China relocaliza temporariamente um quarteirão inteiro com edifícios incluídos
Como se move um complexo centenário de edifícios em tijolo, com 8.270 toneladas e 4.030 m², para construir por baixo um centro comercial subterrâneo, parque de estacionamento e ligações ao metro? A China diz-nos!
Na China os impossíveis são um desafio
Bom, se há país onde tudo isto tem dimensão para acontecer é na China. E foi exatamente isso que os engenheiros da Shanghai Construction No. 2 fizeram, em Xangai.
O complexo Huayanli, de estilo Shikumen, fusão entre casas ocidentais em banda e pátios chineses, típicos da classe média urbana, construído nos anos 1920-30, teve de ser temporariamente deslocado para dar lugar a um empreendimento subterrâneo de 53.000 m².
Tecnologia 3D e robôs autónomos ao serviço
Foram utilizados scanners 3D, robôs perfuradores autónomos, quilómetros de tapetes rolantes para remover terra e destroços, e IA capaz de distinguir tipos de solo.
O destaque vai para 432 pequenos robôs hidráulicos “andantes”, que sustentaram todo o quarteirão enquanto avançavam a um ritmo de apenas 10 metros por dia.
Há um vídeo em time-lapse no site do governo de Xangai.
Estes “robôs” são, na verdade, macacos hidráulicos modulares omnidireccionais, com capacidade para erguer cerca de 10 toneladas cada. Sensores monitorizam pressão, vibração e alinhamento, enquanto uma IA central coordena os movimentos de forma sincronizada. Não se conhece ainda a empresa responsável pelo design dos robôs.
O processo iniciou-se no final de 2023, com a deslocação do quarteirão cerca de 48 metros para oeste e 46 metros para norte. A “caminhada de regresso” começou a 19 de maio deste ano e terminou 19 dias depois, a 7 de junho, com o edifício colocado de novo sobre os alicerces originais.
Não é a primeira vez que se movem estruturas deste porte. Em 1985, o Fairmount Hotel, no Texas, foi transportado sobre rodas por seis quarteirões, num processo de seis dias com camiões, gruas e cabos, ainda hoje é o edifício mais pesado alguma vez movido sobre rodas: 1.450 toneladas.
Já em 1930, a Indiana Bell girou a sua sede de sete andares em 90 graus para construir um novo edifício ao lado, tudo isto enquanto o serviço telefónico se mantinha ininterrupto. O edifício foi elevado com macacos e rodado sobre vigas de abeto com rolos hidráulicos, sendo depois demolido em 1963. Ironia: no local está agora um edifício da AT&T.
A china já está em 2050.
+1
Brutal.
A China pode fazer mas não tem capacidade para agarrar as tampas às garrafas. A UE é muito mais evoluída graças a esta invenção nunca vista
A porta é a serventia da casa, emigra para a China e sê feliz
Não é nada de novo nem a tecnologia é inovadora. Já se fazia isto há mais de 100 anos (até bem antes, mas a força de braços). É uma questão de vontade de dinheiro. Aqui por Portugal não temos qualquer necessidade de fazer algo do género. se calhar a china também não, as propaganda institucional dá sempre jeito para aqueles lados.
E sim, a EU é mais inovadora por ter as tampas de plástico agarradas às garrafas. Chama-se a isso trabalhar para as pessoas e muitas vezes é preciso ir às coisinhas mais insignificantes. Que pelos vistos são importantes o suficiente para algumas pessoas andarem sempre a falar mal delas.
Nem o assunto é sobre garrafas nem a questão das tampas tem a ver com desenvolvimento tecnológico.
Está o oceano pacífico cheio de plástico à conta disso. É só sacas e saquinhas chinesas, tampinhas e garrafinhas.
Não há respeito.
e nós aqui à rasca para fazer um aeroporto há 50 anos
E se calhar nem precisamos deles para nada, visto que há aeroportos mais pequenos e com mais voos pela Europa fora. Além de termos capacidade para dispersar o tráfego aéreo dentro do país, haja vontade.
O problema do “novo” aeroporto é que insistem em mudar os governos e depois a “necessidade” de construir o novo aeroporto nos terrenos de um amigo vai mudando o local consoante a cor política. Até a fundação mário soares em tempos se meteu nisso (alegadamente).
Hoje movem um bairro, amanhã movem o planeta todo um pouco para o lado para fazer umas obras e depois metem novamente no sítio.