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Farmácias Portuguesas “espiam” clientes. Será só agora?

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Maria Inês Coelho


  1. Pedro says:

    Só apresento o cartão no ato do pagamento e mesmo que assim não fosse, não vejo qualquer problema de “espionagem”.

    A maioria dos sites não fazem isso? Não é normal? Chama-se Business Inteligence e é utilizado para conhecer melhor o cliente para potenciar as vendas.

    Se o meu cliente de vinhos gosta muito mais de vinho tinto maduro, para que raio lhe vou enviar um email a convida-lo a comprar verde branco? O potencial de venda é muito maior se lhe der um desconto num maduro tinto.

    • José Rodrigues says:

      Sim, mas a partir do momento que isso é guardado em BD devia passar pelo selo de aprovação da CNPD.
      Aqui em Portugal brinca-se com este tema da privacidade e da segurança dos dados, em Maio de 2018 quando a CNPD passar a ser uma entidade reguladora ao estilo da ASAE e começar a fazer enforcing da GPDR que entra em vigor precisamente em Maio de 2018, aí vão passar a dar valor quando começarem a chover multas, no resto da Europa já se anda a trabalhar nesse sentido para não serem apanhados desprevenidos, por cá ainda só a SIBS veio a público largar o MBNET por causa da GPDR, há outras empresas grandes a fazerem algum trabalho em background, mas 99% das empresas Portuguesas, incluindo muitas públicas vão ser apanhados e vão pagar pesadas multas.

      http://eur-lex.europa.eu/eli/reg/2016/679/oj
      https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1385168
      https://en.wikipedia.org/wiki/General_Data_Protection_Regulation

      Applicability to EU citizens’ personal data (even if such data is processed outside of the EU);

      Explicit informed consent required to be given by data subjects to any entity that processes or analyzes personal data, with the ability to easily withdraw such consent (this could be particularly onerous and expensive to implement in connection with the entity’s employees);

      Right to compensation for monetary damages in the event that unlawful data processing occurs;

      Imposition of fines as high as 1 million Euros, or two percent of a company’s “total worldwide annual turnover of the preceding financial year” (in particular cases), for non-compliance;

      Mandatory risk assessments and in-house data protection officers for larger companies;

      In the context of cloud-based systems, direct accountability and reporting requirements for every person or entity that is part of the cloud “supply chain”.

      Be afraid, be very afraid 😀

  2. 111111a says:

    vocês são muito liberais com a palavra “espiar”

  3. P says:

    Não desculpando o programa, mas a Google espia os clientes, ou ajuda-os a obter um melhor serviço?

    È que isto é exatamente o mesmo que a Google faz.

    • Pedro S. says:

      A Google tem uma declaração nesse sentido em que uma pessoa concorda ou não..

      Este cartão é identico ao Continente… Publicidade dirigida à pessoa!!

      As farmácias hoje em dia é como ir a uma mercearia ou uma tasca… Enfim!!

      • kekes says:

        Isso não é de todo correcto. A Google faz tracking a pessoas mesmo sem conta e sabe os seus habitos.

      • Aguamenti says:

        Quando aderes ao Cartão, assinas um documento em como aceitas as condições. Se o pessoal não lê, também não digam que não lhes é dito nada. Está lá tudo escarrapachado!

  4. Manel says:

    LOL, e os cartões do continente, pingo doce, minipreço, etc ?

  5. Ruben says:

    Imagino, passo o cartão e começa a sugerir Viagra nos monitores… Era espetacular!

  6. JBC says:

    Onde não somos “espiados”?
    Quem não conhece os nossos hábitos de consumo?
    Desde as Finanças (via e-Factura), ao Google, aos bancos, a todos os sites que visitamos ou em que efectuamos compras, todos nos “espiam”. Porque é que as farmácias haviam de ser diferentes?

    Se não queremos ser “espiados”, teremos de deixar de usar a internet, de ter dinheiro nos bancos, de não usarmos cartões de crédito, de não pedirmos facturas, ou seja, teremos de voltar a viver como antes da era industrial.

  7. Homo Erectíssimo says:

    Só nos faltava cá esta !! Até nas farmácias.Enfim… 🙂

  8. Alvega says:

    Minority Report, há portuguesa.
    Nao é a 1ª vez que os meninos das farmácias, sao apanhados em ILEGALIDADES.
    Alguém tem de pagar o estilo de vida FAUSTOSO, patenteados pelos profissionais do sector, já para nao falar dos CONGRESSOS, vulgo férias há grande, em locais paradisíacos, que sao OFERECIDOS, aos Srºs Dtºs, que por sinal de tao preocupados com os UTENTES e com a sua SAÚDE, vao fazer greve, brevemente.

    A parte caricata da noticia, é a publicidade direccionada, para utentes, envelhecidos e com dificuldades económicas na sua maioria, que declaram dificuldades económicas e de pagamento , quando auscultados em inquérito.

    Podiam , aproveitar a dita “espionagem”, para direccionar GENÉRICOS, e produtos alternativos, com melhor relação qualidade \ preço. Claro que se nao é o que acontece, actualmente, é por certo esse o objectivo a longo prazo. Nao conhecesse-mos nós o METIER.

    • Aguamenti says:

      Vida faustosa dos profissionais do sector farmacêutico? Estamos a falar de farmácias comunitárias, um sector que se viu negro com a crise e cujos salários caíram desde 2012. Se estás a pensar noutras áreas do sector farmacêutico, não são para aqui chamadas.

      Quanto aos genéricos, se tivesses mínima noção de como funciona a dispensa de medicamentos, não dirias barbaridades. No acto da dispensa, o utente escolhe se quer genérico e pode escolher qual o genérico que quer (excepto se o médico “trancou” a receita para uma marca ou laboratórios específico sem activação da Excepção C). A melhor relação/qualidade é utópica: por Lei, todos os genéricos têm de ter o mesmo efeito, pelo que essa relação cai sempre no genérico mais barato. Se a pessoa o quiser, leva-o. Se quiser outro, leva outro! Há quem esteja habituado sempre às mesmas caixas, não querendo mudar: é à escolha do utente.

      Menos populismo, menos ignorância, mais conhecimento de causa.

      • Oliveira says:

        E já agora, menos “h’s” … (Há portuguesa, há grande)

      • José Rodrigues says:

        Por lei os genéricos não têm de ter o mesmo efeito, até porque isso é praticamente impossível terias de facultar a forma galénica aos laboratórios de genéricos para copiarem o medicamento, por lei os genéricos têm que ter efeito semelhante, podendo este variar em 20% a mais o efeito ou 20% a menos, a maioria dos casos os laboratórios pecam por defeito do que por excesso para jogar pelo seguro, o que significa que dependendo do laboratório e do organismo ou patologia da pessoa o genérico pode não ter o efeito desejado. Varia de caso para caso e como tal é que os médicos podem trancar ou o utente escolher o laboratório no acto de compra.

        As farmácias comunitárias viram-se negras e ainda veêm por culpa deles mesmos e da sua má gestão, quando pagavam a si e as filhos ou sobrinhos ordenados chorudos quando muitas vezes estes nem sequer trabalhavam na farmácia e quando se compram carros e casas em nome da farmácia, quando chega uma altura de apertar o cinto e muitos pura e simplesmente não sabem gerir um negócio acontecem as coisas que aconteceram, farmácias à venda por 1euro com 5M de dívida e coisas giras dessas.
        Temos pena 🙂

        • Filipe says:

          O “efeito” não é uma métrica nem é utilizado para comparar similaridade entre medicamentos genéricos ou de marca. Até porque o efeito pode dizer-nos mais sobre o doente do que sobre o medicamento. O que pode variar 20%, e que provavelmente estará a causar-lhe confusão, é a área sob a curva da biodisponibilidade em função do tempo. É uma métrica que é utilizada para aferir a correcta bioequivalência quer para genéricos, quer para medicamentos de marca.

        • JBC says:

          Por culpa de má gestão? Talvez algumas.
          Por culpa do governo da altura, que decidiu alterar a legislação no sentido de liquidar deliberadamente o sector das farmácias comunitárias propriedade individual de farmacêuticos e disseminadas homogeneamente por todo o país, favorecendo a criação dos grandes grupos económicos que detêm hoje, cada um, centenas de farmácias, estrategicamente situadas nos grandes centros populacionais.
          E não digo mais por causa das moscas…

    • Henrique Ferreira says:

      A margem de lucro de uma farmácia em Portugal é de 18%

      • José Rodrigues says:

        Coloca mais 50% em cima disso e estás correcto. Farmácia não é só medicamentos, cosmética, produtos de bebé e muitos outros não sujeitos a receita têm margens abismais.

  9. João Vieira says:

    Oh meus amigos somos espionados de todas as formas e feitios. Quando estiverem a 6 meses de serem país recebem em casa inúmeros folhetos de lojas de bebés sem falar no jumbo/continente a “oferecerem” fraldas.

    • José Rodrigues says:

      Chama-se BI.
      Esquecem-se daquele famoso caso do Walmart nos EUA que com base nos padrões de compras de um senhora mandou-lhe para casa uma carta de parabéns por estar grávida e uns cupões de desconto em produtos para bebés. Acontece que nem ela sabia que estava grávida, nem o marido, que por sinal não era o pai. Imaginam a indemnização? 🙂

  10. Pacheco says:

    O correio da manhã já se preocupou com o caryão sonae da wells?
    Será que a notícia tem mão desta gente?
    Quantos cartões espiões há neste país?
    A notícia foi paga?
    A minha opinião é que devem continuar cpm o cartão.
    Será que o articulista também usa o cartão?

    • Vítor M. says:

      Se foi paga… que deixem aqui a nossa parte 😀

      Bom, com o levantar do véu verás que muitos outros serviços vão ser igualmente revistos. O que foi aqui falado não se passa só numa “entidade”, a falta de privacidade é algo grave, então quando estão em causa dados relativos á saúde… e ainda pro cima com ligações aos sistemas do Estado… mais grave é. Se os outros vão ser falados ou não, tema ver com o serviço em si e a gravidade que possa ou não existir.

  11. Vitor Silva says:

    A empresa que mencionam aqui “A Glint, empresa de tecnologia do grupo ANF criou um programa” não será a Glintt?

  12. TC says:

    e o cartao continente ? nao faz o mesmo? faz muito parecido!

  13. falcaobranco says:

    Já me começa a enjoar a tecnologia…

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