A evolução tecnológica exige imensa energia, mas há uma solução!
Os centros de dados consomem quantidades colossais de energia e, com a evolução tecnológica, prevê-se que sejam erguidas mais e mais infraestruturas deste tipo. De acordo com uma nova análise, a energia geotérmica poderia responder a quase dois terços da procura de energia até 2030.
De forma simples, um centro de dados é uma instalação física que as empresas utilizam para alojar as suas informações e dados críticos.
Segundo a Cisco, os centros de dados modernos são diferentes do que eram até há pouco tempo. A infraestrutura mudou dos tradicionais servidores físicos locais para redes virtuais que suportam aplicações e fluxos de trabalho em pools de infraestrutura física e num cenário de várias nuvens.
Pela robustez da sua operação, os centros de dados exigem uma quantidade colossal de energia. Aliás, cada vez mais focadas na Inteligência Artificial (IA), por exemplo, as gigantes tecnológicas têm procurado alternativas para alimentar as suas infraestruturas.
Energia geotérmica poderá ser a solução para a procura dos centros de dados
Apesar de os recursos geotérmicos terem muito potencial para fornecer energia consistente, historicamente, as centrais elétricas geotérmicas têm-se limitado a locais onde o calor da Terra se infiltra perto da superfície.
As técnicas geotérmicas avançadas poderão, contudo, representar uma solução.
De acordo com uma análise do Rhodium Group, a energia geotérmica avançada poderia fornecer quase dois terços da procura de energia para os centros de dados até 2030.
No oeste dos Estados Unidos, onde os recursos geotérmicos são mais abundantes, a alternativa poderia fornecer 100% da procura pelos centros de dados.
Conforme exemplificado, Phoenix poderia acrescentar 3,8 gigawatts de capacidade sem construir uma única nova central elétrica convencional.
🔍 As técnicas avançadas ou melhoradas englobam uma vasta gama de abordagens, mas geralmente perfuram mais fundo e mais largo do que antes.
Desta forma, é possível aceder a rochas mais quentes - o que se traduz em mais energia - e colocar mais poços geotérmicos numa única área.
Segundo as informações citadas pela imprensa, aliás, nos últimos anos, o setor tem visto uma série de startups a explorarem esta solução geotérmica avançada, impulsionadas em parte pelo conhecimento e tecnologia emprestados pelas empresas de petróleo e gás.
Segundo o relatório do Rhodium Group, o preço da energia geotérmica é competitivo relativamente aos custos de energia dos centros de dados atuais, uma vez que esta tem custos de funcionamento muito baixos.
Quando os centros de dados são instalados de forma semelhante à atual, um processo que normalmente tem em conta a proximidade da fibra ótica e das principais áreas metropolitanas, a energia geotérmica custa pouco mais de 75 dólares por megawatt-hora - no contexto americano.
No entanto, quanto é considerado o potencial geotérmico na sua localização, os custos baixam significativamente, para cerca de 50 dólares por megawatt-hora.
De ressalvar que o relatório do Rhodium Group parte do princípio de que a capacidade de produção geotérmica será "behind the meter", que é como os especialistas chamam às centrais elétricas ligadas diretamente a um cliente, contornando a rede.
Uma vez o tempo de espera para a conexão de novas centrais elétricas à rede pode prolongar-se, os acordos deste tipo tornaram-se mais apelativos para os operadores de centros de dados que lutam pela expansão da sua capacidade.
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