso?

      • Joao Ptt says:

        CO2 é essencial para as plantinhas existirem!

    • luisa says:

      Primeiro.. ninguém sabe ao certo o que se passou na rede durante o grande apagão e existe muita contra informação desde essa altura… segundo a rede trabalha em equilíbrio e é isso que mantém a frequência estável, um desequilíbrio na produção ou no consumo provoca uma queda ou aumento da frequência da rede e por consequência desliga as centrais ou alguns ramais de forma a Proteger as restantes centrais..
      por isso, essa conversa de produzir energia superior é conversa da treta… ou existe equilíbrio ou a rede desliga se, ponto!

  5. Mário says:

    Como é Espanha já admitiu que foram os Israelitas?

  6. Yamahia says:

    “…Segundo o Presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, Pedro Jorge…”
    Pois sim, conta-me histórias. És tu e o secretário-geral da Aliança Solar Internacional. Td farinha do mesmo saco:
    https://youtu.be/w59Yp8087V0?si=q15RbpykZ-bKxpSO

  7. Max says:

    O que aprendi com o apagão:
    – A rede elétrica ibérica tem custos de produção de energia elétrica mais baratos que a da rede elétrica europeia. Isto deve-se principalmente às centrais solares no sul de Espanha
    – Por causa disso, ou seja, para evitar a concorrência, a França, que optou pelas centrais atómicas, opõe-se a uma maior interligação entre a rede elétrica europeia e a rede elétrica ibérica
    – Espanha e Portugal pediram a Comissão Europeia para pressionar a França e obrigar a uma maior interligação entre a rede ibérica e a rede europeia. Essa maior interligação, para além de aumentar as vendas de energia elétrica para a rede europeia, permitiriam, em caso de apagão geral, como o de 28 de abril, reiniciar a produção das centrais de produção de elétrica dos dois países de forma mais rápida, com um maior contributo da energia elétrica vinda da rede europeia.
    – Há hora do apagão, de 28 de abril, Portugal estava a importar de Espanha cerca de 1/3 da energia consumida. Segundo o post, o Presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis diz que se Portugal tivesse centrais a carvão a funcionar também teriam sido automaticamente desligadas, ou seja sofriam também o apagão. Estou em crer que sim, porque o apagão é semelhante a, por razões de segurança, sucessivos disjuntores da rede elétrica se desligarem.
    – A fase seguinte, após o apagão geral, é o restabelecimento da produção da energia elétrica das várias centrais – em Portugal a partir de duas centrais preparadas para arranque autónomo: a termoelétrica da Tapada do Outeiro e a hidroelétrica de Castelo de Bode.
    – O que diz o dito Presidente é que uma central a carvão para servir de central de reinicialização do sistema, a par dessas duas, não dá, porque demora 12 horas. Assim, conforme diz, uma maior interligação à rede europeia, com energia elétrica para permitir essa reinicialização é a solução. Ou, como foi, também dito, pagar para ter mais centrais para esse efeito, para além da Tapado do Outeiro e Castelo de Bode.

    • Yamahia says:

      Uma central a carvão, mesmo que não esteja a produzir em pleno , ou seja, mesmo que esteja em modo de ralenti, mantém a inércia e consegue restabelecer ligações rapidamente. Obviamente, se estiver completamente desligada, vai demorar as tais 12 horas a arrancar. Mas deixá-la desligada e a apodrecer não é, de todo, a função de uma central inserida num sistema que se pretende resiliente e estável.
      Quanto a custos, só acredita quem quer. Produzir 1 kWh a carvão custa 4 cêntimos. Hoje, só para alimentar o “terrível lobby climático” instalado a que chamam ‘redes’, pagas ≈12 cêntimos por kWh , mesmo que as centrais solares ou eólicas estejam paradas. Ou seja, estão sempre a mamar mesmo que vás comprar a Espanha, a Marrocos ou à Conchichina.

      • says:

        Tens razão que (provavelmente) seria mais rápido, mas quanto custa manter essa central a carvão em modo ralenti? Daí o governo ter aprovado um plano para ter mais centrais em black start com um custo de muitos milhões só para manter o sistema em prontidão e sem gerar energia. É como nós em casa termos um gerador. Mesmo que não seja necessário, é preciso fazer manutenção, ligar regularmente (1 vez por semana/1 vez por mês…) e fazer testes de conectividade. E, dependendo da dimensão do sistema, ter técnicos (obviamente pagos) a monitorizar tudo.
        Daqui a 20 anos quando tivermos gasto 500 ou 1.000 milhões de euros com centrais que “estão paradas” se calhar a opinião é outra. É um mal necessário, mas precisamos mesmo de mais?
        No lado inverso, parte do problema do apagão poderá ter sido a energia nuclear. Não vou entrar em discussões sobre se devemos ter mais ou menos, mas a energia nuclear não é a última coca cola do deserto. É barata, +/- segura (não vamos discutir isso agora) mas tem também um grande senão. Não se pode parar em minutos e é difícil “reduzir” a produção. Mais demorado ainda é voltar a arrancar. Por isso França e Espanha vendem a energia nuclear aos desbarato quando não é necessária. Porque se não a despacharem têm de desligar reatores e são precisos dias ou semanas para religar.
        No caso do apagão, o importante é deixar as entidades competentes analisar, apurar e acautelar medidas para o futuro. Já temos “bitaites” que cheguem. Mas sempre com o espírito de “sh*t happens”. Um evento destes pode e vai acontecer no futuro. Nada é infalível. E 1 vez em 20 e tal anos não me parece nenhum fim do mundo em cuecas. E no fim de contas, até acho que o sistema nacional esteve bem. Acima de tudo não houve danos. Desligaram o sistema elétricos para evitar males maiores e fizeram uma reposição célere, mas com a calma necessária para que não houvessem percalços. Tudo correu pelo melhor. Podiam ter acelerado a reposição e ter rebentado sistemas críticos, e aí seria bem, bem pior. A pressa nunca é boa conselheira. Bem sei que o apagão causou inúmeros problemas, mas temos de viver com isso, manter a calma. Se calhar devemos estar mais preparados (para apagões e outros eventos) mas a nível individual.

        E não sei onde foste custar esse valor dos 4 cêntimos por kWh, mas simplesmente não…
        https://eco.sapo.pt/2025/05/05/carvao-ja-mal-entra-no-mix-energetico-e-poluidor-mais-caro-e-nao-ajuda-nos-apagoes/

        Além disso, eu pessoalmente gostaria de deixar algum planeta para quem vier a seguir. A energia solar e a eólica não são perfeitas, mas parecem-me bem melhores que queimar toneladas de petróleo ou carvão a céu aberto. Mas é só a minha opinião.

  8. PJA says:

    Energias renováveis exigem fontes controláveis pelo operador da rede, seja centrais a carvão, gás, ou melhor, hídricas, ou ainda melhor, baterias, ou mesmo hidrogénio.
    Dito isto, já se sabe a causa do apagão? Se não, como é  que se sabe se evitava ou não? Eu não sei.

    • Max says:

      Relativamente a Portugal sabe-se. Na altura do apagão 1/3 da eletricidade consumida estava a ser importada. Essa queda brusca da oferta provocou um desiquilíbrio relativamente à procura que levou a que todo o sistema se desligasse por razões de segurança.
      Relativamente a Espanha, as várias investigações prosseguem, ainda não há conclusões. Basicamente, as questões são: a) sabe-se que houve uma enorme perda de geração de energia solar – o que a causou? b) quais foram as falhas na rede elétrica espanhola relacionadas com o colapso?

    • acs says:

      Claro que se sabe mas o governo espanhol não quer que se saiba porque tem culpa no cartorio com a senhora que elegeram para gerir a rede eletrica. A tecnologia ainda não está preparada para irmos a todo o gás para as renovaveis. A renovaveis devem ser usadas para baixar os preços mas nunca tentar ir 100% como foi em espanha porque quando isso acontece ha o grande risco que tivemos à um mes.

      Se querem ver a dificuldade que é lidar com certas renovaveis e os vários desafios que ainda temos de enfrentar pode ver este video: https://www.youtube.com/watch?v=7G4ipM2qjfw

      • says:

        E porque não ir a 100%?
        A Islândia produz 0.02% da sua energia com combustíveis fósseis. 0.03% com eólicas, 31.16% com geotermia e 68.79% com hidroelétrica.
        E ainda assim estão a apostar em força em instalações solares, especialmente pequenas instalações para auto-consumo ou com venda do excedente.
        E nós cá em PT temos enorme potencial para geotermia nos Açores. Também temos no continente, se bem que poderá ser menos viável. Mas temos.

        • Yamahia says:

          Geotérmicas é basicamente para aquecimento. A electricidade e praticamente vtoda hidroeléctrica.
          As centrais hidroeléctricas tem o poder de gerir a inércia ao contrário das eólicas e solares.

          Depois de verificar o q se passou na península, o UK resolveu arrepiar caminho e apostar a sério em sistemas resilentes.

  9. Técnico Meo says:

    Tenho lido coisa muito boas sobre uma central nuclear com base em ” sal” nuclear “. Extremamente seguras. Valia a pena um artigo sobre isso. Mas também não servia para um cold start.

    • says:

      A tecnologia já é antiga e se ainda não chegou à grande escala é porque não é viável, ou porque não interessa. Não nos podemos esquecer que algumas tecnologias de centrais nucleares têm um potencial muito “interessante” para a produção de combustível para uso militar. Outras nem por isso, o que automaticamente as faz muito menos interessantes (por muito boa que seja a tecnologia). Infelizmente o potencial uso militar ainda é um fator muito importante. Países como o Reino Unido e a França optaram pela energia nuclear a pensar primeiro no potencial bélico.
      Por outro lado, e por muito que não queremos pensar nisso, o potencial risco de centrais nucleares apesar de diminuto, existe e com consequências muito nefastas. Mas também, os acidentes nucleares que ocorreram, ocorreram por erro de conceção, erro humano ou falta de manutenção.
      Chernobyl foi um misto de erro de conceção e erro humano. As lideranças soviéticas estavam mais que avisadas dos perigos daquele tipo de reator. Além disso, o acidente ocorreu durante um “teste” em que excederam os parâmetros de segurança desse mesmo teste.
      Fukushima foi erro de conceção. A central aguentou o terramoto bastante bem e até teria aguentado o tsunami se os geradores de emergência não estivessem na cave. Obviamente que não estariam à espera de um tsunami tão grande (haviam muros de proteção que se aguentaram bem, mas que foram baixos). Depois do evento é também fácil concluir os erros, mas é daqueles que parecem básicos.
      3 mile island foi um misto de falhas de sistemas de segurança, má conceção de sistemas de alarme e falhas humanas em detetar o problema e nos procedimentos de emergência.
      Windscale foi um empilhar de erros, falhas de conceção, procedimentos e muitas asneiras. Além do secretismo ligado à produção de armas nucleares.
      Mas há outros. Kyshtym na união soviética ainda hoje é o terceiro mais grave incidente nuclear (e ainda pouco se sabe mas é potencialmente o mais mortífero). Isto para já não falar dos acidentes em contexto de pesquisa, de enriquecimento de combustível e de reatores nucleares em (quase todos???) os submarinos russos. E ainda mais os que não se sabem.

  10. FnF4ver says:

    Mas a fantochada das eólicas (que têm um custo de manutenção elevado e perturbam o meio ambiente) dão muito dinheiro aos políticos. Portanto são a “solução” para o país.
    #SóQueNão

    • says:

      As energias renováveis que temos (eólica, solar e hídrica) são, no atual contexto, as únicas que garantem alguma autonomia energética para o país, até porque temos bastante produção de painéis solares e geradores/torres eólicas no nosso país. Mas não produzimos carvão, não produzimos gás natural, não produzimos petróleo. Nem sequer temos condições para produzir combustível nuclear (e dificilmente teremos porque a tecnologia é bastante controlada). É que para produzir energia com combustíveis, temos de o comprar. Para isso mais vale comprar a eletricidade já pronta da Espanha que ainda fica mais barata.
      Portanto, com as renováveis até estamos é mais resilientes e independentes. E alternativas “nacionais” só se for biomassa, energia de marés e correntes e alguma geotermia no continente. Aliás, temos as ilhas dos Açores alimentadas quase em exclusivo por geradores a gasóleo quando várias delas têm mais que condições para a produção de energia elétrica por geotermia, tal como se faz (por exemplo) nas Islândia.

  11. Yamahia says:

    Para reflectir:
    “…”Isto não é ambientalismo, é guerra económica. O Partido Comunista Chinês está a usar organizações sem fins lucrativos norte-americanas para nos tornar dependentes das suas cadeias de abastecimento, desde painéis solares até baterias de veículos elétricos, enquanto os nossos decisores políticos caem diretamente na armadilha”, afirmou Michael Lucci, CEO da State Armor, entidade responsável pelo relatório. …”
    https://justthenews.com/politics-policy/energy/group-ties-chinese-communist-party-part-climate-network-influencing-us

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