Setor tecnológico não escapa: profissionais relatam dificuldade em arranjar trabalho
Poderá pensar-se que a indústria tecnológica assegura estabilidade. No entanto, o cenário não parece ser assim tão linear, com profissionais a relatarem dificuldades em arranjar trabalho.
Antigos profissionais do setor tecnológico de Silicon Valley, cujos empregos se pensavam ser garantidos, têm enfrentado um mercado de trabalho verdadeiramente competitivo.
Durante vários anos, a indústria tecnológica esteve em plena expansão. Alimentadas por generosos subsídios do governo e pelo potencial da economia, as empresas tecnológicas começaram a contratar, prometendo folgas ilimitadas e oportunidades de crescimento em escritórios onde imperava a liberdade.
Conforme se lê num artigo do The Washington Post, "o sucesso aparentemente imparável das grandes empresas da Internet, como a Meta, a Google e a Amazon, fez parecer que a indústria estava imune aos cortes cíclicos que afetam outros setores".
Agora, no entanto, uma onda curiosamente grande e quase rotineira de despedimentos está a abalar a indústria tecnológica, à medida que as startups procuram o sucesso e as gigantes tecnológicas direcionam uma grande parte dos seus orçamentos para a Inteligência Artificial.
Um dos exemplos, citado pelo órgão de comunicação social, é o de Daelynn Moyer, ex-diretora de engenharia do Indeed. A trabalhadora de 55 anos contou que começou a considerar vender a sua casa e reformar-se mais cedo, após 140 candidaturas de trabalho não terem dado frutos.
Além desta, outros profissionais têm recorrido às redes sociais para partilharem a sua jornada na indústria tecnológica, desde despedimentos até à pressão exercida pelo setor.
Estou a tentar deixar a tecnologia. Estou esgotado com o longo processo de entrevistas e depois com as rejeições. Isso causou-me alguns danos a nível psicológico.
Comentou uma conta do Reddit, num tópico sobre despedimentos.
Outro utilizador lamentou, numa publicação, ter-se "preocupado tanto com o «valor para os acionistas»".
Trabalhadores confiam menos na indústria tecnológica?
Na perspetiva de Patrick McAdams, diretor-executivo da empresa de recrutamento Andiamo, "tem havido uma erosão da segurança e da confiança no emprego, em especial nas grandes empresas que anunciaram despedimentos generalizados a par de margens de lucro crescentes ou do aumento do preço das ações".
Embora os despedimentos em massa nas grandes empresas tecnológicas sejam historicamente raros, investigação mostra que a decisão de reduzir repetidamente os postos de trabalho, conforme tem acontecido, pode ter consequências psicológicas e financeiras duradouras para os trabalhadores e para os seus empregadores, segundo apontado pelo The Washington Post.
Os estudos mostram que os despedimentos diminuem a confiança entre os trabalhadores e as empresas, conduzindo frequentemente a um menor empenho dos restantes trabalhadores, a uma maior rotatividade voluntária e a uma menor inovação.
Nos últimos meses, de facto, grandes empresas como a Meta, a Google e a Amazon anunciaram despedimentos, gerando uma incerteza que os profissionais da área não conheciam anteriormente.
Acho que vai depender muito da área de TI. Para os leigos na matéria, informática é tudo a mesma coisa, mas na verdade é um pouco como a medicina, com várias especialidades. Pode haver algumas áreas em que não há muita procura de profissionais, noutras a procura é muito mais do que a oferta.
Não é um pouco como a medicina… é mesmo como a medicina! Do meu ponto de vista, o número de especialidades informáticas ultrapassa o número de especialidades médicas.
Limpezas só fazem bem, um bocado de medo nunca fez mal a ninguém.
Claro, viver sempre com receio de perder o emprego é muito saudável…
Eu quero viver com medo por isso voto IL!
Depende, se tiveres encostado passas a fazer pela vida. Não há nada pior no mundo seja no que for do que pessoas acomodadas
È isso, o que falta por ai é gente a alimentar o capitalismo destructivo, metam todos no mesmo barco quando for ao fundo vamos todos, VOTA IL!
A maioria das pessoas não estão encostadas. Simplesmente querem fazer o seu trabalho e viver tranquilamente de forma equilibrada com a sua família.
Só os administradores e gestores é que não têm dificuldade, em arranjar trabalho. Mesmo quando fazem m**da.
Parece-me que isto é a tentativa de manter o crescimento das margens de lucro descartando um dos ativos que mais contribuiu para esse crescimento. Esta saída destas pessoas pode retirar capacidade de inovar e evoluir os serviços, e que aliada à enshittification, e à incrível evolução dos produtos e serviços produzidos pelo mercado asiático, vai possivelmente fazer com que estes gigantes de possam tornar nos próximos Yahoo, MySpace, Hi5 do passado.
Por exemplo, no caso do TikTok já foi necessária uma intervenção governamental porque os gigantes tecnológicos não conseguiram replicar a fórmula. O Deepseek fez tremer muitas tecnológicas e investidores. Os novos carros elétricos chineses (os que estão atualmente a ser lançados na China), estão muito avançados do que no resto do mundo.
As big techs estavam com muita gordura, esta limpeza é precisamente para investirem em AI
Aqui o problema é a competitividade exageradamente alta e incompatível com a vida social e estável que toda a gente quer ter. Enquanto derem mãos a estas grandes empresas, cada vez mais vai haver muita gente a penar. Eu que trabalho numa consultora de tecnologia sei bem o que que é isto e não é saudável para ninguém, com excepção aos acionistas e donos das empresas. Ou começamos a mudar a forma como queremos viver, ou isto só vai piorar e apenas os capitalistas vão ficar bem nesta história.
O que se passa nos outros Países é problema deles.
O que é grave é o que se passa aqui, é este o Portugal que foi criado e imposto aos Portugueses pelo Governo do dr. Pedro Coelho e que infelizmente teve e terá continuidade nos Governos do dr. António Costa e do Sr.º Primeiro-Ministro Luís Esteves:
– Muitos anúncios de emprego online são falsos e com posições “fantasma”. Entrevistas acontecem, mas é tudo orquestrado
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/muitos-anuncios-de-emprego-online-sao-falsos-e-com-posicoes-fantasma-entrevistas-acontecem-mas-e-tudo-orquestrado
Muitas vezes abrem-se vagas para sondar o mercado e ver a resposta, da mesma forma que a maioria das pessoas que procura emprego também só anda a sondar mercado para ver que condições lhes oferecem e alguns (já me aconteceu) aceitam e usam isso para chantagear o chefe a dar-lhe melhores condições e depois desaparecem ou dizem que mudaram de ideias.
Falta de palavra é o que mais encontras neste mundo, cada um sabe onde cabe
Você está a mentir, está a tentar confundir para desviar atenções, não existe mercado de trabalho e os trabalhadores não andam a sondar o que quer que seja nem fazem chantagem.
Em Portugal não há trabalho desde 2012, o sector laboral foi destruído pelo Governo do dr. Pedro Coelho tendo essa situação sido continuada nos Governos do dr. António Costa e do Sr.º Primeiro-Ministro Luís Esteves.
O pouquíssimo trabalho que existe no País é negado aos Portugueses onde a até para empregado de balcão se entra por cunha.
Na ligação que partilhei apontam para um valor de 40% de falsos anúncios de emprego por parte das empresas, mas a percentagem é superior, este esquema criminoso acontece porque os negócios/empresas privadas vivem todas ou quase todas às custas de subsídios pagos com o dinheiro dos Portugueses que financia o Orçamento do Estado, ao qual se junta a ausência de fiscalização laboral, o não fortalecimento da Lei e Direitos Laborais que também não são cumpridos, e uma mediocridade geral no que toca ao patronato.
O que lhe aconteceu a si é problema seu, não é dos Portugueses, mas numa coisa tem razão, a falta de palavra, ao qual acrescento a desonestidade, tanto a primeira como a segunda são características dos negócios/empresas/patrões.
A notícia nao corresponde à realidade, o que acontece é que tipicamente não conseguem emprego full remote por 300k ano como estavam habituados
As funerárias não vão à falência. É um sector muito lucrativo.