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Estados-membros serão mesmo obrigados a excluir a Huawei da implementação do 5G
Face à fraca adoção das recomendações sobre fornecedores de "alto risco" na implementação de partes críticas das redes 5G, a Comissão Europeia poderá torná-las obrigatórias. Desta forma, os estados-membros poderão ser obrigados a excluir empresas como a Huawei da implementação do 5G.
Em Portugal, foi recentemente notícia que o Conselho Superior de Segurança decidiu que as empresas sediadas fora da UE, dos EUA e de outros países da OCDE deverão ser excluídas das redes 5G. Esta decisão terá como base as recomendações da Comissão Europeia, do não recurso aos chamados "fornecedores de alto risco", onde se incluem as empresas da China.
No entanto, parece que os estados-membros não estão a seguir estas recomendações, pelo que poderão passar mesmo a ser obrigatórias.
O Financial Times avançou que a medida esta a ser analisada porque apenas um terço dos países da UE já impediu o uso de tecnologia de marcas como a Huawei das partes mais críticas das redes. Estas terão sido informações partilhadas ao jornal por "responsáveis com conhecimento das discussões" que estão a decorrer atualmente.
O jornal refere, no entanto, ser improvável que a Comissão obrigue os estados-membros a tomarem medidas durante o seu atual mandato, que termina em 2024.
O problema da Huawei, por exemplo, é um dos mais sonantes, principalmente pela intervenção dos EUA. O governo norte-americano, acredita que a empresa pode ser um veículo de espionagem ao serviço do governo chinês.
A Huawei continua a negar a ligação. Por exemplo, no caso das restrições já conhecidas em Portugal, a empresa referiu em comunicado que "não teve conhecimento prévio e não foi consultada sobre este assunto" e que ainda está a recolher informação "sobre a natureza da avaliação" e espera continuar a servir os clientes portugueses.
No Twitter, Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia para uma Europa apta para a Era Digital, felicitou na altura o conselho de cibersegurança de Portugal pela sua decisão.
Recorde-se que, há 3 anos, em 2020, a UE acordou um conjunto de recomendações apelidadas de "5G Toolbox", que previa a exclusão de fabricantes considerados de alto risco do núcleo das redes 5G.
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Vai-se falando sobre a questão os equipamentos da Huawei nas redes de comunicação, em particular no estratégico 5G, que: “O governo norte-americano, acredita que a empresa pode ser um veículo de espionagem ao serviço do governo chinês”.
Não ponho de parte mas, o que tenho como certo é que – redes de comunicação seguras e redundantes – são um (dos seis) factores fundamentais num conflito futuro de grandes proporções envolvendo uma grande potência.
Em caso de um conflito destes (para não lhe chamar guerra), com a China – e sendo os equipamentos de comunicações sujeitos a atualização de firmware, alguém garante que o governo/militares chineses não ordenam à Huawei que dificulte/paralise as comunicações inimigas? Alguém já confirmou se, pelas mesmas razões, a China exclui equipamentos dos EUA/UE/NATO das suas redes de comunicação estratégicas?
O Conselho de Cibersegurança de cá diz que elaborou um relatório. Gostava de o conhecer para saber quais foram, todas, as razões para recomendar a exclusão e retirada de equipamentos da Huawei das redes de comunicação (o que, obviamente as encarece).
Se fossem só firmwares estava tudo bem, o problema é mesmo poderem ser martelados com chips que enviam o tráfego para agências de espionagem, a NSA fez isso nos USA com routers Cisco e foi o que foi, fazer isso noutras nações pode ser considerado acto de guerra.
Concordo em pleno com a medida mas também concordaria se a ameaça fosse meramente económica, está na hora de acabar com a dependência da China e das duas empresas ligadas ao PCC.
Como dizia noutro comentário, temos para além das questões económicas e de espionagem e segurança geral as questões de desinformação por manipulação subtil da informação (ver o meu comentário mais ao fundo). A última pode demorar até muitos anos ou mesmo décadas a revelar-se decisiva, mas é uma ameaça bem clara para quem conhece as intenções básicas das propagandas autocráticas.
A Europa a colocar-se ao lado dos EUA na guerra económica entre China e EUA.
E muito bem. São nossos aliados. 1000x os EUA do que a China comunista.
Sim foi a decisão natural.
1ª Guerra Mundial – logo ali tropas dos EUA no 1º dia
2ª Guerra Mundial – logo ali tropas dos EUA no 1º dia
À 3ª pode ser que nessa entrem no primeiro dia ou vamos ter que esperar como nas outras, por dias, semanas e mesmo anos…………
É bem pior do que apenas uma guerra económica, é uma guerra civilizacional entre democracia e autocracia (ver o meu comentário mais abaixo sobre o tema).
Talvez seja veremos mas foi a decisão natural ficar ao lado do parceiro.
Então temos a Huawei porque é chinesa vai fora entra a Nokia e a Ericsson com a certeza de que os equipamentos feitos na China , mas sem qualquer problema.
Então pq não só aceitar tecnologia Europeia?
Os especialistas podem não ser omniscientes, mas também não são parvos. As proibições podem começar apenas numa ou duas empresas, mas certamente se alargarão a potenciais ameaças equivalentes, se as houver. Noutras situações, por exemplo nas sanções económicas, as listas de empresas sancionadas vão sendo atualizadas ao longo do tempo. Pode não ser de forma perfeita, mas é de forma minimamente inteligente.
Toda a gente com dois dedos de testa sabe que a Huawei, ZTE e outras que tal, são ferramentas do estado chinês, aliás tudo aquilo que vem da China é controlado pelo estado chinês, basta olhar para o caso a Alibaba e fica tudo esclarecido, o Jack Ma é um pião do estado chinês, no papel ele pode ser o dono na realidade não é, basta ver o que aconteceu à IPO da Alibaba. o Ocidente já devia de ter acordado para este problema há muito tempo e ter limitado os negócios com a china.
Toda a gente com dois dedos de testa sabe que os teus “argumentos” não têm qualquer lógica.
Toda a gente que defende ideias contrárias às que são apresentadas não as pode refutar sem argumentos. Dizer que os argumentos de TT não têm lógica sem qualquer argumentação é fútil, Maria.
TT, toda a gente sabe que qualquer empresa americana está obrigada, nem que seja pela porta do cavalo, a ceder e dar as informações que forem pedidas.
Ah e tal mas a Apple fez isto e aquilo e não deu nada.
Não sabemos o que deu nem o que não deu.
O que eu sei é que pela patriot act ou lá o que é, não aceder às ordens do governo é traição porque põe em causa a segurança dos estados unidos
Uma coisa eu garanto, se o governo dos EUA quiser mesmo, mas mesmo a sério, informações de um empresa americana, podem ter a certeza que essa empresa vai dar tudo o que eles pedirem.
Ou isso, ou vai lá uma brigada das finanças descobrir contas marteladas e vai tudo preso pro resto da vida.
Além das fotos íntimas que foram descobertas e são escandalosas…
Já estão a ver o filme, não é?
Abram mas é os olhos.
Quem foi apanhado com as calças na mão a espiar tudo e todos foram os EUA.
Claro… Há que fazer o que os EUA querem.
A UE acabou há muito tempo…
Estas guerras comerciais so vao sair caro a nós consumidores.
Até hoje qual foi a real ameaça ou prejuizo de usar equipamentos da china? Porque fala-se da espionagem chinesa, mas é a usar produtos americanos que temos verdadeiras leaks de informação e falhas na proteção de dados, seja nos serviços META, whatsapp etc. Que escandalos temos de marcas chinesas ou que problemas já tivemos com isso?
A china está mais interessada em ter infos dos EUA do que da Europa ou até Portugal.
Tudo isto é parvo e mais ainda é preferir-se aceitar espionagem americana do que chinesa quando na verdade a America é que tem feito os maiores danos mundiais (causadora de guerras e afins)
Olá, Ana Rita!
Lê o artigo https://www.theregister.com/2023/03/29/china_tiktok_trojan_horse/ Não é minha intenção deixar ninguém demasiado assustado com o tema, mas pode demorar anos ou décadas a revelar-se essa tal ameaça, mas não é por isso que ela deixa de ser real. É óbvio que temos mais dificuldades em conhecer potenciais escândalos de países autocráticos do que de países / instituições europeias, pois a circulação da informação é muito mais fácil nos últimos do que nos primeiros, onde há uma grande censura da informação.
O problema é não só de segurança em termos de espionagem ou controlo das infraestruturas em situação de conflito, mas também de desinformação pela manipulação subtil da informação das comunicações tentando desacreditar as democracias e fazer ver numa “luz” artificialmente melhor (e esconder as atrocidades das) autocracias. Veja-se o exemplo do TikTok; se tiverem curiosidade, leiam este artigo: https://www.theregister.com/2023/03/29/china_tiktok_trojan_horse/
“ Huawei Technicians Helped African Governments Spy on Political Opponents”
Abc
Os ditadores norte-americanos a mandarem no mundo alinhado
E juntinhos, caminhando a passos largos para o abismo civilizacional