Premier League vai acelerar as decisões de fora de jogo com esta nova tecnologia ótica
A Premier League irá implementar um sistema de rastreamento ótico para acelerar as decisões de fora de jogo. Esta semi-automated offside technology (SAOT) promete reduzir o tempo das decisões em cerca de 30 segundos, embora mantenha a precisão atual.
Como funciona a nova tecnologia ótica da Premier League
A partir do dia 12 de abril, a principal liga inglesa de futebol passará a incorporar a SAOT em jogos ao vivo. O sistema utiliza até 30 câmaras instaladas a grandes alturas nos estádios, capazes de seguir a bola e até 10.000 surface datapoints para cada jogador.
A empresa Genius Sports explica que esta tecnologia permite um posicionamento mais eficaz da linha virtual de fora de jogo através de rastreamento ótico, criando gráficos virtuais que melhoram a experiência dos adeptos no estádio e em transmissões televisivas.
A regra do fora de jogo é aplicada quando o jogador atacante se encontra mais próximo da linha de golo adversária do que a bola e o penúltimo defensor (normalmente o guarda-redes fica de fora deste cálculo).
Anteriormente, a decisão recaía sobre a equipa de Vídeo-Árbitro (VAR), responsável por determinar o "kick-point" e desenhar linhas calibradas para definir a posição do atacante e do defensor.
Vantagens da nova SAOT
Este novo sistema automatiza grande parte deste processo, sugerindo o kick-point e gerando automaticamente as linhas de fora de jogo com base nas posições dos jogadores.
As decisões ainda passam por revisão pela equipa do VAR antes de serem confirmadas. Esta operação fluida torna as decisões mais rápidas, mas mantém a possibilidade de intervenção do VAR em casos mais complexos em que a visão das câmaras possa estar obstruída.
Apesar de ser um avanço significativo, a tecnologia já foi testada em jogos não transmitidos e em partidas da FA Cup. Segundo a BBC, a SAOT também foi utilizada em competições como o Mundial de 2022, a Serie A, La Liga e na Liga dos Campeões.
Contudo, a versão implementada pela Premier League, em colaboração com a organização PGMOL e a Genius Sports, foi adaptada às especificidades da liga, diferenciando-se por não usar um chip dentro da bola.
Leia também:
Um fora-de-jogo com menos de 1m / 1,5m, ou seja, algo claramente visível ao olho humano, nem devia ser fora-de-jogo.