Mais uma fabricante chinesa na Europa: marca premium quer 12 modelos em 5 anos
Apesar de nem todos estarem convencidos, nem tampouco rendidos, as propostas de carros chineses têm conquistado a Europa, com várias marcas a registarem bons números em matéria de vendas. Agora, espera-se a chegada de mais uma: a Hongqi.
Comercializada apenas em alguns países da Europa, a chinesa Hongqi pretende lançar 12 modelos em cinco anos, como parte de uma maior expansão na região para mercados como França e Alemanha. A marca premium, que integra o grupo estatal FAW, vai trazer-nos o sedan elétrico de tamanho médio EH7 e o SUV de tamanho médio EHS7 ainda este ano.
Atualmente, a marca chinesa, que iniciou a produção em 1958, já vende o grande SUV elétrico E-HS9 na Noruega, Suécia, Dinamarca e países do Benelux.
Segundo partilhado por Yang Dayong, diretor-geral da divisão de negócios no exterior da FAW, à Automotive News Europe, no Festival de Velocidade de Goodwood, na semana passada, o plano para a Europa inclui, também, vender híbridos plug-in.
A mesma fonte da Hongqi revelou que a empresa chinesa procura vendas anuais de 30.000 a 50.000 unidades na Europa nos próximos cinco anos. Nos primeiros cinco meses deste ano, a marca vendeu 207 unidades do E-HS9, segundo dados da empresa de análise de mercado Dataforce. Este modelo começa nos cerca de 60.000 euros, mas pode chegar a mais de 100.000 euros, consoante a versão.
De acordo com Giles Taylor, chefe de design da Hongqi, à Automotive News Europe, no evento de Goodwood, a fabricante chinesa conquistará clientes premium, na Europa, com base numa "equação de preço, qualidade e design". Na China, a sua atual gama de sedans e SUV concorre com marcas como a Audi, BMW e Mercedes-Benz.
Na perspetiva de Giles, que supervisiona o design da Hongqi desde 2018, quando se mudou da Rolls-Royce, onde exercia a mesma função, os novos modelos da marca chinesa são tão bons quanto os oferecidos por rivais europeus mais estabelecidos: "A China está agora em ascendência".
A era do copiador acabou, a era da disrupção acabou e estamos agora numa era global em que a China chegou.
Segundo Taylor, serão necessários cerca de dois anos para a Hongqi se estabelecer na Europa.
Novos modelos chineses chegarão em breve à Europa
O sedan EH7, que será lançado no outono, tem uma potência máxima de 619 cv na versão de tração integral com dois motores elétricos, com um tempo de 0-100 km/h de 3,5 segundos. A autonomia está estimada em 700 km, segundo os valores oficiais WLTP. É fornecido com um sistema de carregamento rápido de 250 quilowatts.
Devido às taxas impostas pela União Europeia aos carros importados da China, a Hongqi está a decidir se assegura as taxas adicionais ou se as transfere para o cliente: "Se o imposto for implementado sem quaisquer alterações, o preço do E-HS9 aumentará cerca de 20.000 euros", disse Alexander Bachmann, chefe de produto do importador dinamarquês Hongqi KW Bruun, à Automotive News Europe, no evento de Goodwood.
Apesar deste potencial aumento, a imposição de taxas "não altera os nossos planos, porque a estratégia é bastante clara", conforme assegurado por Bachmann.
Falou o instalador de routers e boxs chinesas…
sem a china não se teria desenvolvido o imperio capitalista do ocidente, isto já vem desde finais dos anos 80 e já em 90’s se falava da ascenção da china
É uma coisa chamada globalização aliado a um desejo de crescimento rápido e ganancioso por parte do Ocidente. Agora têm os frutos disso.
Isso alimentámos o monstro, e ele agora morde a mão, se não mesmo o braço. Sempre foi essa intenção. Paciência chinesa.
Eu evito ao máximo made in china se ele chegam ao poder estarmos todos os tramados….
O Pessoal ainda não entendeu que, quando a China tomar conta de tudo, a Europa afunda, e os belos empregos aqui do pessoal acaba.
´É mais do que evidente. Para quê mais marcas de automóveis? A Europa está cheia de carros! Chineses e para mais com aquele regime que nos trata há muito como inimigos, é que nem pensar! Deles, não quero nem um prego!
Infelizmente esta é só outra indústria que a China está a ultrapassar a Europa.
E já não vivemos sem eles, a começar pelos telemóveis/PCs de onde estamos a escrever…
Não será por decreto que se vai impedir isto…eles são mais baratos, mais eficientes(?), com mais capital, mais gente, e em certas indústrias estão vários passos à nossa frente.
Desculpem lá, esse modelo e para funerárias?
Uma pergunta se faz favor a quem saiba responder:
A Europa não vendeu carros em décadas na China…e quem é que colocou lá as fábricas ?
Reciprocidade comercial é para todos ou algum dos pseudo “iluminados” comentadores/profetas da desgraça não serão uns propagandistas da politica de “terra queimada”….Não há paciência …
Parece um bentley